Você não viveria sem mim.

Ems? Tão cedo aqui?
O loiro arrumou a mesa que estava lotada de papeis com rabiscos que Emily não entendia, mas preferia nem perguntar.
– Dormiu no sofá de novo, Princesa?
Emily se sentou na "sua" poltrona. Aquela era sua casa mas ela se sentia melhor naquele espaço só dela.
– uh... Princesa... Como vai a arrumação toda pro Memorial Day? Charlotte concordou em ficar no mesmo espaço e dividindo ar com você?
Ela riu pegando uma das folhas de papel das mãos de Nolan.
– Engraçado...
Emily passou seus olhos pelo rascunho, podendo imaginar que era definitivamente nada. Mesmo assim deveria ser alguma coisa, ela só não entendia.
– Na verdade ela só vai para manter viva a imagem dos Graysons.
– Ainda desse lado da história? Pensei que ela ainda se impotava com o Jack mas depois daquele golpe baixo nem eu daria atenção a ela. E olha que eu sou uma ótima pessoa.
Nolan fechou o notebook e puxou o rascunho de Emily, o deixando na pilha de folhas que ele fez tão rapidamente. A encarando prestes a fazer uma pergunta.
– Não sou uma ótima pessoa? Eu convivo com a maior sociopata da terra.
Emily logo se levantou, sorridente ela se sentou ao lado de Nolan cruzando as pernas, ele se afastou para dar espaço a ela.
– Porque quer, porque gosta.
Ela falou baixo, ainda sorrindo maldosa.
– Você não viveria sem mim.
– Eu sei disso.
Nolan retribuiu seu sorriso, pegando na mão de Emily que estava sobre seus joelhos propositalmente. Ela sentia a sua mão esquentar mas a esse ponto ela não dava a mínima ao contato físico. Eles se conheciam a tanto tempo que chegavam a enjoar da companhia um do outro.
– Agora você tem que se preparar e preparar para que tudo saia bem amanhã e eu não tenha que entrar de paraquedas amanhã.
Nolan falou antes que eles teriam ficado meia hora se encarando.
– Prometo que não vai. E você sabe que eu não quebro promessas.
Ela se levantou rindo e saindo em seguida. Ela estava sendo tão agradável mesmo com a morte de seu noivo. Emily é forte mesmo, o loiro pensava.
– Já nos vemos.
Ele terminou o diálogo voltando para a bagunça de sua mente.
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– Emily?
Charlotte batia a porta mas ninguém aparecia para abrir ou dar um aviso. Ela olhou ao redor, vendo que o portão da varanda estava aberto. Vale a pena conhecer a Mansão e saber fugir dela para se encontrar com os amigos.
– Emily? Onde você está?
Sua voz ecoava sem parar. Ela repetia isso até que ouviu um choro baixo. Logo ela correu ao encontro de Emily, desolada e desesperada sentada perto de sua cama com os olhos inchados.
– Me desculpa...
Emily lamentou enquanto chorava, Charlie se sentou perto dela para que ela parasse.
– O que aconteceu? Emily? Calma...
Charlotte abraçou a irmã mesmo pensando que não era sua irmã. Cada aperto que ela correspondia mais o seu coração partia um pouco. Ela estava em pedaços e ninguém poderia juntar os cacos novamente.