P.O.V's Jade

Lexy: - Esse vestido caiu feito uma luva em você, eu estava o guardando para uma ocasião especial que nunca chega. - Falou risonha. Eu estava nervosa, como na primeira vez em que me deitei com um cliente. Liam, o rapaz de cabelos claros e olhos verdes por quem me apaixonei.

Ele havia acabado de completar 18 anos, como eu, era sua primeira vez numa boate, ele estava lá com seus amigos. Foi a primeira vez dele também. Foi uma noite maravilhosa. Ele foi tão carinhoso e atencioso comigo. Depois daquela noite, ele continuou vindo aqui por mais um mês, mas logo foi embora para a faculdade de Princeton. Durante esse mês, o que vivemos foi intenso, nos apaixonamos perdidamente.

Fiquei muito mal depois de sua ida, pode-se dizer que fiquei em um quadro leve de depressão. E até hoje eu sonho em encontar um novo amor. E peço para que que Liam Forbes faça o mesmo.

Jade: - Você acha que ficou bom? - Olhei para o vestido em meu corpo pelo reflexo do espelho. Ele era preto de paetês, ia até a metade das coxas, mangas compridas, com decote e marcava muito bem as minhas curvas.

Lexy: - Ficou maravilhoso! - Falou histérica batendo palminhas. Ela me fez rir.

Jade: - E quanto ao meu joelho? Você acha que ele vai se importar? - Indaguei preocupada. Afinal, meu trabalho era meu corpo.

Lexy: - Hum... Acho que com tuuudo isso pra olhar... - Fez um gesto apontando para meu corpo. - Ele nem vai se importar com seu joelho.

Jade: - Então tá, né? - Respirei fundo. - E quanto a maquiagem?

Lexy: - Ah, senta aqui. Vou fazer uma make beeeem levinha, marcando esses seus olhos gateados. - Me fez sentar numa cadeira.

10 minutos depois....

Lexy: - Prontinho! - Sorriu olhando para mim. - Você está linda.

Edgar: - Cadê ela? Já está arrumada? Eu realmente espero que sim! JADELYN! - Entrou no camarim, fazendo escândalo, como sempre, mas parou ao me ver. - Oh...

Lexy: - Ela não está linda, Ed? - Edgar me olhou perplexo. Eu realmente estava bonita? Me virei, e olhei-me no espelho. A maquiagem era leve, mas mesmo assim me deixou linda.

Edgar: - É, você fez um ótimo trabalho. - Lexy sorriu agrafecida. - Daria uma ótima maquiadora se não fosse puta! - Lexy revirou os olhos, e Ed foi embora cantando - EU ESPERO QUE VOCÊ ENTENDA, QUE O MEU AMOR.... É AMOR DE QUENGAAAA!! - Rimos de sua cantoria.

Jade: - Ei... - Fui interrompida por Edgar que voltou ao camarim e disse:

Edgar: - Jade! O que ainda está fazendo ai? Vá já para o quarto, e você... - Apontou para Lexy. - Volte para a boate! - Avisou e foi embora.

Lexy: - O que você ia dizer? - Perguntou passando mais do seu batom cor de vinho.

Jade: - Ia perguntar se você não se ofende quando os outros te chamam de... Puta? - Lexy virou para mim.

Lexy: - E os "outros" que você diz é o Ed? - Assenti. - Bom, não! Ele não diz por maldade, se é que tem maldade no coração dele. E Edgar é maravilhoso, só não gosta de se sentir frágil na frente das pessoas, mas ele tem um coração enorme. - Contou. - Mas e aí? Preparada?

Jade: - Sim! - Falei confiante.

Lexy: - Então, boa sorte! - Me desejou antes de sair.

É agora ou nunca...

P.O.V Geral

Jade chegou em frente à porta da Suíte Presidencial, estava entreaberta. Suspirou e fez o sinal da Cruz. Tomou coragem e adentrou o quarto. Beck estava somente à sua espera, estava sentado numa poltrona que ficava em frente à pequena varanda, com um cigarro na mão.

Beck: - Pensei que não viria mais. - Levantou e a olhou dos pés a cabeça com um olhar de cobiça. - Você está linda. - Elogiou olhando para seus seios por baixo do decote.

Jade: - Obrigada. Desculpe a demora. - Se desculpou. - Mas agora estou aqui. - Beck se aproximou lentamente e tocou seu rosto, foi descendo para seu pescoço, ombros, colo e seios. Jade sentia choques leves por onde suas passavam.

Beck: - Eu fiquei preocupado com você ontem. Você está bem? - Assentiu. - Que bom. Olha, se não quiser fazer isso, tudo bem, vamos apenas conversar. - Jade assentiu, Beck fez um gesto para que ela sentasse num pequeno sofá que tinha no quarto, ele fez o mesmo sentou ao seu lado. - Quero saber sua história, como você veio parar aqui? - Perguntou sem mais delongas.

Jade: - Eu... Morava no Orfanato Santa Rita de Cássia... Mas infelizmente foi a falência, algumas crianças foram adotadas, outras foram transferidas para Santa Mônica. Faltavam alguns meses para eu completar 18 anos, então... Eu vim parar aqui. - Beck a olhava com atenção.

Beck: - E você nunca foi adotada? - Assentiu tristemente. - Mas e seus pais?

Jade: - Me abandonaram quando eu era bebê. - Falou com pesar.

Beck: - Entendo. Eu já fui casado, mas um ano atrás minha ex-esposa foi embora com outro homem. - Contou.

Jade: - Sinto muito...

Beck: - Não sinta! Não era pra ser. - Jade assentiu.

As horas foram passando e os dois foram jogando conversa fora. Contaram de suas vidas um para o outro, seus sonhos, seus momentos de felicidade, tristeza. Jade nunca tinha visto um homem conversar tão bem, se sentia à vontade perto dele, confiou a ele seus segredos, em todo esse tempo que estava trabalhando na boate, nunca nenhum homem falou que queria apenas conversar.

A maioria dos homens que iam ali, queriam apenas sexo, apenas satisfazer seus desejos carnais, não se importavam em perguntar sobre sua vida, nem mesmo, seu nome. Jade viu um brilho diferente no olhar de Beck, algo que ela nunca tinha visto antes.

Já Beck estava completamente encantado com aquela moça, viu nela algo que nunca tinha visto nem em sua ex-mulher. A moça era encantadora, seu olhos, sua boca, seu cabelo, seu corpo....

De repente uma luz vermelha começa a piscar e dar um bipe. Jade sabia bem o que significava. O tempo havia esgotado.

Jade: - Nossa, o tempo passou voando, a boate já vai fechar. - Falou para a infelicidade dos dois.

Beck: - Tudo bem, eu já vou indo. - Ambos se levantaram e foram em direção à porta. - Foi um prazer conhecer você, Jade. - Estendeu a mão direita em direção a ela para um breve aperto de mãos.

Jade estendeu a mão em direção a sua e se comprimentaram. Quando suas mãos se tocaram, sentiram um choque, uma sensação única. Olharam bem um nos olhos do outro.

Beck a puxou pela mão e lhe beijou. Um beijo lento. Aos poucos o beijo foi se aprofundando e virou um beijo selvagem. Beck desceu as mãos que estavam em sua cintura para seu quadril e depois sua bunda.

A prensou na parede a beijando ferozmente, Jade retribuía o beijo na mesma intensidade, Beck a virou de frente para a parede, enquanto passava as mãos pela frente de seu corpo. Passou as mãos por sua barriga e seios enquanto beijava seu pescoço. A virou para ele e foram caminhando entre tropeços até a cama. Jade quase tirou seu vestido e a camisa dele, continuaram se beijando sem pausas.