As líderes de torcida balançavam seus pompons de lá para cá, fazendo as coreografias e cantando, como se aquele fosse realmente o grande jogo. Regina observava-as atentamente, lembrando-se do ano anterior, quando ela fazia parte da equipe. Se era pra ser sincera, ela não sentia falta nenhuma daquilo.

Com a atenção voltada ao gramado, a morena não percebeu o loiro que se aproximou por trás dela. Robin colocou as mãos delicadamente por cima dos olhos dela, e lhe deu um leve beijo no pescoço.

– Adivinhe quem é. – disse, ouvindo a risada de Regina, que se livrou das mãos dele, virando-se para encará-lo.

— Finalmente! – ela disse, selando os lábios nos dele. Se separaram apenas quando o ar fora necessário, e Robin se sentou ao lado dela, contornando sua cintura e a puxando para si. Os dois olharam para o gramado, onde o treino do futebol e das líderes continuava a todo vapor.

— Desculpe, meu amor. Eu acabei me concentrando demais nos livros... – ele começou, e Regina fez um biquinho, encarando aqueles lindos olhos azuis.

— Me trocando por livros, Robin! – fez drama.

— Você sabe que eu não seria capaz. – ele respondeu, tentando não beijá-la, já que quando ela fazia aquela carinha de cachorro sem dono ficava irresistível.

Só que Regina não tinha nada de cachorro sem dono. Filha do ex prefeito, a morena fazia parte de uma das mais renomadas famílias da pequena cidade em que viviam. Sempre teve tudo do bom e do melhor, e desde que se entendia por gente fazia questão de ter tudo. Decidida, ambiciosa e inteligente, Regina sabia que conseguiria tudo que almejava na vida. Sabia que se tornaria a melhor aluna da classe, estudaria na melhor faculdade e se tornaria uma grande profissional.

Ela só não esperava que Robin Locksley entrasse no seu caminho.

Robin, diferente de Regina, sempre teve o necessário. Os pais, embora humildes, nunca deixaram faltar nada para o garoto, que cresceu sabendo que dinheiro não era tão importante, mas que precisava batalhar muito ainda para conseguir alcançar seus sonhos. Apaixonado por História desde a sexta série, Robin não tinha dúvidas de que era isso que queria fazer para o resto da vida. E era por isso que estudava noite e dia, com o intuito de conseguir uma bolsa, numa boa faculdade, para que pudesse ficar perto da namorada, que havia se tornado uma das pessoas mais especiais de sua vida.

Não deveria ter acontecido, mas o fato era que o romance dos dois jovens era palpável, um sentimento lindo, que era ameaçado somente pelos pais da moça, que não aceitavam sua relação com o rapaz.

Regina sempre fizera tudo para agradar aos pais, mas não conseguira escapar do que sentia por Robin, e mesmo que o relacionamento não fosse aprovado, ela ignorava, porque Robin a fazia bem, e ele era a única pessoa que nunca exigia nada dela. Sempre receptivo, oferecendo aqueles braços onde ela sabia que podia se enfiar e ficar, e ele jamais cobraria nada em troca. Não tinha interesse ali, apenas o mais lindo sentimento.

Naquela manhã, os dois ficaram nas arquibancadas, passando o tempo juntos. Enquanto ainda havia tempo para isso.

*-*

Robin terminava de guardar as coisas no seu armário, quando sentiu delicadas mãos circularem sua cintura, abraçando-o por trás. Regina descansou a cabeça nas costas do namorado, e o mesmo depositou as mãos por cima das dela.

— Você vai hoje a noite? – ela perguntou, baixinho. Havia pouco fluxo de pessoas no corredor, e Regina pode ouvir o suspiro de Robin.

— Não acho que seja uma boa idéia, não quero causar um clima ruim no aniversário da sua irmã. – ele respondeu, virando-se para ela.

— Mas Robin, Zelena convidou você! – exclamou a morena. – Não ligue para o meu pai ou a minha mãe, por favor. – pediu.

— Regina...

— Vamos, por favor. Assim você pode posar lá em casa... – ela disse, enlaçando os braços no pescoço dele, que descansou a testa na dela, fechando os olhos.

— Ou você na minha...

— Saímos de fininho e ninguém vai sentir falta. – ela sorriu, piscando. Robin balançou a cabeça negativamente, pensando no quão ardilosa Regina conseguia ser quando queria.

— Ok. Eu vou. – ele disse, e ela sorriu, juntando os lábios nos dele.

Foi quando ouviram o terceiro e último sinal, e mesmo não querendo, tiveram que se separar, indo para aulas diferentes.

Robin passou o resto do dia apreensivo. Mesmo depois de meses de namoro, ele nunca conseguia ficar tranquilo indo na casa de Regina. Ele sabia a opinião dos sogros sobre aquele namoro, e bem, ele sabia que na verdade ele não tinha nada a oferecer a Regina. Sabia que tinha muitos partidos melhores que ele, e sabia que ela exatamente isso que os pais da morena achavam.

De qualquer forma, depois que saiu do trabalho, o loiro passou em uma loja, comprou um presente para Zelena, que era a única da família que apoiava o relacionamento dele com Regina, e foi para casa, se arrumar.

Depois de pronto, o loiro sorriu ao encontrar a mãe e o pai sentados um nos braços do outro no sofá, assistindo a algum programa que ele não conhecia.

— Estou saindo... – disse, dando um beijo na bochecha da mãe. – Talvez Regina venha dormir aqui hoje. – avisou.

— Tudo bem filho, se cuide. – Rose, mãe de Robin, falou.

— E só a traga para dormir aqui se os pais concordarem. Não quero nem a Cora e muito menos o Gold batendo aqui amanhã cedo. – John disse para o filho.

— Então ela não vem, pai. Você conhece aqueles dois. – o garoto disse, suspirando.

— Vá, filho, e se Regina quiser, traga ela para dormir. Não tem problema. – Rose disse, dando um olhar severo para John. Robin sorriu para ela, se despedindo mais uma vez e partindo ruma à casa da família Mills.

Robin percebeu que não seria um jantar para os íntimos, como Regina havia comentado, quando viu todos aqueles carros estacionados na rua da casa da morena. O loiro estava ansioso para vê-la, o coração martelando de saudade. Por isso ele apressou o passo até a porta da mansão, e tocou a campainha. A porta não demorou a ser aberta, atrás dela revelando Zelena, que sorriu para o cunhado, abraçando-o.

Robin felicitou-a, entregando-lhe o presente. Depois, Zelena apontou para onde Regina estava, tomando um drink, e quando o castanho encontrou com o azul, foi impossível segurar o sorriso. A morena seguiu até o loiro, e eles trocaram um leve selinho.

— Eu já estava achando que você não vinha. – ela disse.

— Eu estou sempre atrasado, não é mesmo? – ele respondeu, piscando. Regina revirou os olhos, dando mais um beijo nele. Logo depois, a morena o puxou para o jardim, onde havia menos conversas e pessoas, e os dois sentaram nas cadeiras que ficavam próximas a piscina. – Como você passou a tarde? – Robin perguntou.

— Corrida, com Zelena me atormentando o tempo inteiro. – ela disse, reclamando. – Ela estava louca por essa festa, nem parece que teve outras 22.

— Bem, isso são muitas festas de aniversário. – ele comentou, sorrindo. Regina revirou os olhos.

— Quantas você já teve? – ela perguntou, curiosa.

— Na verdade, eu não sei. Nunca parei realmente para contar. – ele respondeu. – Sabe que eu comecei um livro muito bom, acho que vou te dar para ler depois que eu terminar.

— Já fiquei curiosa, vai, me diz do que se trata. – ela pediu, virando-se para olhá-lo.

— Não, essa história vai ser surpresa. – ele falou, sorrindo.

— Ah não, Robin. Por que você é assim? – ela reclamou, fazendo biquinho.

— É porque você vai gostar da surpresa, Regina, e eu te dou o livro de presente depois. – ele falou, apertando o nariz dela, não conseguindo esconder o riso. – Confia em mim.

— Eu confio. – ela falou, e ele depositou um leve beijo na testa dela. Robin puxou-a para seus braços, enquanto ouvia ela falar detalhes da tarde dela, pensando no quão maravilhosa era a sensação de simplesmente tê-la em seus braços.

Não se deram conta de quando Cora se aproximou, revirando os olhos para a cena a sua frente.

— Vamos jantar? – ela perguntou, os dois se separaram.

— Já? – Regina perguntou, levantando e sendo logo seguida por Robin.

— Já. Você saberia se tivesse o bom sendo de pelo menos ficar na festa da sua irmã. – Cora ironizou.

— Mamãe... – Regina começou, suspirando.

— Não demorem a entrar. – Cora disse apenas, virando as costas e seguindo para dentro da casa.

— Desculpe. – Regina sussurrou para Robin, desviando os olhos dos dele.

— Ei... – ele começou, levando a mão até o queixo dela e fazendo-a olhar para ele. – Não se preocupe. Cora não me intimida. – ele disse, mas Regina sabia como ele se sentia quando aquele tipo de coisa acontecia.

— Eu amo você, Robin. – ela sussurrou, o abraçando.

— Eu também amo você. – ele disse, depositando um beijo no topo da cabeça dela e afundando o rosto nos cabelos dela.

*-*

O jantar correu sem maiores acontecimento. Regina e Robin estavam apenas esperando o parabéns para saírem dali. Quando a ruiva foi para trás do bolo, e as pessoas começaram a cantar, o casal nem imaginava que aquele era um dos últimos momentos que passariam em paz, juntos. Os dois sorriam, enquanto cantavam e batiam palmas para Zelena, que piscou para eles, antes de apagar as velas com um sopro.

Gold tomou a frente quando o silêncio reinou, pedindo a palavra.

Todos com um copo de champanhe na mão, esperando o patriarca da família começar o discurso.

— Hoje é um dia muito especial. Começo parabenizando a Zelena, que merece todas as coisas boas desse mundo. Filha, que você realize todos os seus sonhos, e continue sendo essa pessoa maravilhosa que és. – Gold disse, e todos aplaudiram. Ele deu um beijo em Zelena e voltou a falar. – O dia é completamente seu, mas também quero parabenizar a minha Regina, que passou para a Universidade Columbia, e tenho certeza que vai ser, assim como a sua irmã, uma grande advogada! – ele terminou de falar, com um grande sorriso no rosto. Naquele momento, Regina sentiu a mão de Robin largar da sua, e o sorriso que a morena levava no rosto foi trocado por uma expressão de pavor, ao ver o olhar que o loiro lhe dirigia. Ela quis falar alguma coisa, quis explicar que iria contar a ele, só estava esperando o momento certo. Mas os aplausos a deixaram tonta, a respiração parou quando viu Robin virando as costas, e queria segui-lo, mas de repente, começou a ser acometida por abraços e parabenizações que ela não entendia porque não estavam sendo dadas a Zelena.

Ela não era a aniversariante da noite.

Todo aquele momento, vivido em câmera lenta, e Regina não sabia se iria conseguir alcançar Robin quando se livrou de todas aquelas pessoas. Tinha o coração apertado, mas saiu porta a fora mesmo assim, pedindo que ele a entendesse, como sempre fazia.

*-*

A leve brisa da noite era fria, mas não impedira Robin de seguir devagar o caminho até em casa. As duas mãos no bolso da calça, enquanto pensava se não estava sendo exagerado demais. Será que deveria voltar, e dar a chance de Regina explicar o que estava acontecendo? Ela tinha sido aprovada numa das melhores faculdades do país. Uma das quais ele estava tentando conseguir uma bolsa, mas sabia que era muito difícil. Eles estavam passando tanto tempo juntos, fazendo planos e se ajudando nos estudos, e ela nem se deu o trabalho de lhe contar que tinha conseguido. Saber que ela não tinha confiança para lhe falar isso acabava com ele.

Mesmo quando ouviu os passos apressados dela atrás de si, ele não parou de andar. Ele ouvia ela chamá-lo, mas continuava andando. Até que Regina pegou em seu braço, fazendo ele parar.

— Ei! – a morena falou, e ele sentiu a voz dela embargada. – Robin, espera, vamos conversar... Me deixa explicar, por favor.

— Não sei se temos o que conversar, Regina, eu acho melhor... – ele começou.

— É claro que temos o que conversar, Robin! Eu tenho que me explicar, por favor, me escuta. – ela pediu, pegando o rosto dele entre as mãos. – Eu não queria esconder isso de você... Eu só não consegui dizer, não vendo você estudar e estudar. Eu sabia que se falasse, você ia acabar se afundando ainda mais nos livros.

— Eu não consegui a bolsa para Columbia, Regina! E você sabia disso, disse que não teria problema porque você não iria para lá de qualquer jeito. E agora? Agora eu tenho a deliciosa surpresa de que você é a mais nova aluna do curso de direito de lá. E o pior é que eu não soube isso de você, eu soube do seu pai! – ele retrucou, irritado, se afastando dela.

— Eu achei que não ia passar, você sabe disso! – ela falou, aumentando a voz.

— É claro, com toda a influência e boa educação que você recebeu. Eu não esperava menos, para falar a verdade. – ele disse, olhando nos olhos dela. A ironia na fala dele a magoou, os olhos marejaram.

— Eu não achei que fosse passar. Eu sinto muito, Robin, eu queria ir para uma faculdade em que você estivesse comigo, porque eu não quero perder você, mas eu não posso abrir mão de uma chance dessas, você sabe disso. Columbia é uma oportunidade incrível, é tudo o que eu sempre sonhei e quis. É o que eu mereço. – Regina retrucou, a voz fria. Robin riu, mas sem humor nenhum.

— Então você fez a sua escolha. – ele disse, a voz embargando.

— Robin... – ela sussurrou.

— No fundo, nós sabíamos que isso não daria certo. – ele disse, se aproximando dela.

— Robin, por favor...

— Eu desejo todo o sucesso do mundo para você. – falou, bem próximo dela, dando um ultimo beijo na testa da morena e virando as costas, ignorando a forma desesperada como ela chamava o seu nome.

Ele sabia, eles faziam parte de mundos diferentes. Só demoraram tempo demais para aceitar isso.

*-*

Quatro semanas depois...

O loiro encarava a porta à sua frente, indeciso se apertava a campainha ou não. Será que deveria mesmo fazer isso? Não iria se machucar mais ainda? Sua mente lhe mandava virar as costas e ir embora, mas o seu coração mandava ele ficar.

Robin contara cada dia que passou depois da briga. Regina tentara inúmeras vezes falar com ele, mas o loiro a ignorou e fugiu, porque sabia que isso era o melhor para os dois. Ele achava que a morena tinha desistido, já que não voltara a procurá-lo.

Porém, dessa vez, era ele quem batia na porta da casa dela. Zelena havia comentado com ele que Regina estava arrumando as coisas para ir embora, e ele sabia que não podia deixar ela ir sem falar com ela. Pelo menos uma ultima vez, ele tinha que vê-la.

Quando a porta abriu, não fora as madeixas castanhas que o loiro encontrou, e sim a cabeleira ruiva de Zelena, que assim que o viu, sorriu e abriu espaço para ele passar.

— Robin! Como vai? – ela cumprimentou.

— Bem, e você? – ele respondeu, cordialmente. Seu olhar passava pela casa, a procura de Regina.

— Estou ótima. – a ruiva respondeu. – Ela está no quarto dela. Suba. – disse, e o loiro a agradeceu, segurando o livro que trazia consigo e subindo as escadas.

A porta do quarto estava aberta, e Robin pode enxergá-la separando algumas roupas. Ele estagnou, prendendo a respiração. Fazia tantos dias que não a via, que o coração se apertou em uma saudade desesperadora. O loiro lutava contra a vontade de correr até ela e pega-la nos braços.

Respirando fundo, Robin bateu na porta do quarto, e quando a morena se virou, a boca abriu de surpresa.

— Robin.

— Oi, Regina. – ele disse, sorrindo sem mostrar os dentes.

— O que você está fazendo aqui? – ela perguntou, cruzando os braços.

— Zelena me disse que você viaja amanhã. – ele começou, respirando fundo. – E bem, eu ainda te devia um livro. – disse, estendendo o livro na direção dela. A morena encarou aqueles olhos azuis, para depois pegar o livro. Encarou a capa, passando as mãos delicadamente em cima do título do romance.

— Seis Anos Depois. – disse. – Parece interessante.

— Ele é ótimo. – ele respondeu, os olhos não desgrudavam dela.

— Você veio aqui só para isso? – ela perguntou, largando o livro sobre a cama e encarando os oceanos azuis.

— Você sabe que não. – respondeu, sorrindo sem graça. – Eu vim desejar boa viagem. Tenho certeza que você vai alcançar todo o sucesso que deseja, Regina. Você é assim, diferente dos outros, se destaca, mesmo quando não quer. – falou, depois se aproximou dela e segurou o rosto da morena entre as mãos, beijando a pontinha do nariz. Regina prendeu a respiração. – Eu amo você, e espero que seja muito feliz.

— Robin... – sussurrou, buscando os olhos dele. O loiro sorriu, abraçando-a. Regina o abraçou apertado, deixando algumas lágrimas caírem.

Depois que se separaram, Regina o beijou. Um beijo diferente de todos os outros. Um beijo que demonstrava carinho, amor e desespero. Um beijo que deixava claro o que ela estava sentindo ao ter que deixar ele para trás. Quando se separaram, Robin depositou um leve beijo na testa de Regina e se retirou, sem falar mais nada.

Eles não eram bons com despedidas.

Na semana seguinte, quando Regina estava tirando os livros da caixa no seu quarto novo, num apartamento aconchegante perto da universidade, a morena se deparou com o livro que Robin lhe dera. Pegando-o na mão, a morena sentou-se na cama e o abriu. Não tivera tempo nem coragem de fazer isso antes. Foi quando um papel caiu no chão.

Quando a morena o pegou, reconheceu a caligrafia desajeitada de Robin. O coração parou.

Olá, meu amor.

Sei que deveria ter falado tudo isso pessoalmente. Mas não tive coragem. A verdade é que embora meu coração esteja pesado de tristeza, também está cheio de orgulho por você ter conseguido. Na verdade, eu não tinha dúvidas de que você conseguiria. Você merece conquistar tudo que almeja, Regina, e eu tenho certeza que vai conseguir.

É a pessoa mais inteligente, corajosa e linda que eu conheço. Você me deu a chance de amar você e eu serei imensamente grato a isso. Porque o que tínhamos, o que temos, é um sentimento especial, Regina. Você me enxergou, você me escolheu. Acima do seu dinheiro, acima do seus pais. Só que eu não fui o suficiente.

Você é um espírito livre, que quer o sucesso. Eu não poderia ficar no seu caminho. Você sabe disso.

No fundo, sempre soubemos que éramos de mundos diferentes. No fundo, a gente sabia que teríamos um fim, só acreditávamos que ele fosse demorar mais para chegar.

Eu espero que você goste do livro, embora seja de suspense, eu gosto da forma como o casal se encontra depois dos anos. Talvez isso seja um spoiler, me desculpe. Só que gosto de imaginar que, talvez, se o destino quiser, a gente vai se reencontrar também.

Mais velhos, mais maduros. Sem pressão de família ou estudos.

De qualquer forma, não custa sonhar.

Eu te amo, meu amor.

Mil beijos, Robin Locksley.

— De qualquer forma, não custa sonhar. – a morena sussurrou, deixando que as lágrimas caíssem livremente de seus olhos. Se permitiu chorar, porque sabia que sentiria falta daqueles lindos olhos azuis. Se permitiu chorar, porque já sentia falta.