I'll Always Come For You
Pânico na farmácia
No hospital, Jack estava deitada olhando para a foto de sua mãe, els fecha os olhos e volta no passado.
– Jacqueline, volte aqui, você precisa colocar o casaco – disse Rosa enquanto corria atrás da menina pela casa.
– Não estou com frio mamãe – disse a pequena.
– Mas você precisa se agasalhar, está frio lá fora.
– Mas estamos dentro de casa mamãe.
– Logo começará a nevar...
– É mesmo – disse a menina alegre ela corre para frente da janela e abre a cortina, volta e arrasta a poltrona para ficar de frente para a janela – Vem mamãe, vamos esperar a neve cair juntas.
– Mas antes – Rosa levanta o casaco de Jack.
– Tá bom – ela revira os olhos e sorri deixando suas covinhas aparecerem.
Jack coloca o casaco e Rose se senta na poltrona, ela pega a menina no colo e as duas ficam admirando o fim de tarde, Rose canta uma pequena canção em espanhol.
– Noche de paz, noche de amor, todo duerme alrededor, todo el mundo celebra com fe a esse ninõ nacido em belén.
Jack sorri e acaba dormindo, ela não se lembra de muita coisa depois disto, foi então que a memória de Jack pulou para a parte em que sua mãe a chama pois a neve começava a cair.
– Jack, Jack ! Acorde pequena a neve está caindo. – disse Rosa, ao acordar Jack dá um pulo do colo da mãe corre para a janela.
– Podemos ir lá fora mamãe ?
– Claro...
Jack então segura na mão de Rosa e as duas vão brincar na neve. A menina parecia feliz, ri enquanto sua mãe a olhava da varanda. A menina levanta a cabeça e fecha os olhos, Rose corre para abraça-la. Aquele foi o ultimo natal de Rose, no dia seguinte a mulher preparava o café da manhã quando sentiu uma dor muito forte no peito, ela cai no chão, Jack que estava em seu quarto corre e vê a mãe caída na cozinha. Jack era muito pequena, gritava por socorro.
– Jack... mi hija – sua voz parecia mais distante a cada folego perdido – Jacqueline aquela que vence, e você venceu desde o dia em que te vi.
– Mamãe fique comigo, por favor – a menina implorava.
– Nunca desista, você precisa manter o sorriso... mantenha o coração limpo. – disse ela, soltando seu ultimo sorriso juntamente com uma ultima lagrima.
– Mamãe ! – gritou Jack , ela chacoalhava a mãe e chorava sobre seu corpo pedindo para que ela voltasse mas Rosa não respondeu.
Horas depois um dos vizinhos estourou a porta de entrada e entrou juntamente com um punhado de pessoas, ele encontrou Jack dormindo com a cabeça sobre o peito de Rosa. Desde então Jack tão teve motivos o suficiente para comemorar o natal.
– Mamãe – a moça abre os olhos – O que diabos você está fazendo aqui ?
Enquanto isso Troy brincava com Eva e David, Graham tinha ido embora precisava resolver algumas questões da suposta audiência de David. Troy vai ao banheiro e deixa Eva e David sozinhos no quarto.
– Pensei que iria passar um tempo com a Madeleine... – disse ele.
– E passei, mas também tenho que deixar ela pensar.
– Ah, então está livre o resto do dia ? Que interessante, ninguém para você ligar, mandar mensagem ou socorrer ?
– Hoje não – disse ela sorrindo.
– Que bom escutar isso – ele se “espreguiça” e passa o braço sobre o ombro dela – o que acha de nós brincarmos de casinha ?
– Hoje não... hoje vou ser apenas do Troy.
– Tava bom demais para ser verdade – ele beija a bochecha dela.
– Precisa aprender a dividir amor.
Troy volta do banheiro e David teve a ideia de ir ao parque com o menino, eles chegam no parquinho, David levou o kit de baseball.
– Eu acho que não é uma boa ideia – disse Eva se sentando debaixo de uma arvore.
– Bobagem, o Troy precisa aprender a jogar – disse David colocando a luva e dando o bastão para o filho – você consegue não é ? – ele perguntou para o filho.
– Você não acha que ele é muito pequeno... – Eva estava com mal pressentimento.
– Ele vai crescer.
– Tudo bem, vão lá brincar, eu vou ficar aqui sentada.
– Ok, vamos Troy.
– Tchau mamãe – ele beija a mulher.
– Deus te proteja meu filho – disse Eva o abraçando.
David e Troy correm para o meio do parque enquanto Eva assiste tudo, a cada rebatida do filho era um mini ataque que Eva sofria.
– Ele é muito pequeno, isso não vai dar certo – disse ela passando a mão na correntinha que David havia dado a ela – DAVID, VAI COM CALMA ! – ela grita pois acha que ele está arremessando a bola com muita força.
– Evy eu sei o que estou fazendo ! – disse David – pronto Troy ?
– Espera... ai – o menino não estava conseguindo o taco.
– Lá vai ! – ele não escuta o filho.
– Espera... ah ! – Troy cai no chão com a mãozinha no rosto.
– Ai droga ! – Eva se levanta e sai correndo – eu disse que não era boa ideia !
– Troy ! – David larga a luva e corre para o filho.
Eva chega no menino e o pega do chão, o garotinho chora.
– Troy ! Troy ! Deixa a mamãe ver – Eva segura a mão do filho e olha para o rosto dele.
– Ai meu deus ele está sangrando – disse David com desespero ao ver o nariz do filho sangrando.
– Curativos eu preciso de curativos – disse Eva se levantando com o filho no colo.
– Ai meu deus eu não tenho nenhum.
Os dois se olham...
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– Sai da frente – disse David entrando na farmácia com o menino no colo.
Eva que vinha logo atrás entra no local e vai direto para o caixa.
– Onde estão os curativos ?
– Para que tipo de machucado ?
– Isso não importa agora, onde estão os curativos ?
– O enfermeiro não está, ele deu uma saidinha.
– Eu não quero saber onde esse enfermeiro está, só quero a droga dos curativos – a mulher perde a paciência.
– Segundo corredor perto dos absorventes...
– Obrigada – ela corre até lá, mas David já estava com o filho sentado – o que diabos é isso no nariz dele ?
– Foi a única coisa que eu achei para estancar o sangue tá – disse ele.
– David você colocou um tampox no nariz do menino !
– Qual o problema, você usa...
– Você também machucou o nariz mamãe ? – perguntou o menino ainda chorando.
– Não... isso não importa agora – Eva pega os curativos – pega ele, vou fazer o curativo.
Sabe como é né ? Pais de primeira viagem com o filho machucado, essas coisas coisas nunca dão certo, principalmente quando o casal se atrapalha na hora de ajudar a criança. David levou Troy para a bancada do caixa, ele sentou o menino enquanto Eva prendia o cabelo.
– O que vão fazer ? – perguntou o caixa.
– Cala a boca, preciso me concentrar agora. – disse Eva.
– A senhorita é muito áspera sabia ?
– Meu punho vai ficar áspero na sua cara se você não calar a boca ! – disse David.
– Eu não sou obrigado a escutar essas coisas, eu não ganho para isso.
– Fica quieto moço ! – disse Troy.
Eva que já estava com tudo preparado arruma o rostinho de Troy e pede para ele ficar quieto, quando ela levanta a mão para começar a limpar o sangue David coloca o rosto sobre o ombro dela e respira ao ponto de incomodar a mulher.
– David, você quer por favor parar de respirar no meu ombro – disse Eva – assim eu fico nervosa.
– Desculpa – ele se afasta – fica calma – ele sussurra.
Eva levanta novamente a mão.
– Não precisa ter presa – disse David – vá com cuidado.
– David !
– Foi mal.
– Tudo bem... eu consigo, sou uma cirurgiã renomada, fiz diversas cirurgias, isso não é nada... ai eu não consigo !
– Ele não pode ficar com o nariz assim...
– Gente... – chamou o caixa.
– O que é ? – gritaram Eva e David juntos.
– Eu posso fazer isto, eu já vi o enfermeiro fazendo curativos antes.
– Eu não tenho certeza – disse David.
– Então tá, deixa o menino com o nariz ferrado – ele abre uma revista.
– David vem cá – Eva puxa o marido – temos que deixar...
Enquanto os dois discutiam, o caixa pegou Troy e o levou para a sala, ele limpou o nariz do menino, era um pequeno corte feito por dentro do nariz, a bola não chegou a quebrar o nariz do pequeno, ele deu uma pequena injeção anestésica e dá um ponto no nariz de Troy, logo depois coloca um band aid só para enfeitar, e não deixar Troy assustado.
– Pronto... muito bom, você aguentou firme.
– Nem doeu.
– Olha aqui – ele entrega um pirulito para o menino – só para quem não chora.
– Obrigado.
– Agora vamos – ele pega Troy no colo e volta para o caixa.
Eva e David discutiam...
– Eu disse que não seria uma boa ideia, mas não ! Você teve que bancar o pai monstruoso e tacar uma bola de baseball no menino !.
– Quem vê pensa que eu fiz de propósito.
– Propósito ou não ele está com o nariz machucado.
– Já estaria cuidado se você não tivesse medinho...
– Espera ai, você machuca o menino e a culpa é minha ?
– Que tipo de cirurgiã tem medo de um nariz machucado ?
– Deu 27,95 – disse o caixa registrando os produtos violados por Eva.
– O que ? – perguntou David.
– Os produtos que a sua mulher “usou” – ele usa os dedos – deu 27,95.
como ela usou se o menino ainda está.. – David olha para Troy sentado e degustando o seu pirulito – quem...
– Foi eu – disse o caixa.
– Caramba ficou perfeito... – disse Eva.
– Obrigado.
– De nada, agora os 27, 95.
David pagou e Eva pegou Troy no colo, dois três saem da farmácia, os dois caminham quietos, até que Eva para.
– Devemos um pedido de desculpas para o caixa.
– Vamos voltar.
Os dois voltam e o caixa revira os olhos.
– O que foi desta vez ? Decapitaram o menino ?
– Oi – Eva sorri – então, voltamos para pedir desculpas... Whale – ela olha no graxa dele – que nome bonitinho.
– É Viktor, Whale é sobrenome – disse ele.
– Ok, Viktor, desculpe por eu ter te ameaçado de dar um soco em você.
– E desculpe por eu ter mandado você calar a boca – disse Eva.
– Da próxima vez, sejam mais gentis, ninguém nunca sabe de onde a ajuda virá.
Enquanto isso no hospital...
– O que faz aqui ? – perguntou Jack.
– Precisamos conversar – disse Madeleine fechando a porta.
– Não, não precisamos e eu não quero.
– Mas nós vamos, quer você queira ou não Jacqueline – ela puxa a cadeira e fica de frente para a moça.
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