Capítulo 10

Depois de quase 3 semanas viajando pela Europa finalmente cheguei em casa, não exatamente em casa por que fui pra casa do Phil. Aquela viajem havia sido muito cansativa, não que viajar pela Europa fosse ruim mas era muita agenda. Tinha seção de fotos, autógrafos, entrevistas, programas de rádio e TV, quem pensa que vida de artista é fácil se engana, na verdade é bem difícil. O pior de tudo é que eu não pude procura-la, ah, Ashley, por que você foi embora sem se despedir? Sem deixar um bilhete? Um numero de telefone, endereço, sei lá qualquer coisa com a qual eu pudesse te encontrar. Eu andava pensando muito nisso, desde quando acordei depois daquela noite de temporal e ela já não estava mais ali.

- Bruno. Bruno. BRUNOOOOO – O Phil tava gritando no meu ouvido – Cara, acorda ¬¬ Ah, já sei, pensando na Ashley né? – Parecia tão obvio assim?

- Ashley? Huuum, será que o Bruno finalmente foi fisgado? – Perguntou a Urbana. Nem eu sabia a resposta pra isso. – Quem é ela?

- É a “Psicóloga” do Bruno – O Phil não perdia a oportunidade ¬¬

- Psicóloga? Por que você precisa de uma Psicóloga?

- O Bruno? Ele não precisa de uma Psicóloga. Mas ela não exerceu a profissão com ele. – Eu sentia um vontade de socar o Phil, que sacana. Ele ria como seu o mundo fosse acabar.

- Phil, tá bom né? – Me levantei – Acho que vou indo pessoal, quando eu sair podem continuar rindo tá?

- Ah, Bruno qual é, você não ta bravo comigo só porque eu falei da sua Ash, né?

- Não, eu preciso mesmo ir, até depois.

Peguei o carro e sai pela cidade sem rumo certo, só o que conseguia fazer era pensar naquela garota o tempo todo, era como se ela tivesse algum tipo de feitiço, não conseguia esquece-la, juro que tentei mas algo sempre me fazia lembrar dela. Eu precisava encontra-la, falar com ela, em qualquer lugar, queria ter certeza de que toda aquela noite realmente aconteceu. Parei o carro em frente a um café, só fiquei ouvindo o rádio e olhando pela janela. Até que uma garota me chamou a atenção, ela tinha acabado de sair do café com um copo na mão, ela parecia preocupada e distante, mas eu conhecia aquele rosto, era ela, tinha que ser. Sai do carro e corri até lá.

- Ashley? – Perguntei já perto dela e dei um sorriso, não acreditava que finalmente tinha me reencontrado com ela.

- Bruno – Ela me olhou, deu um sorrisinho sem graça e voltou a encarar o copo em suas mãos.

- Tá tudo bem com você?

- Tá tão na cara assim? Kk. Na verdade não, e eu... eu preciso falar com você.