O Reencontro

~39 anos depois~

– Mãe, nós vamos nos atrasar! – gritou Melanie no fim da escada. Hoje eu vou conhecer meu neto, Dylan, e Melanie está mais ansiosa que eu. Desci as escadas e fomos correndo para o carro dela. Ri com sua animação. Ela ligou o rádio e começou a tocar Photograph, ela me lembrava muito de mim e do Justin, comecei a cantar baixinho o refrão:

We keep this love in a photograph
(Nós mantemos este amor numa fotografia)

We made these memories for ourselves.

(Nós fizemos estas memórias para nós mesmos)

Where our eyes are never closing

(Onde nossos olhos nunca fecham)

Out hearts were never broken

(Nossos corações nunca estiveram partidos)

And time’s forever frozen still

(E o tempo está congelado para sempre)


So you can keep me inside the pocket

(Então você pode me guardar no bolso)

Of your ripped jeans

(Do seu jeans rasgado)

Holding me close until our eyes meet

(Me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem)

You won't ever be alone

(Você nunca estará sozinha)

And if you hurt me that's okay baby

(E se você me machucar, tudo bem querida)

Only words bleed

(Apenas as palavras sangram)

Inside these pages you just hold me

(Dentro destas páginas, apenas me abrace)

And I will never let you go

(E eu nunca te deixarei ir)

Wait for me to come home

(Espere por minha volta para casa)

Sorri ao me lembrar de quando Justin cantou essa música pra mim. Éramos tão jovens e irresponsáveis. Chegamos no prédio da minha filha, saímos do carro e eles já estavam nos esperando. Cumprimentei Félix e Dylan, eles eram muito parecidos, mas Dylan conseguiu puxar os olhos e o sorriso de Justin.

Eu e Dylan ficamos brincando até 19:00hrs da noite no parquinho, Dylan era muito fofo. Subimos e fomos jantar, me diverti muito conversando com minha filha e sua família. Fui dormir no quarto de hóspedes ao lado da cozinha, onde ainda conseguia escutar a risada de Dylan. Deitei na cama e fechei meus olhos, estava muito cansada, mas não conseguia dormir, então comecei a pensar na minha família: mamãe e papai tinham morrido à 5 anos, Max estava trabalhando para o serviço secreto de feitiços, tio Ernesto estava viajando pelo mundo e bem... O Justin... Fazia 46 anos que ele tinha morrido. Peguei a carta que ele fez pra mim e comecei a lê-la, sorri.

De repente comecei a sentir uma dor no braço direito, era agora! Logo comecei a sentir uma dor insuportável em meu peito, finalmente me juntaria ao Justin! Fechei os olhos começando a imaginar o que encontraria lá, seria um mundo feito de algodão doce? Sentirei falta de minha filha, do meu neto e de meu genro, mas não posso fazer nada, certo? Parei de sentir a dor, meu último pensamento foi Melanie, minha querida filha, e de repente vi uma luz branca no meio da escuridão. Andei até lá e a luz só ia aumentando e aumentando... Fechei os olhos com a claridade e quando abri reconheci como a minha antiga casa, mais precisamente o meu quarto. Me olhei no espelho, estava jovem de novo! Eu devia ter uns 18 anos agora, sorri, então Justin deve estar...

– JUSTIN! – eu gritei correndo para o andar de baixo, ele estava sentado no sofá. Corri para o sofá e o abracei. Eu não acredito, finalmente reencontrei Justin.

– Alex, você está me apertando. – ele disse sorrindo. O soltei e o beijei, esse beijo era cheio de desejo, paixão e saudades. Finalmente! Ficamos um tempo assim até que comecei a sentir falta de oxigênio, quebramos o beijo e ficamos nos olhando por um tempo.

– Não acredito! Você realmente está aqui? – eu perguntei ainda sorrindo.

– Eu tenho quase certeza que sim. – ele disse. – Senti muito sua falta. – ele disse voltando a me beijar.

– Eu também. – eu disse sorrindo. – Ah, e dessa vez, você não vai nem sair desta casa! – eu disse o abraçando novamente.

– Você pode ficar tranquila Alex, não vou a lugar nenhum! – ele disse. – Eu nunca mais vou te abandonar. – ele disse sorrindo. Caramba, eu mal lembrava do quanto sentia falta de seu sorriso. – E agora que você está aqui, você tem que me contar tudinho sobre nossa filha. – ele disse colocando as mãos em minha cintura.

– Bem deixa eu pensar... Vou te contar desde o dia em que ela nasceu nossa querida Melanie. – ele sorriu ao ver que escolhi o nome que ele tanto teimava em gostar.

Fim

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.