Intensa Paixão!

Capítulo 2: O amor pode ser lindo, mas é dolorido


Em momento nenhum pensei que algo tão bonito e puro pudesse machucar tanto um coração.

Dilacerada, ferida, impotente e sem coragem nenhuma para voltar a olhá-lo novamente. O que eu faço para acabar com essa dor? Matar-me? Arrancar meu coração do peito? Ao pensar nessas hipóteses, chorei mais ainda. Eu tinha todas as possíveis perguntas, mas não sei onde achar tantas respostas.

- Oh Céus! Faça-me esquece-lo. Tire de meu peito essa enorme dor de amar e me traga respostas para tantas perguntas. Eu o amo tanto, eu o quero e o desejo muito. – minhas palavras saiam como um sussurro de morte.

Escutei o alto toque do meu celular, não queria atender. Contra gosto peguei o meu telefone e vi no visor que era Elizabeth: minha melhor amiga.

- Alô – atendi com a voz embargada pelo choro excessivo.

- Amiga você está bem? – perguntou Lize preocupação

- Não, Lize. Nunca mais vou voltar a ficar bem – disse começando a chorar novamente

- Bella eu já lhe disse, está se auto dilacerando por um amor proibido. Olha só saia deste quarto, tome um ar puro e volte a viver. – dizia ela

- Não, Lize. Prefiro ficar aqui, na escuridão, vendo meu coração sangrar e minha alma morta – disse em tom sério – Eu o amo tanto e não posso...

- Na verdade eu descobri algo sobre esse “estranho amor” – falava ela – Conversei com a Beck, a Tess e a Angela. Elas descobriram o nome dele e quem é a moça que você viu abraçada a ele.

- Então tire algumas de minhas dúvidas amiga: quem é ele? E quem é essa mulher que está com ele? – disse deixando uma lágrima escorrer.

- Amiga: ele é Edward Cullen, o seu motivo de amor e dor. E ela é Tanya, mas agora não sei como te falar isso amiga - ela disse em tom triste.

- Me falar o que amiga? - disse curiosa – Ela é alguma parenta próxima dele?

- Amiga ela não é parenta. Eu sinto que vou ser motivo de você sofrer mais – dizia ela – Ela é a noiva dele.

Tudo na minha cabeça rodava, não havia mais chão e nada me fazia enxergar o que havia em minha frente. Ela é noiva daquele “estranho perfeito” que agora eu sabia o nome. Eles iriam casar e juntos irão construir a felicidade, mas a mesma me causava dor e mais sofrimento.

- Lize, amiga eu preciso desligar. Ligue-me outra hora – disse e desliguei meu celular.

Ela vai poder tocá-lo, abraça-lo, sentir seu cheiro, amá-lo e beijá-lo. Enquanto eu ficarei aqui em plena escuridão de meu quarto, esperando que ele venha salvar esse meu amor da morte e acalentar-me da rigorosa neve, caindo lá fora flocos por flocos.

Grossas lágrimas caiam de meus olhos, frias como a escuridão de um beco, sem vida como as folhas secas e dolorosas como uma ferida aberta.

Comecei a soluçar toda minha dor para fora de meu peito. Chorava compulsivamente e simplesmente gritava em mente, o quanto eu queria Edward Cullen. Eu o amava, mas ele não era meu e nem nunca será.

- Oh meu Deus, por quê? – dizia chorando – Eu o amo tanto e sempre vou amar. O que farei com toda essa dor que há em mim? Como pode ser tão dolorido amar alguém?

Deitei minha cabeça no travesseiro e minhas lágrimas continuavam a banhar meu rosto.

Morta: assim que estava neste momento. Não queria me levantar e muito menos ver o solzinho da tarde que formava lá fora. Por quê? Era sempre essa pergunta que fazia a mim mesma, porém a resposta estava perdida.

- Imãzinha, abi a poita – escutei as leves batidas de Sophie na porta.

- Já vou, amorzinho – levantei da cama sem muita vontade. Enxuguei meu rosto.

Destranquei a abri a porta, encontrando um ser pequeno sorrir para mim graciosamente.

- Oi princesa – disse e ela estendeu seus pequenos bracinhos. Sorri e a peguei no colo. Sophie não é tão pesada.

Fechei a porta e a coloquei sentada na minha cama. Sentei em sua frente, a observando.

- Mamãe disse que vuxê ta muto tisti. Pu quê, Imãzinha? – Sophie perguntou me olhando daquele jeitinho meigo dela.

- É que eu gosto de uma pessoa, princesa. Mas ele já é comprometido – disse segurando-me para não chorar.

- Imãzinha, não fica tisti não. Eu plometo que vou ficar sempi com vuxê. Eu tle amo – ela dizia me abraçando. Era tão bom saber que uma pessoa pequenina, como a minha irmãzinha me fazia feliz.

- Eu também te amo, meu anjinho e obrigada. – disse e ela sorriu.

- Agola, vem blincar tumigu? – pediu ela.

- Desce que depois eu vou, pode ser? – disse

- Pode – disse ela e saiu do meu quarto.

Continuei na mesma posição. Pensava que antes do sofrer por esse amor, eu era feliz e sorria a todo o momento. Mas agora a palavra “sorriso” não entrava no meu vocábulo e a felicidade eu enterrei bem lá no fundo do meu coração.

Edward é mais que uma simples figura humana perfeita. É o motivo dos meus sonhos, do meu ardente desejo, do meu coração bater desesperado e dos sorrisos que dava toda manhã que despertava.

Quando o vi pela primeira vez, descobri um mundo o qual não sabia da existência. Um mundo diferente e real para mim.

Mas nesse momento tudo isso se desfez, com uma única frase: “Ela é noiva dele”. Minhas paredes ruíram-se, meu chão afundou, as flores da minha vida murcharam e a cada lágrima uma mancha a mais na minha alma. Ele já estava comprometido a alguém e isso não vai mudar.

Droga! Novamente lágrimas escorriam por minhas bochechas. Levantei-me, indo até meu espelho ao lado da cama e olhei a imagem refletida ali.

- Quem é você? – perguntei a mim mesma.

Meu rosto estava frio, meus olhos inchados pelo choro e estava fraca. Aquela imagem não era minha e sim expressava o que era eu por dentro.

Meu coração destroçado batia vagarosamente em meu peito. A ferida ardia e sangrava ainda mais. Mas agora a minha dor tem um nome: Edward Cullen.