Por mais que Mikaru ocupasse a mente com os estudos, seu subconsciente não lhe dava folga, assombrando-o com pesadelos, principalmente quando estava exausto.

Mãos que o tocam, olhos que o dardejam, batidas repetitivas que o desnorteiam. Era sempre a mesma cena, naquele mesmo cômodo, mas nunca conseguia distinguir a face.

Sentou-se assustado, perscrutando a escuridão. Não tinha nada ali, mas sentia medo.

Observou a cama ao lado, o colega em sono profundo. Sentiu-se grato por não acordá-lo com sua movimentação. Temia despertar aos gritos e ter que se explicar.

Queria manter a imagem de alguém forte o máximo que conseguisse.