A máquina de escrever enchia a biblioteca vazia com os sons de suas teclas sendo batidas (quase literalmente devido à ferrugem provinda do tempo ocioso que ficara em cima da prateleira, coberta por pelo menos quatro camadas de poeira).

— Eu já ouvi falar de autores que começam pelo fim, mas isso é ridículo!

— Shh! Tu não deves difamar sobre essa digníssima obra. Não percebeste que é nossa única salvação?

—É… por que você está falando assim?

— Assim como?

— Esqueça… mas se nós estamos começando pelo fim… quer dizer que o fim será um novo começo?

— Se sobrevivermos até lá, sim.