Inazuma Lion

Cap 37 – O Destino da Terra e o Destino de Atlantes


– Quantas vezes eu vou ter que DIZER!

Dizia Eryk, conseguindo vencer Marito, enquanto o Leão atrás dele aumentava de tamanho assim como sua boca abria à medida que crescia, fazendo Marito suar frio de nervosismo.

– GATOS COMEM PEIXEEEEEEES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E quando o Leão de Eryk cresceu o suficiente para engolir Marito, a luz branca do felino ilumina mais ainda, até um show de explosões de luz acontecer, e Eryk sair dali, com a bola em sua posse.

– Uou! Será uma nova técnica? – Kanon se perguntou empolgado com a cena que viu.

– Hm... Uma nova técnica? Acho que vou chamar de... “Caçada Selvagem”! – Batizou Eryk.

– Droga... – Marito tentava se levantar do chão, mas estava um pouco dolorido por ter usado muita energia para tentar roubar a bola de Eryk com aquele impacto que ambos fizeram.

– É SUA! – Eryk chuta a bola, fazendo-a parar na posse de Cora.

– Você é minha! – Falou Algos bloqueando o caminho de Cora.

– Não mesmo.

Cora deu um leve pulo. Com isso, ela mergulha no chão em pé na frente de Algos. Quando o tritão a sua frente percebe, ele também se encontra de baixo d’água, enquanto Cora nadava ao lado dele com sua cauda de Sereia, driblando Algos.

– Splash Explosivo! – Quando Cora pula para fora d’água, graciosamente, com a bola ainda em sua posse, Algos sai de lá com uma explosão aquática.

– Ai... – Gemeu Algos caindo de cara no chão.

– Toma! Agora é pra marcar! – Gritou Cora chutando a bola para Tsunami.

– Não! Eu não vou permitir! – Marito corre atrás da bola, passando por Cora e tentando alcançar Tsunami.

Quando os dois passaram a correr um do lado do outro, Marito empurra Tsunami com seu ombro com toda a sua ferocidade. Tsunami não se deixa abater e faz o mesmo com toda sua garra. Ambos ficam assim, enquanto Marito fazia de tudo para roubar a bola do surfista.

– Marito... Eu não posso... permitir... que você destrua a Terra com as águas! Não quando são elas o elixir da vida! – Dizia Tsunami enquanto confrontava Marito. Mas assim que o tritão escutou essas palavras, Marito ficou tão mexido com aquilo que acabou parando de correr aos poucos até ficar completamente imobilizado no meio do campo.

– As águas... são um elixir? – Se perguntava Marito, surpreso.

Tsunami surfa pelo espaço sideral, enquanto usava a bola como prancha e uma poeira estelar como onda.

– SURFE ESTELAR!!!! – Dizia Tsunami antes de jogar a bola na direção de Endou e Kanon com os dois pés.

– A água trás vida para nós! – Dizia Kanon correndo ao lado de Endou.

– Nós fazemos o máximo para preservar isso! E quando eu conheci Tsunami, eu logo vi que ele era tão apaixonado pelos oceanos quanto eu sou apaixonado pelo futebol! – Dizia Endou até a bola flutuar entre o capitão do time e seu bisneto do futuro.

– E é por isso... – Falou Kanon enquanto girava para chutar a bola com o pé esquerdo.

– ...que nós vamos vencer!!! – Falou Endou enquanto girava para chutar a bola com o pé direito.

– GOL RELAMPAGO 1!!!!!! – Ambos chutão a bola em perfeita sincronia, fazendo a esfera se encher de raios dourados poderosos enquanto se aproximava rapidamente do gol dos Tufões de Água.

– Eu estou... sem forças... – O goleiro dos Tufões estava exausto. Nem ele sabia se ia conseguir usar sua técnica para defender.

– VOCÊ CONSEGUE ZAARI! – Marito chama pelo nome do goleiro, fazendo o mesmo o encarar surpreso. – Não se esqueça! O Destino da Terra e o destino de Atlantes será decidido com a sua defesa!

– Es... Está certo!

O Goleiro agora encara a bola se aproximando, determinado. E como não tinha muitos recursos o suficiente, ele resolve usar a única técnica que poderia usar naquele estado.

– SAFIRE DE PEDRA!!! – O goleiro invoca uma pedra desenhada com hieróglifos antigos e com um formato de uma jóia. E quando a bola se choca com o monumento, o goleiro se agarra a ela para defender a todo custo.

– Venha Algos. Vamos ajudá-lo. – Chamou Marito indo até o goleiro sendo acompanhado pelo seu irmão casula.

– Senhor Marito? – O goleiro se surpreende quando vê Algos e Marito se agarrando a pedra também, a empurrando com toda a sua força para parar o chute.

– Não se esqueça do que eu te falei... Nós estamos juntos nessa! Não é Algos? – Falou Marito fazendo com que Algos o assente concordando.

– Vamos! É PARA FAZER O GOL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Eryk foi o primeiro a gritar, mas depois Endou foi o próximo, e em seguida todo o seu time o acompanhou.

– Ei Marito? Você está se divertindo? – Pergunta Algos enquanto fazia força na pedra para parar a bola.

– Heh. Pode se dizer... QUE SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Os três tritões gritão com toda a sua força no mundo para defender o seu gol. O trio de peixes estava determinado quanto a isso. E assim que um pequeno e demorado tempo é passado...

... O Safire de Pedra é derrotado...

... Os três caem de barriga até o chão...

... e a bola bate na trave do gol...

... indo parar para fora do campo.

O apito do final do jogo é soado por todo o local.

– E É FIM DE JOGO!!!!!!!!!!!!!! O que podemos dizer? Houve um empate! Tanto a Raimon da Terra quando os Tufões de Água deram o seu melhor até o ultimo segundo. – Dizia o Narrador.

– O quê? Um empate? – Pergunta Kusaka surpreso.

– Será que vamos decidir nos pênaltis? – Pergunta Shinsuke não sabendo muito o que fazer.

– Pênalti? Eu não to com cabeça para pênalti não. – Reclamou Eryk sentando no chão na frente do gol, cansado.

– Ah... E para ser sincero, nem eu. – Dizia Marito, após ter se levantado e caminhado até Endou.

– O que você vai fazer agora Marito? – Pergunta Endou sério.

Marito vira o rosto pensativo. Depois, ele coça a cabeça, ainda com duvida. Mas depois de bufar cansado, ele decide.

– Báh. Que seja. Vamos fazer o seguinte: Nós não vamos mais inundar nada, Cora volta para gente e vocês vão embora e finjam que nada disso aconteceu, tá bem? – Decide Marito esperando por uma resposta do capitão do time rival.

– Está bem, mas antes... – Endou estende a mão para Marito – Foi uma boa partida! Vamos jogar novamente, sim? – Finalizou o capitão sorrindo carismático como sempre.

– Jogar de novo? Eu espero nunca mais me encontrar com vocês, isso sim. – Respondeu Marito apertando a mão de Endou enquanto sorria forçado devido ao cansaço que sentia.

– Ufa... Ainda bem. – Falou Shinsuke aliviado ao saber que a Terra não seria mais inundada.

– É mesmo. – Concordou Kanon ao seu lado igualmente aliviado.

– Beleza!!! Mas antes... DESFAZ ESSA BARREIRA MARITO! – Berrou Eryk de lá do gol querendo sair logo dali.

Marito, de mau-agrado, estala os dedos, fazendo com que a bolha que cobria o campo de futebol desapareça aos poucos.

E quando ela finalmente sumiu, os garotos do time foram até as meninas para matarem a saudades.

– Endou, você está bem? – Pergunta Natsumi indo até Endou e segurando as mãos dele com aflição.

– Só um pouco dolorido. Nada que um descanso não resolva. – Respondeu Endou sorrindo forçado de cansaço no final.

– Fran! – Eryk corre até ela.

– Eryk! – Ela faz o mesmo e os dois se abraçam.

– Eu senti tanta sua falta Fran... – Desabafou Eryk apertando o abraço.

O rosto de Fran fica completamente vermelho. E o contato com o Eryk que a garota estava tendo naquele momento a fazia ficar mais envergonhada ainda. E depois de uns três segundos assim, Fran tenta se separar do abraço.

– Por favor. Deixa eu ficar assim. – Pediu Eryk, não deixando que a separação ocorra apertando o abraço ainda mais.

Fran não tinha resposta para aquilo. Ela não queria dizer “não” também, e ela estava gostando de sentir Eryk entre seus braços. E com um leve sorriso em seu rosto, Fran acaba se entregando ao abraço carinhoso que Eryk dava nela.

– Você está bem Kusaka? – Pergunta Konoha preocupada com o maior.

– Ai... Só um pouquinho cansado. Vou sobreviver. – Respondeu Kusaka sorrindo sincero para Konoha, a tranquilizando enquanto sentava no chão ao lado dela.

– TSURUGI!!!! – Nagazy aproveitou a oportunidade quando viu Tsurugi distraído com todos e se jogou em seu pescoço.

– Ei Nagazy! – Tsurugi a repreende. Quando ele a viu sorrindo, ignorando a irritação dele, Tsurugi desiste e permite que ela continue o abraçando assim.

– Você esta bem Fey? Não está machucado não, não é? – Pergunta Kinako, examinando o corpo de Fey de todos os ângulos após ter trocado de roupa para uma de doutora com óculos e segurando um Estetoscópio para ver a saúde do garoto.

– Eu estou bem. Para com isso. – Ria Fey sem graça pela garota estar fazendo tudo isso.

– Ainda bem que acabou, não é? – Pergunta Tsunami feliz que tudo tenha terminando bem.

– É mesmo. – Afirmou Otomura sorrindo aliviado.

– E ae Antônio Eryk. Foi sinistro defender os meus chutes? – Pergunta Marito indo até Eryk.

– Sinistro uma ova. Mal posso esperar para defender a sua incorporação. – Falou Eryk sorrindo alegre.

– Ah mais essa até eu quero ver. – Admitiu Marito sorrindo convencido. Mas depois seu rosto volta a ficar sério. - Eu não estava mentindo naquela hora quando eu disse que somos iguais, Antônio Eryk.

– Será que esse assunto não pode morrer aqui? – Interrompe Fran, não gostando de se lembrar daquela cena. Quando ela já ia dizer umas poucas e boas para Marito, o braço de Eryk fica na frente dela.

– Não Fran. Ele tem algo importante a dizer, não tem? – Pergunta Eryk voltando a olhar Marito.

– Mas... Eryk-

– Por favor, Fran. Continue Marito. – Eryk a interrompeu educadamente. Logo ele voltou a encarar Marito esperando para ouvir o que ele tinha a dizer.

– Muito bem. Eu espero que você me perdoe por tudo o que eu disse, mas aquilo também serviu como um alerta para você, humano. Não esqueça; se você vacilar, é “nisso” que você vai se tornar. – Finalizou Marito enquanto se referia a ele mesmo.

– Nisso o que? Um peixão?? – Pergunta Eryk confuso.

– Não seu bestão! – Gritou Marito, logo em seguida ele bufa derrotado.

– Heh! Pode ficar tranqüilo, viu? Não irei me tornar no que você se tornou para “salvar as águas”, viu? – Eryk afirma com toda sua certeza do mundo, enquanto usava aspas ao finalizar com sua frase.

– Muito bem. – Falou Marito suspirando cansado.

– Marito... – Cora anda até eles e chama pelo Marito. O tritão a encara pensando nas melhores palavras possíveis para pedir desculpas.

– Cora... Eu sinto muito mesmo por tudo o que eu fiz durante esses anos todos. E fique você sabendo que mesmo eu estando planejando usar você durante todo esse tempo, saiba que eu me divertir muito sendo o seu guardião assim mesmo.

– Marito... – Cora suspirou emocionada. Seu coração ficou muito aliviado depois de saber disso.

– Pois bem... – Começou Marito – Agora eu tenho que encarar as conseqüências, me prendendo no calabouço.

– O que!? – Quando Algos se aproxima para ouvir a conversa, ele, Cora e Eryk exclamam, surpresos.

– Exatamente o que vocês ouviram. Eu tenho que pagar pelo que eu fiz, isso é claro se a rainha decretar isso. – Falou Marito esperando que fosse imediatamente mandado preso dali.

– Hm... Eu acho que não. – Afirmou Cora após ter pensado sério nisso. Todos ali arregalaram os olhos, surpresos.

– Hã? Como assim? – Pergunta Marito sem entender.

– Você não tem motivos para ser preso Marito. – Explicou Cora.

– C-como assim? E-eu falhei como guardião. Não cumprir com o meu dever, então por quê? – Marito pergunta novamente ainda confuso. Cora então, para lhe explicar, começa:

– Porque o que você fez até agora não foi de todo o mal. Você estava pensando em uma solução para salvar as águas, e não feriu ninguém para isso. Você prometeu que não ia fazer nada com a humana que você raptou se eu viesse até aqui, então você não falhou como guardião, só estava fazendo o seu trabalho. É por isso Marito que você foi um guardião que superou os outros, provando que você é capaz de tudo por Atlantes, ainda mais agora que você admitiu seu erro se entregando a prisão. Então, eu declaro que Marito será livre de todas as acusações haha!

– Mas... Cora... – Marito estava sem ter o que dizer. Não sabia como reagir a aquilo. E quando Eryk viu isso, o goleiro foi até ele.

– Que isso cara! Não fica assim não, viu? Ou você quer ir preso mesmo? – Pergunta Eryk, agarrando o pescoço de Marito em sinal de companheirismo.

– Ei! Me larga! Já falei que... Ah, quer saber! Dane-se! Vem cá! – Marito tentou sair dali, mas depois resolveu agarrar o pescoço de Eryk o enforcando com uma chave de braço.

– Ah... É...? – Eryk aproveitou a sua mão livre e puxa bem firme o nariz de Marito – Hahá! Toma essa o da lagosta!

– AH, É? VEM CÁ! – E os dois acabam em uma briga de fumaça como duas crianças infantis. E enquanto o humano e o tritão brigavam ali, Algos, Fran e Cora assistiam tudo aquilo sem reação.

– Eh... Eryk? – Fran chama pelo garoto.

– Eu acho melhor deixá-los ali. – Sugeriu Algos e Cora balança a cabeça, concordado enquanto continuava a assisti-los brigando.

Os portões próximos ao campo de futebol são abertos. E as pessoas que aparecem por lá, são Tenma e Aoi. Ambos andavam abraçados como um verdadeiro casal apaixonado enquanto andavam até o time.

– Gente, olha lá! – Anunciou Fey. Assim que todos avistaram o novo casal, todos correm até eles bem alegres.

– Nossa, Tenma! Você demorou muito! Nós ficamos preocupados com vocês! – Repreendeu Shinsuke fazendo o de cabelos ondulados coça a cabeça sem ter o que dizer.

– Eu sinto muito pessoal. Eu passei um monte lá dentro. Mas o que eu não faço por ela... – Falou Tenma olhando para Aoi, fazendo a azulada ficar corada com seu amado.

– Ainda bem que tudo acabou bem! E nem era preciso eu ter falado para o capitão ter ido invadir o palácio dos peixões para salvar a Aoi, não é? – Comentava Eryk em voz alta. Quando Marito escuta isso, pareceu que ele queria explodir.

– Então... Você mandou ele invadir o palácio? – Perguntou Marito, deixando seus cabelos atrapalharem sua visão.

– Hã? Ah bem... Pois é. Hehe. – Respondeu Eryk rindo sem graça.

– Então... Vocês não cumpriram com a sua palavra? – Falou Marito começando a ficar bravo.

– Que? – Eryk se toca que acaba de fazer besteira.

– VOCÊS QUEBRARM O ACORDO! GUARDAS! ATRÁS DELES! – Ordenou Marito alterado de raiva.

– CORRE NEGADA!!!!!!!!!!! – Berrou Eryk saindo em disparada, fazendo com que o time inteiro o siga enquanto os guardas tritões corriam atrás deles.

– SAIAM DAQUI! E NUNCA MAIS APARECAM AQUI NOVAMENTE, OUVIRAM?! – Berrou Marito

– Que história é essa Marito? Você já sabia que aquele garoto tinha invadido o palácio.

– Shiii!!!!!!!

Algos lembrou desse fato sem entender seu irmão. Marito tenta calá-lo de uma maneira abobalhada. Quando Cora entendeu porque Marito fez aquilo, seu sorriso foi de orelha a orelha, logo após deixando escapar um riso, e depois foi olhar para a direção que a Raimon foi para “fugir” dali.

– Tchau amigos! Espero me encontrar com vocês! – Se despediu a princesa acenando, mesmo eles estando bem longe.

Eryk retribui olhando para trás e mostrando seu polegar com um sorriso alegre sem parar de corre ali.

– Caramba, e agora? – Pergunta Shinsuke correndo com tudo.

– Tá vendo o que você fez Eryk!? – Brigou Kusaka enquanto tentava acompanhar o ritmo do pessoal.

– Espera! Como vamos sair daqui se foi a Cora que nos trouxe? – Perguntou Nagazy sem parar de correr. Assim que ela disse isso, todos ficam nervosos mesmo.

– Já sei! Alí! – Apontou Fey avistando um navio naufragado. Todos já estavam no lado de fora do reino, ainda dentro das três barreiras, e com os guardas ainda os seguindo. A Raimon inteira resolve seguir Fey e todos entram no navio que Fey sugeriu.

– Tá, mas e agora? – Pergunta Natsumi dentro do navio junto com os outros. E como resposta a sua pergunta a porta que tinha usado para entrar é fechada.

– O que? – Se perguntou Kanon ouvindo o barulho da porta batendo ao fechar.

– Deixa que eu cuido disso... – Dizia Fey indo para a borda da embarcação, se concentrando enquanto os guardas se aproximavam cada vez mais do grupo.

Quando os guardas já pensavam em invadir, a embarcação é coberta por uma aura azul clara. Todos os guardas imediatamente freiam quando viram. E se surpreendem mais ainda quando a embarcação começa a levitar para fora da barreira, indo até a superfície rapidamente.

Enquanto isso, na praia...

– Eu já não estou aguentando mais! Eles estão demorando muito...! – Haruna estava aflita. Não queria nem imaginar o que estava acontecendo com o time agora. Só não está mais preocupada ainda porque sabe que Tsunami e Otomura eram os adultos encarregados de cuidar do time.

– Não se preocupe...! Logo eles estarão aí. Você vai ver...! – Wandaba tentava tranquilizá-la, mas ao contrario dela, o urso estava perfeitamente calmo ali.

– Ah falou o treinador. E falando nisso! Como o “Novo Treinador da Raimon” você não tinha que ir com eles? – Haruna fez ênfase enquanto se dirigia a palavra a Wandaba.

– O-oras! A culpa é minha se eles saem justo na hora que eu fui pro banheiro? – Protestou em sua defesa enquanto discutia com a adulta.

– Você é um robô? Como você vai pro banheiro? – Pergunta Haruna tentando imaginar como os circuitos de Wandaba funcionam nessas horas.

– Ora, pois bem... Acontece que, quando eu-

– Veja! O que é aquilo?

Haruna interrompe a explicação de Wandaba assim que avista algumas bolhas se formando na parte funda da praia.

As bolhas aumentavam cada vez mais a cada segundo. E quando as bolhas ficaram mais tensas ainda, o navio de madeira surge em seu lugar, sendo possível ver primeiro a ponta dele e logo em seguida caindo até boiar na água.

– Ai... Podem sair agora pessoal! – Chamou Fey caído na borda do navio de tão cansado que estava.

– Ae!!!! Agora sim...! – Falou Eryk abrindo o galpão em que estavam escondidos para não se afogarem. Mas quando ele abriu, a água que ficou depois que Fey parou de usar seus poderes acabou molhando lá dentro. Inclusive Eryk. E mesmo o goleiro não se importar, ele saiu de lá normalmente, ao contrario de Nagasy e Natsumi.

– Muito obrigada “Eryk”. – Ironizou Natsumi.

– Hehe de nada! – Respondeu Eryk todo animado enquanto ia até a ponta do navio.

– Fey! Você está bem? – Pergunta Kinako indo ver o garoto.

– É melhor levarmos lá pra dentro até chegarmos à margem. – Sugeriu Tenma indo carregar Fey até ele acordar.

Eryk estava observando a praia na frente do navio. Seus cabelos estavam molhados devido ao banho que levou, e seus olhos estavam fixos naquele horizonte. O goleiro parecia pensativo. E assim que Fran percebeu isso, ela foi até ele.

– Algo errado? – Pergunta Fran se encostando na beira do navio.

– Não... – Quando Eryk virou para lhe responder, ele se deparou com uma cena linda. Os cabelos de Fran também estavam molhados pelo mesmo motivo. E a luz do sol iluminando o local, os deixavam com um brilho encantador. Assim como seus olhos estavam também sendo exaltados pela luz, a deixando mais bela ainda, mesmo Eryk achando que isso não era possível, já que Fran já era bela para ele de natureza.

– O-o-o que foi? Porque está me olhando assim? – Fran gaguejou. Ela estava tão sem jeito que não conseguia nem olhar Eryk nos olhos.

– E eu achando que você não poderia ficar mais linda... – Declarou Eryk encantado com a menina. Fran cora mais ainda. E assim que ele devia seu olhar dela para o horizonte, ele prossegue – Sabe, Fran? Enfrentar Marito só reforçou o meu pensamento. “Eu não posso me deixar levar pelas trevas”. E graças a Marito, agora eu sei definitivamente o que vai acontecer comigo se algo assim acontecer.

– Tem razão. Você e Marito são tão parecidos... Mas... Mesmo assim eu prefiro... – Fran murmura essa ultima parte, mas ela logo para de falar assim que percebe o que estava prestes a dizer. E quando ela sente que Eryk fica de frente para ela, Fran consegue voltar a si.

– Fran. Os seus poderes se baseiam na escuridão, não é? Então você poderia me fazer um grande favor? – Eryk pega nas mãos de Fran, e as eleva próximos de seus rostos. – Fique ao meu lado, ta? Eu vou precisar de você ao meu lado para que eu não possa libertar a minha escuridão. E se isso acontecer com você, saiba que eu vou estar aqui para iluminar você com a minha luz, está bem?

– Er... Eryk... É claro. Pode contar comigo. Estaremos juntos, como luz e trevas. – Fran nunca imaginava que a escuridão que seus poderes traziam a si serviria para ajudar alguém importante para ela. Principalmente dessa forma. E quando ela responde a isso, o rosto de Fran demonstra determinação.

– Pessoal, pessoal! Venham aqui! Vocês têm que saber disso! – Shinsuke chama todo mundo, enquanto Tenma e Aoi estavam ao lado do pequeno, ambos corados de vergonha.

– Olha! E qual é a boa? – Pergunta Kusaka chegando perto dos outros.

– Bem... É que... Conta você ou conto eu? – Tenma pergunta para a azulada. Aoi nega como resposta e deixa Tenma prosseguir. – Então tá bem! Vamos lá. Eu e Aoi estamos... Juntos. Namorando. Eu e Aoi estamos namorando agora! Pronto, falei! – Tenma soltou de vez, querendo que todos saibam disso logo.

O sorriso de todos foi até a orelha. Até Tsurugi sorri feliz pelo amigo. E quando todos repararam melhor no jeito tímido do mais novo casal, a galera toda grita:

– MEUS PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

As garotas foram falar com Aoi. E os garotos foram falar com Tenma. E em ambos os lados foi a mesma coisa: parabéns e perguntas. Perguntas do tipo “Quando?” ou “O que ela/ele disse?” e varias outras perguntas possíveis naquele momento lá.

Algum tempo depois...

Após todos se despedirem do surfista Tsunami e do músico Otomura, todos agora retornavam para a cidade Inazuma na caravana do time de futebol.

– Mais uma vitima. Quem é o próximo? – Se perguntava Nagazy após desenhar um bigode e um óculos na cara de Kusaka enquanto ele dormia pesadamente.

– Eu não canso de dizer isso. Eu estou muito feliz por vocês dois. – Repetiu Natsumi para Tenma e Aoi, que estavam sentados um do ladinho do outro.

– Obrigada novamente Natsumi. – Agradeceu a azulada voltando a se aconchegar no braço de Tenma.

Natsumi sorri feliz pelos dois. Mas ela se espanta quando percebe alguém pousando sua cabeça em seu colo.

– E-Endou? – O rosto de Natsumi cora violentamente quando vê o rosto dorminhoco de Endou se aconchegar em cima de suas pernas.

O rosto de Endou se esfrega no colo de Natsumi. A vontade dela era de deixá-lo aí, mas a vergonha era tanta que não conseguia.

– P-por favor Endou. Poderia sair? – Natsumi pergunta educada, fazendo o maior esforço para não gaguejar, mesmo sabendo que Endou não tinha a menor idéia do que estava acontecendo.

– O colo da Natsumi é tão gostoso... – Endou falou ainda dormindo ali. Ele realmente não tinha consciência. Estava com muito sono.

E se o rosto da Natsumi estava muito vermelho antes, agora após ouvir isso, a garota estava agora parecendo um pimentão. E mesmo tentando esconder o seu rosto vermelho se encolhendo um pouco, ela resolve deixar Endou do jeitinho que está.

– Maravilha. Próximo? – Se perguntava Nagazy novamente após ter feito o mesmo que fez com Kusaka agora com Kanon e Shinsuke.

Fran gargalhava enquanto assistia aquilo. Mas as gargalhadas são trocadas por um susto passageiro ao sentir Eryk pousar sua cabeça no ombro nu de Fran.

– Eryk? – Fran repara que Eryk estava dormindo tranquilamente. Quando ela vê Eryk dormindo como um anjinho, Fran sorri admirando seu rosto.

– Fran... Fica comigo... Para sempre... – Dizia Eryk sonhando em voz alta, assim como Endou. Fran cora na hora ao ouvir. Mas depois ela sorri novamente e resolve pousar sua cabeça na de Eryk, indo dormi ao lado dele.

– Sim... Eu fico. – E mesmo sabendo que Eryk não a ouvia naquele momento, Fran o responde fechando seus olhos e tentando pegar o sono do garoto.

Quando Nagazy viu Eryk dormindo também, ela logo prepara sua caneta e ameaça fazer o mesmo que fez aos três anteriores. Mas quando Fran a fuzilou com um olhar sinistro, Nagazy arregou de medo e saiu dali, enquanto Fran voltava a sentir Eryk com a sua cabeça ao voltar a se encostar nele, agora ambos dormindo serenamente um do lado do outro.

Continua...