I'll Always Come For You
Problemas e mais problemas
Jack não esperou sua mãe ir até seu apartamento, ela foi até a casa de Madeleine. Ela toca a campainha e espera, Madeleine aparece na porta com cara de sono, mas mesmo assim queria escutar o que a filha tinha para dizer.
– Não podemos ficar desse jeito – disse Jack se sentando no sofá – não podemos ficar brigadas, por causa das nossas vidas que não batem com as nossas agendas.
– Então vem pra New York comigo – disse Madeleine se sentando perto da filha.
– Também não posso fazer isso.
– Então o que sugere ?.
Jack tira o celular do bolso.
– Vamos calcular os dias disponíveis e horas também, assim podemos nos falar por Skype e podemos viajar em dias livres – disse Jack indo para o calendário de seu celular.
Madeleine teria que viajar naquele dia mesmo, o que fez Jack ficar um pouco mais com a mãe antes de ir para o trabalho. Naquele mesmo dia Jack foi para a rádio, teria uma entrevista que Michel arrumou.
– Cadê essa pessoa ? – perguntou Jack ao entrar no comercial – ela está atrasada.
– Calma, ela deve estar chegando – disse Michel encostado na porta.
– É exatamente por isso que eu odeio entrevistas, esse pessoal não sabe que temos compromissos – ela reclama.
– Ela chegou – disse Michel animado – Por aqui.
– Aleluia – Jack se vira para a porta – Mãe ?
– Olá – disse Madeleine sorrindo.
– Por favor sente-se aqui – Michel arrumou a cadeira para Madeleine enquanto a filha a encarava de boca aberta – coloque isso, e por favor fale bem perto do microfone.
– Obrigada.
– Por nada, a senhora quer alguma coisa ? Água, café, chá, suco...
– Água, por favor. – disse Madeleine ainda sem notar a expressão de Jack.
– Ok, eu já venho, vai ser rapidinho, entraremos no ar... – Michel corre até o corredor e pega uma garrafa de água que estava sobre uma pequena mesa, e volta para entregar a Madeleine.
– Obrigada – a mulher é educada.
– Não agradeça. – disse Michel – Jack, já está pronta ? – Jack balança a cabeça – Ótimo... 3, 2, 1. Tá de volta.
– Voltamos com a rádio mais quente de Miami, e com uma convidada extra especial... Mamãe – disse Jack ainda em choque mas com a voz alegre de sempre.
– Olá – disse Madeleine rindo.
– Mas como estou em trabalho vamos ser profissionais. Certo mamaaadeleine – Jack quase se enrola.
– Certo, Jajaaack – Madeleine brinca.
– Haha... certo, bom conte-nos um pouco de você, Madeleine.
– Ahm.. Ok, eu sou de NY, sou solteira tenho uma filha e no momento procuro por um alguém sol...
– Não isso, e você não procura por ninguém – Jack a barra – Conte como você se tornou uma das maiores empreendedoras do ramo... – Jack solta uma risada nervosa.
– Ah, sim, no começo eu era da marinha, depois eu fui para um curso preparatório, larguei e fui para um outro onde eu me senti bem, e me ajudou bastante, mas nada disso me trouxe aqui hoje, eu conheci uma amiga que queria um negócio legal e que desse dinheiro, bom eu juntei a minha força de vontade, inteligencia e ela entrou com o capital – ela ri – começamos com um lugar pequeno e hoje temos boates em mais de 26 lugares no país e vamos inaugurar outras duas em Aurora e Orégon.
– Certo, mas deve ser muito trabalhoso, tipo viajar, e tudo mais – disse Jack.
– Sim, mas pior parte, é ter que deixar quem eu amo em casa – respondeu Madeleine piscando para a filha.
– Entendo, olha eu fui pega de surpresa, então não tenho o que te perguntar – disse Jack rindo – vou pedir ajudar para o Michel. Michel !
Michel entrou na sala e entregou uma folha de papel com as perguntas que Jack iria fazer para Madeleine.
– Oh, obrigada – disse Jack – vamos lá... Madeleine.
Jack lê o papel e olha séria para Madeleine, ela retira os fones, chega bem perto da mãe e fala.
– Você não precisa responder se não quiser – ela beija a bochecha da mãe volta para o lugar.
– Ok, vamos lá, Jack – disse Mady.
– Como foi a sua infância ? – perguntou Jack arrumando o painel de músicas caso acontecesse algo errado.
– Foi conturbada, minha mãe morreu quando eu tinha 3 anos, meu pai era alcoólatra, e eu era uma criança humilde, as vezes não tinha o que comer.
– Ok – Jack não estava gostando de fazer aquelas perguntas para a mãe, ela tinha feito um trato de o que aconteceu no passado fica no passado, mas ela continuou – E a sua adolescência ?
– Bom, meu pai não trabalhava mais, por causa de um acidente de trabalho, o que aumentou anda mais, ele começou a ficar violento, eu também era uma adolescente rebelde, fiz coisas que não me orgulho hoje em dia, usei drogas e bebi, fiz tudo que nenhuma adolescente deveria fazer, neste período da minha vida eu me apaixonei por um cara errado, eu me entreguei a ele e acabei engravidando. Ai tudo piora. Ele não ficou do meu lado, eu não tinha dinheiro para cuidar de um bebê, então eu precisei entregar a criança para dar um futuro melhor, fiz aquilo com o coração doendo – ela dá uma pausa, seus olhos se enchem se lagrimas.
Jack olhava para a sua mãe, ver Madeleine começar a chorar foi demais para Jacqueline, a moça tira os fone e sai do estúdio, ela para no corredor, se encosta na parede, e passa a mão no rosto, Michel estava no estúdio ao lado, Jack então vai até lá, abre a porta e xinga o amigo.
– Droga Michel !
– O que ?
– Você não tinha o direito de fazer esse tipo de pergunta.
– Mas...
– Mas... não, você sabe como foi difícil para nós, e caramba, eu e ela já estávamos esquecendo e você veio com essas perguntas ! – ela grita.
– Jacqueline ! Não foi eu, ela escreveu o papel, ela fez as perguntas, ela só queria que você perguntasse.
– O que ? Por que ?
– Ela disse que queria que você perguntasse isso a ela, queria escutar você perguntando tudo isso, queria escutar o seu tom de voz. Ela marcou me ligou, pediu para dar uma entrevista. Foi tudo ideia dela – ele responde.
Jack não diz nada, apenas sai da sala e volta para o seu estúdio.
– Galera ouve um problema técnico que precisa ser resolvido, então fiquem com 'Iris” do Goo goo Dolls – Jack aperta o play e coloca o microfone no mudo – Por que ? Estávamos indo tão bem.
– Precisava te contar tudo de um jeito menos doloroso.
– Poderíamos resolver isso... mas você precisou marcar hora, para fazer isso, não é ?
– Jacqueline me escuta – Mady se levanta – eu preciso deixar claro algumas coisas.
– Que coisas ?
– Seu pai.
– O que tem ele ?
– Ele me achou e descobriu sobre você...
A música termina e Jack é obrigada a voltar com a entrevista.
– Senta lá – Jack pediu ainda em choque. Mady volta para o seu lugar e Jack coloca os fones – Voltamos galera, resolvi o problema, o Michel tropeçou em um dos cabos e a Madeleine ficou sem microfone, mas já resolvemos, então bora retomar a entrevista. Pronta ?
– Sim – disse Mady.
– Ok, onde estávamos...
– Estava dizendo como foi difícil dar o bebê.
– Ah claro, próxima pergunta.
– Eu ainda não terminei...
– Ah não ?
– Não, eu tenho que dizer, que mesmo odiando aquilo eu sei que fiz bem, porque eu a reencontrei e hoje estou diante de uma linda mulher, é uma pena por eu não ter conhecido a sua mãe adotiva, pois eu lhe diria que trabalho maravilhoso ela fez com você.
– Próxima pergunta – Jack limpa uma lagrima – Como foi para você... quando sentiu o abraço de sua filha pela primeira vez, depois dela te aceitar como mãe ?
– Incrível, senti como se uma parte de mim que estava andado por ai e me causando dor, se uniu ao meu corpo, mais especificamente ao coração.
– Ultima pergunta. Madeleine por Madeleine – perguntou Jack, essa não se incluía na lista.
– Apenas...Madeleine – ela respondeu de um modo tão simples.
– Para mim uma super-heroína, eu não preciso de um pai se já tenho você. – disse Jack finalizando a entrevista.
Depois de finalizar a entrevista, Jack anunciou o combo de 2 horas de música sem parar. Ela e Mady precisavam conversar.
No outro dia Eva já estava no hospital, Jack ligou para a amiga e lhe contou tudo, a morena queria conversar e escutar tudo sobre o assunto do pai de Jack, mas ela não podia, na verdade Eva teve que se privar de muitas coisas, já não tinha mais folgas, chegava tarde em casa e saia cedo para o trabalho, e era sempre a mesma coisa, resolver papeladas do hospital, ela teria uma reunião muito importante no fim do mês, e precisava deixar tudo pronto e sem nenhuma falha. David entendia aquilo, mas como Troy era diferente, o garoto só via a mãe uma vez por dia que era quando ela ia almoçar e pegava o filho na creche do hospital.
– E ai o que você tá fazendo ? Algum desenho novo ? – perguntou Eva enquanto bebia seu suco.
– Não, tá na mesma – disse Troy comendo seu macarrão – isso tem gosto de chinelo – ele reclama.
– É, não é muito bom.
– Mamãe quando a senhora vai ficar em casa ?
– Logo – Eva não sabia ao certo.
– Logo quando ? Antes do meu aniversário ?
Eva esqueceu totalmente do aniversário do filho.
– Claro que sim, bom seu aniversario é no fim do... mês – justo no dia da reunião – Vai dar tempo sim meu amor, eu não perderia seu aniversário por nada – ela passa a mão nos cabelos do filho.
– Promete ? – perguntou o menino.
– Prometo.
– De dedinho e tudo ?
– De dedinho e e tudo – eles selam o pacto.
– Eu vou pra casa da tia Emma, hoje.
– Ah, seu pai deixou ?
– Sim, ele tem um lugar para ir hoje e a Emma tá de folga.
David não contou para Eva onde iria, o que ela achou estranho, mas não quis demonstrar isso para o filho.
– Divirta-se, e obedeça a Emma, tá legal ?
– Tá, mamãe – Troy revira os olhos.
Enquanto isso Emma arrumava as coisas no apartamento, Troy e Henry iriam para o parque com Hook depois que ele chegasse do trabalho, as coisas estavam normais na casa da loira, ela estava arrumando a cama, quando a campainha tocou.
– Henry querido pode atender a porta ?
– Tá – o menino que estava na sofá assistindo foi abrir a porta – Olá...
Emma escutou o filho dizer oi para alguém, mas não sabia quem era.
– Henry ? Quem é ? – o menino não responde – Hook é você querido ? – Emma olha para o relógio de pulso – Tá cedo – ela sussurra – Henry !
Emma larga o lençol e vai até a sala e congela ao ver quem é.
– Henry vem pra cá – disse Emma com a voz tremida.
– Deixa ele aqui.
– Henry, me obedeça – Emma não escuta o homem.
Henry dá um paço para frente mas o homem o segura.
– Solta ele – disse Emma.
– Mamãe – Henry já estava com medo.
– Solta o meu filho.
– Ele também é meu filho.
– Robert, solta o meu filho.
– Mamãe.. – Henry tenta correr mas Robert o segura pele camiseta.
Emma então corre e empurra o homem que se desequilibra e solta Henry.
– Henry corre para o seu quarto e se tranca – gritou Emma que tentava segurar o homem.
– Mamãe !
– Faça o que eu mando, Henry.
O garotinho sai correndo, Robert então segura Emma com um braço e a joga no chão. A loira cai de costas, Robert lhe chuta na barriga, e sai atrás de Henry.
– Henry, vem cá, só quero conversar, vamos garoto, eu sou seu pai – disse Robert tentando arrombar a porta, Henry estava debaixo da cama e com as mão sobre as orelhas.
Emma ainda com dor se levantou e foi atrás de Robert, a médica usa um vaso para tacar na cabeça do homem. Ela machuca a mão com os cacos de vidro, mas mesmo assim ela o puxou para longe do quarto de Henry.
– Eu estou ficando irritado – Ele suspende Emma pelo pescoço.
Swan teve que o chutar no meio de suas pernas para ele a largar, ela tenta correr para a sala mas ele a segura pelo pé. Robert segura a cabeça de Emma e a bate com tudo no chão machucando o nariz da loira. Henry escutava o barulho de seu quarto e chorava com medo, foi quando o pequeno garoto saiu de seu esconderijo e abriu a porta, ele queria pegar o telefone para ligar para Hook. Mas deu de cara com Robert sobre Emma.
– Henry ! – Emma grita.
Robert solta a mulher e vai até o filho.
– Não ! Não ! – Emma tenta pegar o menino do colo de Robert mas ele não deixa – Robert, não faz isso.
Emma não viu outra opção se não a de empurrar o homem que estava com seu filho no colo contra a parede, ela sabia que ia machucar Henry mas foi o único jeito.
– Olha aí, machucou o menino – Robert passa a mão na testa de Henry que estava suja de sangue – Sua vagabunda – ele dá um tapa muito forte no rosto de Emma.
Hook que chegou no andar do apartamento de sua namorada escutou a voz de Robert, mas não achou que era com Emma o xingamento. Ele caminha feliz pois tinha uma coisa muito boa para contar a sua namorada, mas parou ao ver a porta do aparamento aperta.
– Emma não é de fazer isso – ele caminha e ao chegar no apartamento pode escutar o barulho.
Hook corre até Emma e vê a mulher com o nariz sangrando, um homem estranho com Henry no colo e o garoto com a testa sangrando.
– Hey ! – ele vai até o homem e o dá um soco na boca, quase pegou em Henry – solta o garoto ! – Hook se coloca na frente de Emma.
Robert solta Henry que cai no chão, Hook vai pra cima do homem e Emma pega Henry, e o empurra para dentro de seu quarto.
– Fica aqui, e tranca a porta – ela disse para o filho.
– Mamãe to com medo.
– Vai passar, já vai passar – Emma beija o filho e sai do quarto.
Emma volta para o corredor e vê Hook apanhando de Robert, ela dá um chute em sua cabeça, Robert cai para o lado e Hook começa o espancar. A briga estava no corredor, mas os três chegaram até a cozinha, onde havia um cepo de facas sobre o balcão. Robert viu aquilo, ele se solta de Hook, corre e pega uma faca. Hook então tenta esconder Emma com o seu corpo.
– O que você quer ? – perguntou Hook.
– Apenas ver o meu filho – disse Robert apontando a faça.
– Não, vai embora – disse Hook – não queremos brigas.
– Só vou embora se o Henry vir comigo, afinal eu sou o pai do garoto.
– Não, ele não vai sair daqui – disse Emma.
– Você não vai levar o Henry, você vai embora daqui, antes que alguém chame a policia – disse Hook.
– E quem vai me obrigar ? Você ? – Robert debocha.
Num momento de distração de Robert, Hook tenta pegar a faca, mas o pai de Henry foi mais rápido.
– Ah você quer a faca ? Então eu terei o prazer de entrega-la a você.
Robert tenta golpear Anthony que se esquiva, Emma estava fora do campo de visão do loiro, então aproveitou a vantagem e jogou uma panela em suas costas, ele então se vira, Hook chuta as pernas de Robert que cai no chão, Emma pisa na mão dele fazendo com que ele soltasse a faca. Hook então pula sobre ele e pega a faca, Robert fica enfurecido e parte pra cima de Emma, Hook separa, Emma então empurra o namorado com o corpo contra a parede pois vê Hook estava com ódio.
– Sai daqui, Robert, já devem ter escutado isso tudo, foge enquanto tem tempo, anda – disse Emma.
– Vou te matar – Hook tenta tirar Emma da frente.
– Sai daqui !!! – Emma grita, e Robert sai do apartamento.
Emma segura a mão de Hook que ainda estava com a faca, ela respira fundo, tentando manter a calma e controlar as lagrimas de nervoso. Hook percebe que a namorada está tremendo, então tenta se acalmar por ela.
– Emma... vai ficar tudo bem, já passou – ele a abraça por trás mesmo.
Emma desaba, chora e treme, Hook então solta a faca de sua mão e abraça direito.
– Mamãe ! Mamãe ! – eles escutam os gritos de Henry.
Emma se solta de Hook corre até a porta do quarto.
– Henry, abre a porta filho – Emma pede, o garoto abre e Emma o agarra.
– To com medo, mamãe – disse Henry.
– Já passou, fica tranquilo – Emma o aperta mais ainda.
Hook então tranca a porta do apartamento e vai até Emma e o garoto.
– Seu nariz tá sangrando, mamãe – disse Henry.
– Foi só um arranhão, já vai parar de sangrar – disse Emma.
Hook abraça os dois, os momentos foram aterrorizantes para aquela pequena família.
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