It Happened And I Do Not Know How

Far from home, miles and miles away. Far from hom


PDV SAM


Meu despertador toca às 07:30am, é um dia quente de domingo e não consigo voltar a dormir, o que é muito estranho para alguém como eu, ou como eu era. Fiquei enrolando na cama até me dar conta que se hoje é domingo, porque meu despertador disparou? Com certeza meu querido, pirralho e esperto primo fez com que isso acontecesse, porém o sono voltou e acabei cochilando, logo acordei como se tivesse acabado de fechar os olhos, e com muito esforço por causa da luz entrando no quarto, olhei para o relógio marcando 09:27am. Pulei da cama.

─ Que? Estou atrasada! Falei já indo direto para o banheiro.

Havia me esquecido completamente que minha mãe me buscaria hoje e enfim voltar para minha casa em Seattle. Passei um ano na casa dos meus tios Bob e Margaret em Nova York, pois estudaria em um internato só para meninas, que por causa das minhas atitudes no passado, essa era a melhor opção para eu me tornar uma pessoa melhor, eu só voltava pra casa dos meus tios nos finais de semanas e feriados, trocava cartas, telefonemas com minha amiga Carly, falávamos também por E-mail, estava com saudades dela e de todos que deixei lá, enfim hoje eu voltaria com certeza, e outra certeza que eu tinha era que o despertador tocou porque eu coloquei para despertar, e eu colocando a culpa no meu priminho Andrey, acho que o internato não fez muito efeito. Fiz minha higiene, tomei banho e sai com uma toalha na cabeça e outra no meu corpo. (TOC, TOC, TOC) Bateram na porta do quarto.

─ Sam...? Você já está pronta? Perguntou minha tia Margaret sem abrir a porta.

─ Estou quase pronta tia. Gritei aos pulos colocando minha calça jeans acinzentada.

─ Ok querida, sua mãe já está chegando. Enquanto ela falava sua voz ficava distante, provavelmente falava enquanto descia as escadas.

Era 09:55am, estava vestida, tinha pegado a primeira camisa de dentro da mala, vermelha xadrez, de all star cinza fui até a estante onde havia um enorme espelho, retirei a toalha da minha cabeça e minhas madeixas loiras foram caindo simultaneamente, comecei a penteá-lo e depois liguei o secador, soltando o vento por toda minha cabeça, até quando ouvir um barulho de carro, era a minha mãe, não via a hora de vê-la, não que ela tenha me largado, ela sempre ligava e ia me visitar quando podia, e nem era também pela casa da minha tia, lá tudo era muito "perfeito" tudo muito bom para ser verdade, queria voltar logo para minha vida em Seattle, esse se foi meu ultimo ano escolar e não passei ao lado dos meus amigos, precisava matar quem está me matando a "saudade". Depois de ficar pensando nisso, acordei pra realidade, desliguei o secador, apesar dos meus cachos ainda estarem úmidos, não me importei, peguei minha mala roxa e duas bolsas que por sorte já estavam prontas e fui saindo do quarto, olhei a escada e tentei descer com minhas coisas.

─ Alguém ajuda? Dizia eu com um tom alto, escapando do meu braço esquerdo umas das bolsas, indo ao chão.

─ Tudo isso só para ir embora, priminha? Dizia Andrey, um pirralho de 11 anos, mas de uma mente muito avançada.

─ Não é isso... Eu só não quero atrasar a viagem, só isso. Dei de ombros. ─ Você vai ficar fazendo perguntas ou vai vir me ajudar?

─ Claro que vou te ajudar, aliás vou até levar sua linda mala até o carro. Dizia Andrey se aproximando de mim sorridente.

─ Sério? Eu... Fui interrompida.

─ Não, na verdade vou descer e comer mais cookies, até lá embaixo prima. O moleque desceu sem se quer olhar para traz, tinha me esquecido que ele era malvado também, respirei fundo.

─ Ok, não é muita coisa. Quando ouço uma voz familiar.

─ Sam, deixa que eu te ajudo menina. Minha mãe, finalmente alguém venho me ajudar, pegando a mala, vindo atrás dela minha tia que pegou a bolsa que caiu nos degraus. Chegamos lá fora e colocamos minhas coisas no porta-malas, estava tudo pronto para irmos embora, mas faltava uma coisa.

─ Que cara é essa Sam? Perguntava minha mãe colocando a mão no meu ombro.

─ Não comi nada ainda. A respondi, colocando minhas mãos na minha barriga.

─ Bom, como eu imaginei que vocês teriam pressa de irem embora, fiz uma cesta de lanches para a viagem. Dizia minha tia muito útil, ela era assim, muito atenciosa bem diferente da minha mãe, sua irmã mais velha.

Voltamos para dentro da casa e minha tia me entregou a "grande cesta recheada".

─ Obrigada mesmo tia, e manda um abraço para meu tio Bob. Eu agradecia, enquanto ela me abraçava de lado.

─ Vão com cuidado e voltem sempre. Dizia minha tia com um belo sorriso.

Depois de me despedir dela, fui direto para o carro, entrei e sentei no bando vizinho do motorista, minha mãe fechou a porta e foi dar um abraço na minha tia, logo viu meu primo e bagunçou seu cabelo, que pela cara dele, odiou a ousadia da minha mãe, ele me lembrava o Nevel, só faltava dizer "Você irá lastimar esse dia", sorri de canto ao pensar nisso. Minha mãe entrou no carro, e quando o mesmo começou a se movimentar, olhei para Andrey e acenei para ele, e pela minha surpresa acenou de volta.

Minha mãe e eu não tínhamos muito que falar, todas as novidades ela sabia, e eu no momento queria comer o que minha tia havia preparado, o começo da viagem foi só de pensamentos de como seria quando chegasse, se iriam gostar, como todos estariam, Carly, Spencer, Gibby e Freddie... Freddie...