— Mamãe, podemos levar esse? O papai gosta. – a menina de cabelos loiros escuros falou, de dentro do carrinho do super mercado, se debruçando e pegando a pequena embalagem de chocolate na mão. Regina olhou para a filha, semicerrando os olhos.

— O seu pai gosta, ou você? – perguntou pra menina.

— Nós dois. – respondeu para a mãe, os olhinhos brilhando.

— Leva, Olívia, mas por favor, pare de pegar besteiras. Já chega. – Regina disse, olhando com repreensão para a menina, que concordou com um sinal de cabeça, a carinha inocente. Regina revirou os olhos, esperando o próximo pedido da filha de 5 anos, sabendo que a menina não ia resistir, e no próximo corredor, já iria olhar com aqueles olhos azuis brilhantes para a mãe.

A verdade é que Regina sabia que a filha queria mesmo era mimar o pai, que chegava de viagem naquela noite. Então as duas estavam planejando um jantar surpresa, o que fazia a menininha ficar eufórica e ansiosa. Regina precisava de muita energia para lidar com a menina, e bem, sua atual situação complicava um pouco as coisas. Embora Olívia se preocupasse em ajudar Regina, ela continuava a ser uma criança de 5 anos em pleno crescimento, que queria aproveitar o tempo com os pais antes de não ser mais a única criança da casa.

Por isso, mesmo com todo o cansaço e dores nas costas, Regina estava se doando muito a pequena nessa ultima semana. E podia com certeza afirmar que o melhor momento do dia era quando Olívia sorria para ela e perguntava coisas sobre o irmão, mostrando um verdadeiro interesse naquilo.

“Ele vai brincar comigo, mamãe?”

“Agora a gente vai ser dois mais dois.” “Quantos são dois mais dois, filha?” “Quatro!”

“Eu vou ter que trocar fraldas?”

“Mamãe, sua barriga está grandonaaa”

Regina não se surpreendeu quando elas chegaram em casa e a menina a ajudou a tirar todas as coisas das sacolas, separando algumas que usariam no jantar. Quando as duas terminaram de guardar tudo, Regina deixou Olívia abrir um chocolate, e as duas se sentaram na mesa, Regina com os seus desenhos e Olívia com os seus livrinhos de colorir. Não demorou par a menina ir até a mãe, pedindo colo, e Regina a aninhou junto a si, cheirando-lhe os cabelos.

— Estou com saudade do papai. – a menina disse, chorosa. Regina a apertou contra si, compartilhando dos mesmos sentimentos que a pequena. As duas eram apegadas a Robin, nenhuma delas estavamacostumadas com a ausência dele.

— Eu também, filha. Mas temos que aguentar só um pouquinho, logo,logo ele chega. – a morena sussurrou, depositando um beijinho na bochecha da filha, que concordou com ela.

— O bebê também está com saudade dele? – ela perguntou, colocando a mãozinha no ventre de Regina.

— O bebê também, filha. Eu acho que nós três teremos que agarrar o papai e não soltar mais. – Regina falou, fazendo a filha abrir um sorriso.

— É, eu acho uma ótima idéia! – a menina concordou, sorrindo.

***

Regina havia acabado de vestir a roupa quando o celular tocou, e a morena pode ouvir o gritinho de felicidade de Olívia, que veio correndo com o celular na mão.

— É o papai! – exclamou feliz, vendo a foto do homem, que brilhava na tela do aparelho. Regina franziu a testa, achando estranha a ligação. Robin já devia estar dentro do avião.

— Regina! – ela ouviu, assim que atendeu a ligação.

— Oi, querido. Está tudo bem? Você não devia estar no avião? – ela perguntou, e ouviu o suspiro de Robin do outro lado da linha.

— Eu devia, porém o vôo atrasou. Acho que vouficar aqui esperando por mais uma hora ou duas. – ele explicou. – Não vou conseguir chegar para jantar com vocês. Sinto muito. – se desculpou, e Regina sentiu a tristeza na fala dele.

— Não tem problema, meu amor. Eu e Olívia conseguimos esperar mais um pouquinho. – ela disse, tranquilizando-o. Embora estivesse com o coração pesado. Ela estava contando as horas para vê-lo, e sabia que Olívia também.

— Estou morrendo de saudade. – Ele disse, e ela sorriu.

— Nós também estamos. – falou, sentando-se na cama e puxando Olívia para o seu colo, que encarava a mãe curiosa.

— Vocês estão bem? – ele perguntou.

— Estamos. – respondeu. – Quer falar com Olívia?

— Quero. – ele respondeu, animado. Regina passou o celular para a filha, que levou a orelha e gritou:

— Papai!

— Oi, meu amor! Como você está? -perguntou.

— To bem. Eu e a mamãe temos uma surpresa. – disse sorrindo, alheia ao fato de que o pai não conseguiria jantar com elas. Robin murchou na cadeira do aeroporto, não sabendo lidar com o fato de decepcionar as duas mulheres de sua vida.

— Filha... eu tenho algo para falar pra você... eu não sei se vou conseguir chegar hoje a noite, meu amor. – o homem começou. – O vôo do papai atrasou, querida, então eu vou chegar aí bem tarde. Eu sinto muito, filha.

— Você não vai jantar com a gente? – Olívia perguntou, a voz embargando. Regina passou as mãos pelas costas da filha, já esperando essa reação.

— Não, princesa. Mas eu prometo que amanhãvocê a mamãeeeu sairemos pra passear, ok? – ele tentou, sabendo que a menina não desgrudaria dele quando o mesmo chegasse.

— Mas eu estou com saudade, papai. – a garotinha disse.

— Eu sei, meu amor, e eu prometo que amanhã mataremos essa saudade. Quando você acordar de manha, eu já vou estar em casa. – ele explicou, pacientemente. – Eu amo você, filha.

— Eu também te amo. – a menina disse, os olhinhos transbordando lágrimas. – Eu vou passar pra mamãe agora, tá?

— Tá bom, querida. Mil beijos. – ele disse, mas não obteve resposta. Ele ouviu a voz de Regina ao fundo chamando pela filha, e fechou os olhos, sabendo que não poderia fazer nada.

— Ela ficou muito brava? – ele perguntou quando Regina voltou a falar no telefone.

– Ela ficou triste, só. Eu estou indo acalmar a fera. – ela respondeu, fazendo Robin rir.

— Eu sinto muito meu amor. – ele se desculpou pela milésima vez.

— Não tem problema, não é culpa sua. – ela suspirou, depositando a mão no ventre, fazendo um leve carinho quando sentiu o bebê mexer. – E seu filho concorda comigo.

— Por quê? – o homem perguntou.

— Porque ele esta dando uma festa dentro da minha barriga. – ela brincou, fazendo-o rir de novo. Regina tinha esse poder sobre ele.

— Não vejo a hora de chegar em casa. – ele comentou.

— Nem eu. – ela respondeu. – É melhor eu ir acalmar a sua filha agora. Amo você, boa viagem.

— Vai lá. Também amo você, nos vemos daqui a pouco. – ele respondeu, e depois desligou. Encarou a foto do bloqueio do celular, onde Regina grávida estava sentada no chão, com uma Olívia pendurada no pescoço, as duas sorrindo para a câmera do celular.

***

Quando Regina chegou no quarto de Olívia, a encontrou deitada na cama com o rosto enterrado no travesseiro. A morena se aproximou devagar da filha, acariciando-lhe os cabelos que tinham a mesma cor do que os do pai. A garotinha virou a cabeça pra encontrar os olhos da mãe, e quando os olhares se cruzaram, Olívia se levantou e correu pro colo de Regina, que se ajeitou na cama, deitando-se, de modo que Olívia ficasse deitada em seu peito.

— Eu quero o meu pai. – Olívia chorava, enquanto Regina lhe acariciava as costinhas, dando beijos no cabelo da menina, tentando acalmá-la.

— Eu também quero, Liv. Mas olhe, o papai vai chegar rapidinho agora. Só não vamos mais fazer a surpresa pra ele hoje. Nada impede que a gente faça amanhã. Huh? O que você acha? – a morena começou, e viu que surtiu efeito quando Olívia parou um pouquinho para escutá-la. – Ele vai chegar bem tarde, nós duas já vamos estar na cama. Amanhã cedo, a mamãe acorda antes do papai, aí eu venho aqui pra acordar você, e nós fazemos um café da manhã surpresa para o papai. O que acha? – Regina perguntou, e a filha a encarou, os olhinhos inchados pelo choro.

— Vai ser um café surpresa? – perguntou, interessada.

— Uhum, com direito a panquecas, torradas, sucos, sanduíches. O que você me diz? – Regina perguntou.

— Será que ele vai gostar? – Olívia devolveu a pergunta, olhando para a mãe.

— Eu acho que ele vai amar. – Regina respondeu, sorrindo.

— Você promete que vai me acordar?

— Prometo de dedinho. – a mulher disse, esticando o dedinho para que a filha entrelaçasse o dela.

Depois do jantar, Olívia e Regina ficaram na sala assistindo filmes. A menina, entretanto, se mostrou sonolenta depois de alguns minutos, os olhinhos fechavam e abriam, numa luta contra o sono. Regina sorriu e puxou a filha para o seu colo, enchendo a de beijos. Olívia deixou uma gargalhada gostosa escapar, preenchendo o apartamento. Quando a garotinha voltou a fechar os olhos, depositando a cabecinha no peito da mãe, Regina soube que era hora dela dormir.

— Filha, vamos pro quarto, huh? A mamãe não consegue te levar no colo se você dormir. – Regina falou, colocando a menina no chão quando a mesma assentiu. Pegando na mão da mãe, as duas seguiram para o quarto da mais nova, e Regina ficou ali até que a filha dormisse.

Quando a morena voltou a sala de estar, deitou-se no sofá e procurou um filme para olhar. Resolveu olhar pela milésima vez A Casa do Lago, filme o qual ela não entendia nunca. Na verdade, ela achava que entendia, mas quando olhava o filme novamente, já tinha desentendido tudo. O filme estava na metade quando Regina deixou-se levar pelo sono, dormindo no sofá mesmo.

**

O elevador parecia mais lento do que nunca. Robin podia jurar que faziam horas que ele estava dentro daquela caixa metálica, embora fizesse poucos segundos. A ansiedade para chegar em casa tomava conta dele, e embora soubesse que a esposa e a filha estivessem dormindo, ele não via a hora de estar perto delas.

Ele adorava seu trabalho. Ser um renomado professor acadêmico era algo que ele havia sonhado a sua vida toda. Entretanto, ele odiava ter que se ausentar de casa toda vez que fosse convidado para fazer palestras. Ainda mais agora, que Regina estava grávida. Uma semana não era tanto tempo, mas para ele, tinha parecido séculos.

Quando ele finalmente entrou em casa, soltou um suspiro de alívio. Ele pode ouvir o barulho da TV, e a claridade da tela iluminava a sala. Deixando a mala do lado da porta, ele seguiu até o cômodo, e seu coração se encheu de felicidade ao ver a esposa dormindo no sofá. Uma das mãos de Regina se encontrava debaixo da cabeça, enquanto a outra repousava sobre o ventre.

Ele se ajoelhou ao lado da mulher, depositando um leve beijo nos lábios dela. Depois começou a depositar delicados beijos pelo rosto dela, até que pode ver os lindos e sonolentos olhos castanhos brilhando ao vê-lo. Robin sorriu para ela, e Regina levantou-se até ficar sentada no sofá, para depois se jogar nos braços dele.

— Oi, dorminhoca. – ele falou no ouvido dela, fazendo a rir.

— Oi, meu amor. – ela respondeu, se afastando dele apenas para pegar o rosto de Robin entre as mãos, e beijá-lo.

— Eu estava morrendo de saudades de você. – ele disse, após minutos em que eles passaram entre beijos e abraços.

— Por favor, eu sei que é importante, mas me diga que você não tem que viajar pelos próximos meses. – ela sussurrou, fazendo um biquinho que Robin não resistiu em beijar.

— Nada a vista pelos próximos meses. – ele confirmou a ela. – Agora, eu vou levar a minha linda esposa para dormir na cama, pois eu acredito que ela estava muito desconfortável nesse sofá. – Robin comentou, fazendo Regina sorrir. Antes que ela pudesse se levantar, entretanto, o loiro passou os braços por de baixo do joelho dela, e a pegou no colo. A morena se escorou no peito do marido, expirando o cheiro delicioso que ele emanava, e logo depois depositando um beijo no pescoço dele.

— Eu estava exausta, nem vi quando dormi. – ela respondeu, e logo os dois adentraram o quarto, Robin depositando Regina na cama e se deitando ao lado dela. Regina levou a mão até a barba por fazer do marido, e depois o beijou. Inúmeras vezes.

Ficaram naquele clima por alguns minutos, apenas na presença um do outro. Quando Regina estava quase dormindo de novo, embalada pelo cheiro de Robin e pelos carinhos que ele fazia nas costas e ventre dela, o homem a chamou.

— Regina? – sussurrou, e a morena ergueu a cabeça, os olhos pesados pelo sono buscando as íris azuis. – Eu amo você.

— Eu amo você também. – Regina respondeu, depositando um selinho nos lábios do loiro. Ela não demorou a dormir, e embora Robin quisesse contar centenas de coisas para Regina, ele sabia que poderia fazê-lo depois, quando a morena estivesse descansada e disposta. Então ele apenas a puxou mais para si, agradecendo por poder estar ali, depois de uma semana longe.

Robin queria ter levantado e tirado alguns presentes que comprara para a esposa e para a filha da mala, e até mesmo ter tomado um banho, entretanto, perdido ali nos braços de Regina, ele acabou adormecendo também.

Horas depois, ele acordou com ruídos vindos do corredor, e não demorou até a porta do quarto abrir, revelando uma menininha espiando o quarto. Robin sorriu e quando Olívia enxergou o pai, correu em direção a cama, pulando nela e se aconchegando nos braços de Robin.

— Papai! Você chegou! – ela falou feliz, abraçando-o apertado.

— Shh, não vamos acordar a mamãe... – ele disse, beijando a bochecha da filha. – Oi, princesa.

— Eu tava com tanta saudade, papai. – Olívia disse, já deitada no meio do casal, mas agarrada a Robin.

— Eu estava morrendo de saudade, filha. – ele respondeu.

— Eu e a mamãe temos uma surpresa... – disse, rindo e tapando a boca com as mãos, para tentar abafar a risada.

— Uma surpresa? Mas não era o jantar? – ele perguntou, as sobrancelhas se arqueando em direção a filha, que encolheu os ombros.

— Você não veio pro jantar, então eu, ela e o mano preparamos outra surpresa. – explicou ela para o pai.

— E cadê essa surpresa? – Robin perguntou, olhando pra filha.

— Só amanhã, papai! – ela disse e Robin fez uma careta, Olívia tendo que tapar a boca com a mão quando uma gargalhada tomou conta dela. Robin riu, e deu uma olhada em Regina, que ainda continuava dormindo.

— E você acha mesmo que eu vou conseguir esperar até amanha? Como você é malvada! – ele disse pra filha, e a menina levantou as mãos, em sinal de que não podia fazer nada. Em resposta, mesmo sabendo que isso acordaria a esposa, ele não agüentou e encheu a menina de cosquinhas, e não deu outra, inúmeras gargalhadas escoaram pelo quarto, e logo sonolentos olhos castanhos observavam a cena. Robin deu uma espiada na esposa, que sorriu ternamente pra ele.

— Mamãe, me ajuda! – Olívia pediu, quando viu que a mãe estava acordada. – Diz pra ele que a surpresa é só amanha.

— Liberte a minha bonequinha, senhor Locksley, e tenha paciência, sua surpresa só de manhã. – Regina disse, puxando Olívia pra ela, que se abraçou na mãe.

— Só de manhã, papai. – deu ênfase no que Regina falou. Robin bufou, fingindo indignação.

— Isso não é justo, as duas vão me matar de curiosidade. – ele reclamou, deitando-se ao lado delas, derrotado.

— Falta pouco para de manhã, papai. – Olivia falou, virando-se e ficando de frente para o pai. – Eu posso dormir com vocês? – ela perguntou.

— Claro que pode, filha. – Robin respondeu, dando um beijo na testa da menina, que trocou os braços de Regina pelos braços do pai. – Boa noite, Liv. – ele disse, chamando-a pelo apelido. A menina fechou os olhos, enquanto a mãe acariciava os cabelos, e logo adormeceu, sendo seguida de Regina. Robin fora o último a dormir, aproveitando a companhia das duas pessoinhas que ele mais amava no mundo. Agradecendo por finalmente estar em casa.

***

A mesa da cozinha estava recheada de sanduíches, panquecas, frutas e pão, além de sucos, iogurte e café. Regina terminava de fazer as panquecas quando Robin entrou no cômodo, sendo puxado por Olivia. A menininha tinha um sorriso de orelha a orelha no rosto, e pelas risadas que ouviu, Regina sabia que Robin tinha sido acordado com muita folia.

— Sua surpresa, papai. – Olívia falou, e Robin sorriu para ela, pegando-a no colo e enchendo-a de beijos.

— Isso tudo parece estar uma delicia! – ele falou. – Muito obrigada, querida.

— A mamãe me ajudou. – a garotinha falou, sentando-se ao lado do pai.

— É mesmo? – ele perguntou, sorrindo para Regina, que seguiu até ele, dando-lhe um selinho. – Bom dia, meu amor.

— Bom dia, Robin. – Regina respondeu, sentando-se a mesa também. – Olívia pode abrir um restaurante, uma verdadeira mestra. – a morena brincou, fazendo a filha sorrir.

— Papai, nós vamos passear hoje? – Olívia perguntou, depois de um tempo.

— Claro que sim, é só você e a mamãe escolherem o destino. – Robin respondeu, tomando um gole de café e colocando a mão na barriga de Regina, deixando-a lá, fazendo um leve carinho.

— Podemos ir ao parque? E depois tomar sorvete? – a menina pediu, com os olhos brilhando.

— Sorvete nesse frio, Liv? – Regina repreendeu.

— Sorvete é bom... – Robin falou.

— Em qualquer hora. – Olívia disse, completando a fala do pai. Os dois riram, e Robin levantou a mão para a filha bater nela.

Naquele momento, Regina soube que eles passariam a tarde no parque e depois terminariam o passeio na sorveteria. E mesmo achando que o dia não estava muito bom para sorvete, a mulher não quis acabar com os planos da filha e do marido.

Simplesmente os acompanhou, empurrando Olivia no balanço e depois se escorando discretamente em Robin quando ficava cansada. Esperou na mesa, observando Robin servindo a filha com inúmeras bolas de sorvete, e nem precisou falar qual sabor queria para o seu. Robin sabia de cor. E na volta pra casa, seu coração se derreteu com as gargalhadas de Robin e de Olivia, que tinha a boca toda suja de sorvete.

Seu coração se encheu de ansiedade pela chegada do bebê, para ver como Olivia reagiria e imaginando não apenas uma criança travessa, mas duas, que tornariam a vida do casal muito mais colorida.

Quando ela riu sozinha com esse pensamento, deitada na cama do casal mais tarde, ela sentiu os olhos azuis de Robin caírem sobre si, e o loiro entrelaçou a mão na dela, beijando-a.

Era muito bom tê-lo em casa.