Ilusm

Primeiro, a chuva.


Escassas gotas evidenciavam o cair da chuva modorrenta. Marcos e largos a ermos encharcados se tornavam. Ao vislumbrar o público pândego aligeirar-se rumo a abrigos improvisados, eu refleti sobre o quanto achuva era controversa. A mim, oferecia calmaria e a outros, oferecia desalento. Sorrindo, eu a deixei percorrer por todo meu corpo antes de encaminhar-me ao prédio. No auge de seu poderio, a chuva devastava com voracidade as vielas imundas da cidade. Bruno, o novo vizinho, abriu a porta.

"Sentes a ausência de alguém, correto? Estás grafado em seus olhos com grafias colossais." - Ele disse

Sim, eu sentia.

"Tenhas um bom dia, Bruno." - Eu repondi enquanto entrava ao prédio e mirando seus olhos, compreendi.

Ele também sentia, ele entendia.