Innocence

Capítulo 25 - Mais um dia normal


POV Penny

Silena soltou outro gritinho.

– CARACA, eu vou ficar surda. – Anna disse.

– É o quê? – Alex perguntou, massageando a orelha.

Gargalhamos com esse pequeno diálogo.

– Precisamos voltar à Nova Iorque. – Silena disse

– JÁ? – Mari perguntou, com o olhar um pouco triste.

– Hã... – Luke olhou para Nico que olhou para Percy.

– Nós meio que... Fugimos. – O namorado de Annabeth disse.

– VOCÊS FUGIRAM? – Silena berrou.

Nico, que era o mais próximo dela, estreitou os olhos.

– Silena, meu amor, você vai me deixar surdo. – Disse, com um sorrisinho.

– É. E o Luke estava quase morrendo de medo. – Percy relatou.

– Como é que é? – Thalia perguntou, com um olhar de assassina.

Seu namorado deu de ombros. Lorena entrou na sala com uma gatinha nos braços.

– Pára tudo! – Thalia mandou. – Marina e Silena, antes de derem ataques por causa da gatinha observem; OK? – Virou-se para seu namorado. – Eu sou sua namorada, certo?

– Sim.

– E eu sou punk, certo?

– Er... Sim.

Thalia levantou as sobrancelhas.

– Tá, tá. Desculpa. Eu só não queria que minha mãe enfartasse.

Revirei os olhos e fui até Lorena.

– Mais que fofa. É sua? – Perguntei.

– Meu namorado me deu. Mas não posso ficar com ela. Meus pais estão se separando e acho que vou ficar com minha mãe. Ela é alérgica a gatos.

Brinquei com as patinhas da gatinha e a peguei nos braços.

– E então? Com quem ela vai ficar?

– Eu ia perguntar à Mari. Mas me lembrei que ela também não pode.

– Eu posso. – Falei de imediato.

– Sério?

– Claro. Minha mãe sempre gostou de gatos. Não de cachorros... – Fiz uma careta.

– Obrigada mesmo. Ela não tem nome. Se quiser... – Deu de ombros.

Levantei-me da cadeira e subi as escadas, com a gatinha em meus braços.

– O que você acha de Lily? – Perguntei e pensei um pouco. – Talvez... Nina? Tem razão; é muito comum. Sófia?

A gatinha miou.

– O que você acha de... Percy dois? – Ri com a minha frase. – Esquece. Hmm... Kitty? Eu sei que é bem estúpido, mas eu gosto. Então fica Kitty.

A coloquei no chão e ela desceu as escadas.

POV Marina

– É uma labradora? – Perguntei, afagando o focinho da cachorrinha.

– Sim. Chama-se Cookie. – Respondeu Silena.

– Que fofa. – Levantei a cabeça.

– Mari, se eu tiver que voltar à Nova Iorque...? – Ela deu de ombros, incapaz de terminar a frase.

Enrubesci.

– A gente pode se falar pelo computador e telefone até as próximas férias. – Disse.

Fiz um gesto com as mãos para que ela parasse de falar. Ficamos em silêncio. Ela foi a primeira a quebrá-lo:

– Vem, vou te apresentar ao meu namorado. Nico, essa é Mari, Mari, esse aqui é Nico; meu namorado. Por isso, nem tente roubá-lo. Ok?

Assenti com a cabeça, segurando o riso.

– Por favor. – Implorei.

– Não adianta! Eu não vou usar roxo. Prefiro o preto. – Thalia rebateu.

Luke, que estava encostado na parede, disse:

– Não adianta mesmo. Ela nunca vai trocar o preto pelo rosa.

– Qual é! – Falei. – É impossível. Você só usa azul e preto?

Ela confirmou com a cabeça. Revirei os olhos.

– SILENA! – Berrei.

A criatura apareceu segurando um secador de cabelo.

– Que foi? – Perguntou com cara de quem não entende nada.

Melanie e Raíssa aparecem logo em seguida com escovas de cabelo. Não agüentei e caí na risada.

– A... – Tentei dizer em meio às risadas. – Thalia não quer usar a regata.

Raíssa revirou os olhos.

– Fala sério – Silena devolveu. – Você pode usar a regata roxa, o colete jeans, a calça preta jeans e o all star roxo.

– Silena, tudo pra você tem que combinar. – Thalia disse.

– ANNABETH! – Berrou.

Melanie, que era a mais próxima de Silena, estreitou os olhos.

– Fiquei surda, de novo. – Relatou.

POV Nico

– Bem-vinda de volta, Annabeth. – Falei, sorrindo.

– É, Annie. Agora o Percy pode parar com o papinho obsessivo dele. – Luke completou.

– A Annabeth vai me esquecer... – Citei.

– A Annabeth vai me trocar por um carinha qualquer... – Luke me ajudou, sorrindo.

– A Annabeth... – Continuei.

– Chega! Chega! Ela já entendeu. – Percy cortou nosso barato quando sua namorada começou a rir.

– Mas que inferno! – Anna disse, colocando o indicador na boca.

– O que foi? – Annie perguntou.

– Grampeei o meu dedo. – Respondeu.

Nós gargalhamos. Levantei-me da poltrona e subi as escadas. Ok, em todos os cômodos da casa tinha garotas. Eu não queria nem saber o que elas estavam...

– Peguei! – Silena pulou em cima de mim, derrubando ambos.

– Isso foi falta. – Resmunguei, mas em meu rosto tinha um sorriso.

– Falta por quê? – Perguntou rindo.

– Porque foi por trás. Eu tenho que ver né? – Dei língua.

– Espera. – Disse, estreitando os olhos. – Você vai me dar uma aula de certo e errado ou vai me beijar?

– Que pergunta idiota. Prefiro mil vezes fazer isso aqui... – A beijei, deliciando a sensação de seus lábios nos meus.

– Fica mais doce a cada beijo. – Sussurrou.

– Acho que estou amando. – Repeti uma frase que lhe disse uma vez.

– Seu louco! – Me deu um tapa na testa. – Apresente-me à sortuda.

Beijei-a novamente.

– Tive medo que fosse outra.

– Nunca. – Devolvi.

POV Percy

– PARIS! PARIS! PARIS! – Silena gritou, entrando no quarto. Nico vinha logo atrás com uma careta.

– Páris? Tipo, não que eu tenha algo contra, mas eu prefiro Romeu. – Annabeth disse.

Silena revirou os olhos.

– Não Páris. Paris, a cidade mais romântica do mundo. E fica ONDE? – Não nos deu tempo de responder essa pergunta. – EUROPA! Eu sou uma gênia. Ou gênio. Sei lá.

– Nico. – Luke chamou. – Se um dia você tiver problemas, pode chamar. Ok?

– Pode deixar.

– NÃO! ANNA VOLTA AQUI! – Marina corria atrás de Anna. Logo atrás, Penny, em seguida Alex.

– RAÍSSA! – Melanie reclamou.

– Ih, alá. Alguém deixou seu celular ali. – Disse.

Segurei o riso. Uns 10 segundos depois, Marina apareceu na porta do quarto, vermelha.

– A Anna... – respirou fundo. – É muito... Rápida. Tanto... Faz. Melanie!

Melanie Strike arregalou os olhos. Olhou para ambos os lados e fez uma careta.

– Por que eu? – Perguntou.

Raíssa, ao seu lado, parecia tentar não rir.

– Porque sim. Anda. Eu quero fazer cachinhos no seu cabelo. – Disse, batendo a palma de suas mãos delicadas e pequenas. – Silena estava muito ocupada se pegando com seu lindo namorado.

Nico e Silena esquentaram uns quinhentos graus.

– SE PEGANDO? – perguntou Thalia. – Áliens, venham me buscar!

Olhamos para ela como se a mesma fosse roxa com pintas amarelas.

– Que foi? – se fez de inocente. – A Silena tava se pegando com o Nico. Tá querendo o quê?

– Sei lá. – falei. – Talvez... Eu possa encontrar a Megan Fox por aí.

Annabeth me olhou com uma cara de: Fala mais alguma coisa que eu vou aí e te arrebento.

– A Megan Fox? Aimeudeus, eu amei o filme dela. Chama-se... “Garota Infernal”, a mulher lá come os caras. – disse Lorena, que eu ainda nem tinha visto, entrando no quarto. – Literalmente. Mas eu gostei mesmo da parte da música do vocalista lindo. Só que era irritante demais, sabe? Toda hora. Parecia o capetinha.

Eu, Annabeth, Nico, Silena, Luke, Thalia, Marina, Melanie, Raíssa, Alex, Anna, nem vi a coitada, e Penny a fitamos com cara de: Desde quando música parece o capeta?

Como se estivesse lendo meus pensamentos, respondeu:

– Ah, quando toca toda hora. Teve uma vez lá que a loirinha foi ligar o carro e tava tocando... Through The Trees... – Cantou a última parte. – Era diabólico.

– Diabólico? – Melanie e Raíssa perguntaram em uníssono.

– É. A Jennifer, no filme, é o tipo de mulher que quando pisa no chão, o vermelhinho pensa: “Ferrou, CORRE!”.

Não me agüentei e caí na risada. Vi que todos fizeram o mesmo.

– Sério. – disse Lorena, indignada.

– Acredito em você. – Prometi.

– Ah, tá. Então quando um negoço daqueles acontecer comigo. Você vai ser o primeiro da lista. – Annabeth ameaçou, sorrindo.