Ilusm
Quarto, o crepúsculo.
Fastidiosa era a morosidade do ocaso. Bruno expunha-se por mensagens incessantemente. Era chistoso a forma como nos carecíamos. Ele apetecia-me obsessivamente e eu concedia. Nos encontramos ao longo da semana. Despedindo-se pela manhã. Não era desejo, era falta.
"Tenho súplicas a ti" – Bruno disse ao buscar-me na labuta - "Suspenda-medo chão, baderne-me vida, diga-me te amo, beije-me até tirar-me o alento, diga-me seus dilemas, reconforte-se sobre minha espádua, traga-me café na cama, desperte-me vagarosamente. Seja meramente meu."
Eu sorri, com os olhos a lacrimenjar.
"Sou capaz de surprir suas súplicas" – sussurei - "Mas terás de quedar-se eternamente."
Tomou-me os labios.
Havia conseguido, Bruno me ganhou.
Acesse este conteúdo em outro dispositivo
Fale com o autor