20/08/2015

O passeio pela Citè des Sciences demora demais.

Fascinado por ciência, meu namorado explica cada atração onde nós vamos. Eu odeio. Odeio ciência, odeio coisas intelectuais.

– É que sua carga é negativa, meu amor – ele explica. – E eu sou positivo. Por isso nos atraímos. Caso contrário, ficaríamos dando voltas como dois polos iguais de um ímã.

Mais tarde, no hotel de fachada aparatosa e interior vulgar, nós estamos em brasas. Poucos drinks o fazem perder a casca de menino nerd que ele usa. Ele me beija, seu beijo é inflamável.

Estamos tão quentes quanto o museu que visitamos mais cedo.