Jailbreak

Capítulo 1


O martelo desceu e produziu um baque surdo que preencheu a sala cheia de burburinhos do tribunal duas vezes. Era a hora da verdade, mas também a sentença era óbvia. Todos de é, dois representantes do júri, um homem negro, segurando algumas folhas e ao seu lado, uma mulher de estatura mediana. Zachary não via o sentido da presenhça da mulher. Ela estava ali por quê? Para dar apoio moral ao homem com as folhas, encorajá-lo? Ele bufou e revirou os olhos . Não fazia nem uma hora que ele havia voltado ao grande e imponente tribunal de madeira. Bancos, mesas, martelos de madeira. Não demorou muito para fazer Zach imaginar uma nuvem de cupins tendo um banquete ali. Seria algo divertido de se ver. Especialmente se os cupins devorassem os presentes. Sua auto-estima estava lá embaixo também, então não importaria se virasse comida de cupins carnívoros. Iria acabar mofando em algum lugar qualquer mesmo.

Não tinha visto a cara da velha juíza nem cinco vezes e já a repugnava. Além de ser horrivelmente similar a uma uva-passa submersa em maquiagem, tinha o humor de um albatroz. Até seu martelo era mais legal.

Ele chacoalhou sua cabeça, fazendo seus curtos cabelos cor de mel balançarem e obrigá-lo a ouvir seu futuro.

"Fica decidido que Zachary Batts deverá passar 16 anos anos na cadeia, sem direito a condicional" O negro, segurando as folhas pronunciou as palavras sem hesitar. Talvez a mulher estivesse fazendo seu papel corretamente. Ou ela não servisse para nada mesmo.

Zach devia ter perdido algo no início da frase e talvez até no meio. Homens com ternos não eram diretos. Sem contar ele, é claro. Ternos baratos talvez mostrassem homems que não tinham paciência para serem formais de mais e executivos, mas que ao mesmo tempo, se fantasiassem deles. Era isso, uma fantasia que o réu usava para ficar apresentável ao comite de justiça de tribunais de madeira.

O júri começou a se retirar, o guarda que ficara como enfeite de canto nos últimos minutos andou até ele, e com um puxão bruto, virou-o de costas e puxou seus pulsos, segurando até sua força ser substituida por finos e resistentes dedos frios de aço. Viu de relance o nome "Carl" gravada em uma plaquinha que estava no peito do guarda, que agora o empurrava para uma saída diferente da que os demais estavam tomando. Antes de Carl abrir uma porta de madeira que Zachary não tinha visto antes, as palavras, pelo menos as que prestou atenção do homem das folhas repetiram em sua mente. 16 anos, tudo aquilo? Ele até riu, enquanto ele pensava em cupins carnívoros e uvas-passas de maquiagem coisas importantes estavam sendo ditas.

Mas ele parou de rir quando o guarda deu mais um empurrão e fechou a porta, antes camuflada na madeira do tribunal e seguiu por um corredor longo, reto e cinza.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.