It Will Rain

Capítulo 34


Um mês em NY, foi um sonho, desde que eu fui pra lá com a Amy e o Bryan nas férias me apaixonei por aquela cidade perfeita. E falando no Bryan, ele não deu sinal de vida e pra falar a verdade eu me sentia meio culpada por ele, mas ainda encarava pelo lado de que ele não queria que eu ficasse com o Bruno, não queria que a gente se acertasse de vez. No começo eu até pensei que era porque o Bruno e eu brigávamos muito, talvez o Bryan tivesse medo de que tudo acabasse mal, mas com o tempo eu já não sabia mais nem no que pensar.

Lá estava eu, dentro de um avião voltando pra casa. Sentada ali sem ninguém pra conversar milhares de coisas se passava pela minha cabeça, e isso não é maneira de falar, sempre tive muitos pensamentos ao mesmo tempo e dessa vez não era diferente. Me lembrei da virado do ano, passei numa casa de praia em Malibu, com o Bruno, a família dele e alguns amigos. Foi bem divertido, na verdade passei a maior parte do tempo conversando com a Bernie.

~Flash Back On~

Sentada na areia meio distante e observando Bruno tocando violão, cantando, fazendo palhaçadas e rindo com os garotos perto da fogueira. Sorri involuntariamente ao ver o sorriso dele, era mais forte do que eu.

- Será que eu posso me sentar aqui com você? – Era a Bernie.

- Claro. – Sorri e ela se sentou ao meu lado.

- Pensando na vida aqui sentada sozinha? – Perguntou me olhando nos olhos.

- Basicamente sim.

- E olhando pra ela, não é? – Ela seguiu meu olhar até encontrar o Bruno. – Ou seria ele?

- Boa pergunta. – Nós rimos.

- Você o ama. – Aquilo não era uma pergunta.

- Muito.

- Ele também te ama. Eu sei disso não só porque ele me disse, mas porque consigo ver isso nele. Afinal de contas ele é meu filho, saiu de dentro de mim essa peste kkk.

- Eu amo esse idiota como nunca amei ninguém. Um sentimento tão forte que não consigo explicar.

- Amor não tem explicação. – Ela sorriu pra mim, aquele sorriso compreensivo de mãe. – Sei que posso dizer por ele que o que sente por você ele nunca sentiu por nenhuma outra garota. – Fez uma pausa me olhando nos olhos de novo. – E sabe de uma coisa? Vocês vão se casar algum dia. Eu sinto isso, ou talvez seja só uma praga de mãe. – Eu ri.

- Casamento? Eu não teria tanta certeza assim.

- Calma aí Ash, não to dizendo que vocês vão se casar agora, mas vocês ainda vão se casar, escreve o que eu to falando.

~Flash Back Off~

Nunca tinha pensado em me casar, muito menos com o Bruno ~nada pessoal~ mentira, eu já tinha me imaginado casando com ele sim u.u mas era só um sonho louco de fã, nunca achei que realmente aconteceria... CALMA ASH, AINDA NÃO ACONTECEU, RELAXA. Será que isso iria acontecer? Será que a Bernie jogou mesmo a famosa “praga de mãe” pra cima do Bruno? Olha só, eu encarava a possibilidade desse casamento com uma praga pro Bruno? Tecnicamente eu estava me ofendendo, mas no fundo eu não era tão ruim assim kkk.

Havia uma pergunta que rondava a minha mente, uma pergunta pra qual eu ainda não tinha encontrado a resposta. Depois do natal o Bruno e eu não brigamos mais, o que era muito estranho, não que fosse ruim, só era estranho. Segue o meu raciocínio. No dia que nos conhecemos já brigamos, lembra? Ele achou que eu era uma prostituta, mas como a Amy diria, no final eu fui quase isso mesmo kkk. Nós já brigamos muito por causa da gravidez e por causa do Bryan, resumindo, passei quase 7 meses só brigando com ele. Então o natal vem e trás paz para a nossa vida, é isso que eu chamo de espírito natalino. Jesus, Deus e o Espírito Santo desceram ali e disseram “Faça-se a paz e o amor” e ~BUUUM~ Bruno-- e eu éramos um casal lindo, apaixonado e... idiota ~a gente tinha até um filho, o Gê *-* mas poderíamos ter tido dois :(~

Antes nós parecíamos lutadores de sumo, ta certo que não usávamos aquelas tanguinhas, mas nos gritávamos e batíamos o pé no chão ~fazer barulho pra dar medo é a alma do negocio kkk~ Ri sozinha das minhas conclusões idiotas, não sei como ainda era Psicóloga, na verdade eu era muito incompetente ~mentira~ tinha mania de dar crises de riso no meio das consultas e aundo começava era quase impossível parar, sério. Talvez seja por isso que ainda tenho pacientes, pessoas depressivas que precisam de alegria na vida ~mentira~ KKK.