Imagine - stray kids

. Seungmin - Dia dos Namorados.


Dia dos Namorados.

Estou na porta da minha casa, vestido azul bebê até os joelhos, minha jaqueta jeans, meus acessórios, meu sapato lindo, make, cabelos soltos caindo pelo ombro.

Minha bolsa pequena de lado e para finalizar meu look, muito, mas muito nervosismo.

Por que será que meu chefe, o Kim Seungmin, me chamou para um jantar de negócios hoje? Sério, por que hoje? Dia dos Namorados?

Logo ele que tem seus rolos em potencial, por que ele preferiu me chamar seja lá para o que for?

Estou quase entrando em casa e me destrocando... Quando ele chegar, digo que morri, ele vai acreditar não vai?

Depois apareço para trabalhar e digo a ele que sou um fantasma.

“Fantasmas também precisam pagar a conta senhor Kim...” seria a desculpa perfeita né?

— Falando sozinha?

Dou um pulo, eu estava de sentada no murinho de costas para a rua não o vi se aproximar.

— Ah, oi senhor Kim.

Ele me olha sorrindo.

— Você está muito bonita, e por favor, hoje não me chame de senhor está bem?

Olho bem para ele, todo trajado em um terno branco lindíssimo, chique, refinado, completamente o senhor Kim, como ele tem a audácia de dizer que estou bonita?

Qualquer um que olhar para nós saberá que não sou uma zé ninguém perto desse deus grego.

— O senhor que está muito bonito se me permite a audácia.

Ele sorri, eu amo o sorriso dele, mesmo sendo proibido amar qualquer coisa que venha dele.

— Muito obrigado, agora vamos? Temos reservas não podemos nos atrasar.

— Claro podemos ir.

Estranhei, ele estava sem seu motorista fiel o Hyunjin, então seríamos só nós dois no carro?

Não pense... não pense...

Repetia para mim mesma, como se fosse um mantra, quanto mais eu pensar, mais nervosa ficarei.

Ele abriu porta do carro para mim e acenou para que eu entrasse, o fiz e enquanto ele dava a volta, tentei colocar meu cinto, em vão, pois eu tremia tanto que quando ele entrou eu estava toda enrolada.

Ele sorriu me encarando.

— Deixe-me te ajudar.

Ele passou seu braço pelo meu corpo, o cheiro dele foi tomando minhas narinas e eu me sentir inebriar...

Lindo, educado, gentil e tão cheiroso assim?

Não é à toa que todas se jogam nele.

Ele me prendeu e apertou um pouco o sinto em meu corpo o que me fez estremecer.

— Agora, sim, está bem presa.

Como ele pode ser tão mal assim comigo? Eu só quero sobreviver a essa noite, mas é claro que o Kim Seungmin não facilitará para mim.

Não o respondi, apenas dei um riso acanhado e ele sorriu largo ao notar minha completa falha de sistema diante dele e assim seguimos para o restaurante.

[...]

Quando chegamos lá não havia mais ninguém, apenas alguns funcionários, mas sem clientes.

Seríamos só nós dois ali.

— Senhor Kim, estávamos a sua espera... — o recepcionista falou pegando o sobretudo do senhor Kim. — Senhorita, — Ele pegou minha jaqueta, eu estava me sentindo minúscula ali. — Me acompanhem por favor, tudo está preparado para a noite dos senhores.

Quando o recepcionista parou meu queixo pesou para cair, não, para desabar no chão.

O espaço era lindíssimo, tinha muitas flores, velas, o ambiente mais romântico que provavelmente verei em toda minha vida.

Mas que droga, por que estou aqui?

Nos sentamos, o Kim ficou me observando por um tempo, buscando acredito eu, entender o que se passava na minha cabeça.

— E então? O que me diz? Gostou daqui?

Meu medo era eu começar a falar e nenhum som sair da minha boca.

— E-e-eeuuu amei, é lindo senhor Kim, mas eu não entendo.

— O que disse sobre me chamar de senhor hoje?

— Me desculpe. — Franzi o cenho e umedeci meus lábios e pude ver nitidamente ele cerrar seu punho. — Por favor m desculpe Kim.

Ele relaxou sua mão, e eu respirei.

— Não se desculpe, sou eu quem devo me controlar hoje. — Aquilo parecia cada vez mais estranho. — Aproveite nosso jantar, se tiver vontade de algo que não estiver sendo servido, peça, eles vão preparar para você.

— Não se preocupe comigo senh… — ele me lança um olhar cortante. — Kim, não se preocupe comigo Kim, tenho certeza que irei amar tudo que for servido.

Nos encaramos em como a um jogo de quem pisca primeiro e obviamente eu perdi.

[...]

Tudo foi perfeito, conversamos muito e o assunto central basicamente era eu, e minha pacata vida, até que não me aguentei mais.

— Kim, por favor, me diga, por que estou aqui?

Ele sorriu e em um gesto simples afastou seus cabelos para o lado ficando sério novamente, eu estava hipnotizada por ele desde que ele apareceu na minha casa, mas tive que perguntar, eu precisava saber.

— Você está aqui, pois quero te fazer um pedido, e eu desejo muito que sua resposta seja, sim, se não for, eu não desistirei tão fácil.

Intimidador.

Como sempre.

— E qual seria o seu pedido?

Ele não disse nada, apenas ficou um pouco mais de lado e então ele fez, ergueu uma aliança lindíssima na altura do seu rosto ficando assim um instante, depois se virou para mim e disse:

— Seja minha namorada, por favor, eu não aguento mais não a ter para mim, eu preciso que seja minha, pois eu a amo desde que começou a trabalhar para mim eu me apaixonei por você e esse sentimento só aumenta.

Eu estava embasbacada, aquilo era surreal, ouvi-lo me dizer aquelas coisas todas era surreal.

— Kim, eu...

Ele me olha ainda com a aliança erguida.

— Sei o que pensa sobre mim, o que pensa sobre nós dois, e todas essas coisas, eu só estou te pedindo uma chance para te provar que está enganada, para te dar o meu amor e para que seja feliz ao meu lado, isso não é pedir demais é?

Estou tão nervosa que sinto minha boca seca, pego meu copo d’água, mas estou tremendo tanto que o Seungmin percebe e vem em meu auxílio, dando água na minha boca e me encarando profundamente.

— Você não sente nada por mim, é isso?

Quem dera fosse, acho que de todos os que caíram nos encantos do Kim Seungmin eu fui a única a permanecer com meus sentimentos profundos por ele, a verdade? Eu o amo... mas estou em pânico e isso parece ser bem mais real agora.

Respiro fundo e começo a falar.

— Não, não é isso, quem me dera eu não o amasse tanto, — Ele sorri satisfeito com a minha declaração e eu continuo — Mas o senh... quero dizer, mas você não me ama coisa alguma, então se puder me levar embora agradeço muito.

— Eu não a amo? Sério? E tudo isso que fiz para você? Para mostrar meus sentimentos?

— É lindo, perfeito, um verdadeiro sonho Kim, mas não passa disso, um sonho, você me ouviu por um bom tempo enquanto jantávamos, sabe como levo minha vida, o senhor não aguentaria ficar comigo, somos diferentes...

Ele parecia compreender, e o que mais me doeu, ele parecia esperar por isso.

— Então você só me vê pelo meu status? Pensei que...

Aquilo me quebrou, segurei em sua mão em um impulso e comecei a chorar.

— Nem de longe você é só um status para mim Seungmin, eu o vejo tá bom? Todos os dias e sei o quão bom e generoso você é, me perdoe se o insultei, eu estou em pânico tá, me perdoa Seungmin.

Ele ri soprado e me encara mais um pouco, até que decide colar sua cadeira a minha, e eu me assusto pela milésima vez naquela noite.

— Quer namorar comigo? Eu já disse, não desistirei de você...

— Você é louco ou oque hein?

Falo enquanto ele limpa minhas lágrimas.

— Louco, com certeza sou louco por você.

— Tem certeza que quer isso?

— Tenho plena certeza de que quero você.

E eu o queria também, então fechei meus olhos e fui em sua direção, sem pensar, e antes de me aproximar dele completamente pude o ouvir sorrir, ele levou a mão ao meu rosto e selou nossos lábios, e o nosso beijo aconteceu, foi mágico e envolvente e quando nos afastamos ele pegou minha mão e colocou a aliança nela, passando a dele para que eu colocasse em seu dedo.

Estamos namorando.

— Esperei muito para poder dizer que você é minha.

— E eu desejei muito que você me quisesse assim...

— Vamos comer a sobremesa? Depois quero ir ficar com você na sua casa, podemos ver um filme.

— Está bem Minnie.

— Oooh... um apelido carinhoso, como sempre você é rápida, e eu adoro isso em você, meu docinho.

— Docinho? Ah, não... que fofo.

— Posso chamá-la assim?

— Claro que sim, afinal somos namorados, agora não somos?

— Sim, meu doce, finalmente somos namorados.