Ilusm
Sexto, o luar.
O luar da meia-noite tornava-se notório e a luminescência no âmbito dimanava de refletores. A aglomeração meneavam-se com desplante, com cobiça em outros torsos. Não tinha bonança, cada meneio era famélico e sequioso. A melodia aguçava o mais profano. Roberto e Diogo, um casal de amigos, chamaram-nos pra celebrar o noivado. Eu possuía sapiência em arrasta-pé, dessarte encontrava-me no salão.
"Se segura malandro pra fazer a cabeça tem hora" – Diogo gritou quando eu dançava fora do compasso. Bruno mirava-me com reproche.
Puxou-me pelo braço e gritou - "Não faça sujeira!"
Rindo juntos, Diogo e eu gritamos:
A-E-I-O-U-Ypsilone
Bruno abraçou-me e ajuntou-se ao baile descompassado.
O que não fazemos por amor ? – ele sussurou ao beijar-me.
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