Ele me deu um abraço… Odeio admitir, mas eu senti falta desse abraço… Ainda com as mãos em minha cintura, me deu um selinho, me assustei de princípio… Ele tirou as mãos de minha cintura, me olhou todo vermelho, e coçou a nuca e ficou fitando o chão, não sei porquê, mas comecei a rir, ele me olhou assustado e abriu um sorriso envergonhado.

— Essa foi a primeira vez que você fez isso depois que terminamos… Por quê isso agora? — Falei tentei não rir mais da situação.

— Sabe, você tá indo embora e eu queria guardar na memória, o penúltimo beijo… Mas você começou a rir, eu até pensei que você não gostou... — Disse ainda envergonhado e com um sorriso ainda tímido.

— Oh, Frednerd, você é tão fofo, bebê, eu gostei sim, só rir por você ter ficando tímido, nos conhecemos há muito tempo e ainda você fica vermelhinho com essas coisas… Calma aí, penúltimo beijo? Olha Freddie tô indo embora, não sei se vou voltar, e outra... — Ele me interrompeu.

— Você me chamou de bebê mesmo? — Disse com um sorriso de orelha a orelha, seus olhos brilharam como crianças olham para doces! — Nós não sabemos o que a vida nos reservou, certo? E eu sei que no final vou ficar com você! — Ele falou isso cruzando os braços… Sim, e ainda com aquele sorriso bobo.

— Freddie, é para seguir a vida, não fica só pensando em mim! Sabe, a vida é curta demais para se prender a uma pessoa que não vai te fazer feliz, somos muito diferentes… Tô tentando fazer você entender que não vamos mais ficar juntos!

— Sammy, é impossível te esquecer, você me faz feliz, sim, e são essas diferenças que me deixam ainda mais animado com a história de ficarmos juntos, e vou esperar você voltar para mim…

— Não posso fazer você esperar tanto tempo assim!

— Mas você não está me forçando a nada, é uma opção minha!

— Bom, aí é você que sabe Frednerd, tenho que ir! — Falei me virando, e indo abrir a porta…

— Lembre-se eu sempre vou te amar; Smmy…

Virei e o olhei, mas não disse nada.

Então, ele me puxou pela cintura e me beijou, um beijo calma e doce… Quando parou de me beijar pegou seus equipamentos que estavam no chão e encostou-se, na porta e ficou ali me olhando com um sorriso todo abobalhado…

Não disse nada, simplesmente entrei, ele ficou lá...

Quando chego lá vejo Spencer dando mais brilho a moto ainda ele estava triste, mas não chorando.

— E aí? Como você tá? — Falei indo em direção a geladeira, caçando algo para comer…

— Melhor, tem um pacote bacon aí!

— Valeu! — Disse pegando o pacote… — Já estou indo, bom ser sincera, tô indo embora daqui de Seattle!

Ele parou o que estava fazendo e olhou para mim com mais tristeza do que antes.

— Você vai para onde?

— Ainda não sei, mas vamos manter contato sempre! Quero recomeçar, sabe? — Disse enquanto comia o bacon.

— Entendo, vou sentir sua falta bom mesmo mantemos contato, heim? — Disse vindo me dar um abraço.

Retribuí o abraço, quando estava saindo pela porta, ele me chama.

— Ei, Sam, você vai de quê?

— Vou de ônibus, por quê?

— Porque eu quero te dar essa moto! Você pode ir com ela! — Disse abrindo um sorriso e apontando para a moto.

— Mas esta moto… — Fui interrompida.

— Sim, — bateu em sua própria testa — Mas o Meião brigou com o primo dele e então deu essa moto para mim, e como você me ajudou a arrumar… Ela é sua, já tenho uma, a que a Carly deu para mim.

— Spencer, nossa muito obrigada! Mas tem certeza disso?

— Claro! Olha Sam, você tá indo parar só Deus sabe aonde, e é bom, você ter um veículo para ir para onde quiser! Só se cuida, e vê se não desobedece à lei! — Disse rindo e fazendo eu dar risadas.

— Vou tentar não quebrar as leis de trânsitos e nem as placas! — Rimos do que falei.

— Vai, sobe aí!- Falou apontando novamente para a moto.

Subi na moto e acelerei para escutar o barulho daquela máquina. Spencer sempre foi como um irmão para mim, e vou admitir que tive uma certa atração por ele, mas nada de mais. Sabe quando você acha o irmão da sua melhor amiga, bonitinho. Mas nunca o vi mais que um irmão! E ele nunca me desrespeitou, ele é a única figura masculina adulta e responsável, que tive sempre.

Fim de Flashback...

Depois daquele dia, só me despedi do Spencer, peguei a moto e fui embora.

Mantenho contato com ele até hoje, diariamente ele me manda uma figurinha dando bom dia, é uma mais engraçada que a outra. A última era uma meia falando bom dia.

Fui tirada dos pensamentos com uma voz doce no fundo…

— Mamãe!

Uma surpresa para vocês…

Continua...