It Was Panic! At The Disco
Capítulo 6
Após chegarem na escola, Spencer e Ryan avistaram Brendon e Brent conversando
- Oi
- Oi
- Vocês chegaram tarde, falta pouco tempo para bater o sinal
- Quanto mais rápido o tempo passar, melhor para mim
- Você vai vir para a escola amanhã?
- Vou, claro. Para me despedir, já que ficaremos um tempo sem nos vermos
- Você volta para o seu aniversário?
- Volto
- Ok. Vamos indo?
- Vamos
Ryan, impacientemente, olhava para o relógio de cinco em cinco minutos.
Brent e Spencer riam do professor, enquanto Brendon olhava fixamente para Ryan. Era um olhar triste, de alguém que estava prestes a chorar
A quinta-feira havia finalmente chegado. Ryan levantou rapidamente da cama, fez sua higiene pessoal e subiu para o café.
- Ansioso?
- Para que? - O pai de Ryan interrompeu
- Arrumei um emprego - Mentiu
- Onde?
- Em uma loja
- É bom mesmo, assim você pode ser alguém na vida e não um músico de merda.
- É. Eu já vou indo, tchau
- Tchau, Ryan, boa escola
Ryan não ligou para o que o pai disse. Sabia muito bem o que queria, e não era trabalhar em uma loja. Saiu de casa e logo encontrou Spencer
- Oi
- Fala, Ryro
- Você está bem?
- Estou, e você?
- Estou muito bem. É hoje!
- É. Passaram rápido esses dias
- Eu achei que passaram devagar
- Bem, o importante é que você vai hoje
- É
- Eu ligo para você para combinarmos a hora que passamos em sua casa para te levar
- Ok
- Chegamos. Ah, e antes que eu me esqueça, acho melhor você conversar mais com o Brendon. Ele anda meio triste com a sua partida
- Ok. Oi
Brendon estava de cabeça baixa, e quando escutou a voz de Ryan, levantou-a
- Oi - Brendon esboçou um osrriso triste em seu rosto
- Está tudo bem?
- Sim
Mas não estava.
- Vem cá - Ryan segurou a mão de Brendon e levou-o para um canto
- O que foi?
- Que tal se hoje à tarde fizermos alguma coisa juntos?
- Só nós dois?
- Só nós dois.
- Claro, seria ótimo - Brendon sorriu, ainda triste
- Você não parece muito animado. Tem certeza de que está tudo bem? Pode falar para mim
- Está...
- Não me convenceu
- Esqueça isso. Vem, vamos voltar
- Não, nem pensar. Volte aqui, Urie
- O que foi?
- O que houve com você? Está estranho.
- Estou normal
- Não está, não
- Eu estou, é sério
- Não insista, você não me engana. Fale o que está te incomodando, talvez eu possa te ajudar
- Ryan, esqueça isso. Vamos
Brendon convenceu o amigo. Não completamente. Mas, como Brendon iria continuar insistindo que estava bem, Ryan desistiu e resolveu fingir que acreditou.
O sinal tocou. O sinal da felicidade, como todos o chamavam. Alunos de todas as séries se amontoavam perto da saída para conseguirem passar pelo portão e regressarem às suas casas.
A hora de partida estava chegando. Apenas seis horas e Ryan não respiraria o ar de Los Angeles durante dois meses
- Você vai na minha casa, então?
- Vou. Às catorze horas está bom para você?
- Está ótimo
- Nos vemos daqui a duas horas, então.
- Tchau
- Tchau
Em duas horas, Brendon batia na porta da casa verde-azulada de Ryan.
- Pronto?
- Óbvio
- Tão óbvio assim?
- Claro. Eunão sou uma noiva para ficar enrolando por duas horas
- Melhor assim. Vamos logo, então
- Se acalme, senhor apressado.
- Pare de amolar. Venha logo, Ross
- Está bem
No meio do caminho, Ryan e Brendon se encontraram com Gabe e William
- Que coincidência! Olá
- Oi
- Hey
- O que fazem por aqui?
- Aproveitando minhas últimas horas aqui
- Como assim?
- Eu não te contei?
- Contar o que?
- Vou morar em Seattle por dois meses. Me desculpe por não ter lhe avisado antes
- Mas que droga, Ryan, o que diabos você vai fazer lá?
- Um "boa viagem" seria melhor - William interrompeu
- Vou morar com um amigo. Me perdoe, eu deveria ter dito, mas tudo ocorreu tão rápido que nem tive tempo de avisar ninguém
- Não, tudo bem - Gabe falou com um leve tom de ironia - Vem, Bill. Boa viagem, se divirta com seu amiguinho.
- Espera, Gabe...
E antes que Ryan pudesse terminar, Gabe e Bill desapareceram por entre as ruas frias e o tempo nublado de Los Angeles
- Não precisava ter sido assim com ele, Gabe
- Assim como? Eu falei normal
- Não falou, não
- Falei sim
- Ouça, você tem que entender que o Ryan não teve a intenção de te avisar no último minuto
- Ah, Bill, cala a boca e me beija!
- Como é?
- Sei lá, eu sempre quis dizer isso - Gabe disse, rindo, também provocando risadas em seu amigo
- Você é um idiota, Saporta
- Também te amo, ta?
- Quem disse que eu te amo?
- Você não me ama?
- Não
- Mentiroso
- Eu nunca falei tão sério em minha vida
- Então por que está rindo?
- Não estou rindo - Bill tentou ficar sério, mas fracassou
- Não, só está mexendo a boca e quase se mijando
- Merda, Gabriel - Bill ria ainda mais
- Cuidado, você pode bater o rosto em uma árvore e deformá-lo. Você está com problemas?
William foi o resto do caminho rindo, e Gabe o provocava cada vez mais.
Enquanto isso, Ryan e Brendon conversavam sobre diversos assuntos, mas o principal, e o que eles mais gostavam, era a música.
- Nós nem ensaiamos nesses últimos dias, né?
- É...
- Como vai ficar a escola?
- Minha mãe já falou com a diretora. Vou ficar dois meses em uma escola de lá e depois volto. De acordo com as notas que eu conseguir lá, eles farão minha média aqui.
- Legal
- Onde estamos indo?
- Eu é que pergunto
- Que droga, somos muito mal organizados. Saímos por aí e não sabemos nem para onde vamos
- Assim é melhor. Sabe, sem planejar nada
- Talvez, mas não podemos ir longe pois eu posso perder o vôo
- Ok
E assim foi. Brendon e Ryan caminharam sem saber aonde iam. Não foram longe, nem perto de casa.
Às dezessete horas, Ryan estava em casa. Pouco tempo antes, se despediu dos amigos
# Flashback
- Bom, vemo-nos daqui a dois meses, então
- É
- Tchau, Ryan
Brendon me deu um abraço apertado. Um abraço de alguém que sentiria minha falta. Percebi isso pelo modo que ele me abraçava: um abraço longo e firme. E, antes de se paroximar, Brendon sorriu. Mas não foi um sorriso feliz.
- Tchau, Brenny
- Sentirei sua falta
- Também sentirei a sua
- Adeus
Brendon desfez o abraço. Parecia que ele não queria mais me soltar, mas foi obrigado a fazê-lo. Diante de meus olhos, o vi desaparecer pelas ruas escuras e pouco movimentadas.
# Fim do Flashback
Dei uma última olhada em meu quarto. Peguei minhas malas e subi calmamente as escadas. Entrei no carro no qual minha mãe também estava. Deixe-me explicar: Spencer não pôde me levar ao aeroporto. Tinha que visitar um parente doente no hospital, me parece. Sendo assim, Brent não foi também. Me despedi mais cedo deles, e é claro, de Brendon.
Dei uma última olhada nas ruas de Los Angeles e finalmente entrei no aeroporto. Um homem de voz grossa anunciou pelos auto-falantes que o avião no qual eu iria decolaria em pouco tempo. Abracei minha mãe e desapareci em meio a uma multidão. Em pouco tempo estaria junto de Brad.
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