I'll Always Come For You
O orfanato
Na manhã seguinte Eva se levantou e percebeu que só Jack estava em casa, Hook provavelmente já tinha ido trabalhar.
– Jack ? – ela a chama com a voz bem baixa.
– Oi ? – a amiga responde com sono.
– Eu vou no hospital, resolver algumas coisas, e você ? Não vai para o trabalho ?
– Não, eu tenho trabalho só semana que vem.
– Então tá, eu não devo demorar, volta a dormir.
– Tchau Evy.
Eva se arrumou, tomou café e foi para o hospital. Chegando lá ela vai direto para a sala do chefe.
– Bom dia Dra. Zambrano.
– Bom dia Chefe.
– O que trás você aqui ? A essa hora ?
– Vim pedir as minhas férias, acho que tenho 2 anos acumulados.
– Claro, mas por que logo agora ?
– Porque o cansaço bateu agora – ela ri.
– Tudo bem, você quer elas para quando ?
– Pode ser para a semana que vem ?
– Deixe me ver o quadro de médicos, de estiver cheio sim, agora se precisar de alguém... – ele checa tudo e... – Tudo bem, acho que dá para você tirar as férias, mas é de quanto tempo ?
– 1 ano está bom.
– E o outro ano ?
– Deixa para quando eu voltar e acumular mais – ela ri.
– Tudo bem, só venha aqui amanhã, para assinar os papeis é que não tenho eles aqui preparados.
– Tudo bem, tchau.
– Tchau, boa folga.
Depois que Eva saiu do hospital, ela volta para casa e começa embrulhar as coisas. Jack acorda e vê a amiga.
– Já conseguiu a licença ?
– Já, volto para assinar os papeis amanha.
– Que bom – ele é fria – vou comer alguma coisa.
Eva nota o tom de voz de Jack e vai até ela na cozinha.
– Hey, por que tão ignorante ?
– Eu to normal – ela responde bebendo suco.
– Não, não está, o que você tem Jacqueline ?
– Eu to bem, me deixa.
– Responde que te deixo em paz.
– Regina... você vai morar em outro luga isso já é o bastantes – disse Jack se levantando e indo em direção a porta.
– Espera o que ?
– Você me ouviu ! Agora me deixa em paz – ela sai de casa, Eva vai atras dela.
Jack pega o elevador.
– Espera !! – Eva tenta chegar a tempo mas a porta se fecha – você não vai fugir de mim. – ela usa as escadas.
Jack chega no térreo e sai do prédio, ela começa a correr, não de um jeito desesperado, mas sim no ritmo, ela costuma fazer isso quando precisa espairecer.
– Jacqueline !!! espera ! – Regina corre atras da amiga.
– Vai pra casa Eva ! – elas já estavam chegando perto da praia, o apartamento não ficava muito longe do mar.
– Jack espera ! – ela já estaca cansando.
– Volta pra casa e começa a embrulhar as coisas – ela atravessa o sinal, enquanto Eva para pra respirar.
Jack atravessa o sinal e anda mais um pouco, faz frio pela manha então não tinha muitas pessoas na praia, ela se senta em um lugar e começa a olhar o mar, Jack sempre demonstrou o amor e carinho que ela tinha por Eva, e agora a amiga iria embora de casa. Nada fazia sentido para ela.
– Jack ?? – Eva finalmente consegue alcançar à amiga.
– O que ?
– Por que você está brava ? – ela se senta ao lado.
– Eu não estou brava.
– Então por que saiu correndo e me deixou sozinha na cozinha ?
– Eva, você não intende não é ? Esse dois meses que passei longe de casa e de você foram os piores, eu não consigo ficar mais longe de você. Você é como se você a minha irmã mais velha, é a única coisa que eu tenho, minha mãe morreu, meu pai sumiu, não tenho ninguém no mundo, agora você vai embora e vai me deixar ? – ela não chora, mas a voz fica embargada.
– Jack, não é bem assim.
– Ah não ? Se poem no meu lugar, e vê se não é assim.
– Eu vou, mas eu venho visitar vocês e o Anthony vai ficar.
– Eva por favor – ela é irônica – eu não posso pedir para o Hook comprar absorvente, eu não posso chorar nos braços dele quando um cara me der um fora, eu não posso contar para ele como foi a minha noite com o cara. Eu amo o Hook mas não posso fazer nada disso com ele.
– Você quer vim também ?
– Não, eu não quero.
– Então o que você quer ?
– Não depender tanto do amor da pessoas, é isso que eu quero.
– Jack, não fica assim – ela a abraça – olha vai ser só por um ano.
– Eu sei disso, e te apoio você precisa de tempo para descansar, mas é difícil dizer tchau.
– Vai ficar tudo bem, vamos fazer assim, fim de semana prolongado você vai pra lá, e eu venho para cá quando der vontade e prometo que vira e mexe essa vontade vai aparecer – ela sorri.
– Tá bem.
– Vem vamos cozinhar, eu sei que você adora fazer isso – ela levanta e puxa a amiga.
– Você não tem um encontro hoje ?
– Não é bem, um encontro, eu vou visitar um ex-paciente com o David apenas isso.
– Sei.
Depois que Eva e Jack voltaram para casa, as duas cozinharam, Jack ensinou Eva a fazer Muffis de amora, e sorvete. Depois de algumas horas, a campainha toca, Eva não se sentira tão nervosa, Jack a acalmou e logo em seguida saiu deixando o apartamento vazio para os dois.
– Então... parece que você não está muito ocupada ultimamente – disse David sentado no sofá.
– É tirei um tempo para mim – ela só.
– Vamos ? Eu quero ver o Troy, me apeguei a ele – disse David se levantando.
– Vamos, deixa eu pegar algumas coisas, aqui... pronto, agora podemos ir. – ela abre a porta.
Eva e David procuram pela rua, eles conseguem achar o orfanato e entram. Logo na entrada eles são abordados.
– Boa tarde – uma mulher os cumprimenta com um sorriso.
– Boa tarde, viemos... – David é interrompido.
– Ver uma criança ? – Marcela a “governanta” responde.
– Isso. Você pode nos levar ? – Eva é mais direta.
– Tudo bem, vamos, vocês preferem, o berçário ? Lá ficas os bebês de 0 a 1 ano.
– Onde é que fica as crianças de 4 anos ?
– Venham – Eva e David seguem Marcela até o playground.
Havia muitas crianças brincando, uma delas estava sentadinha no banco sozinha olhando todas as outras brincarem, e adivinhem quem era ?
– Troy ?? – David avista o pequeno.
– David ! – o garotinho corre para abraço-lo.
– Como você está garotão ? – David segura o menino nos braços.
– To bem, senti saudades.
– Eu também senti, por isso vim te ver... lembra da Dra. Zambrano ?
– Lembro, oi – ele disse com um sorriso lindo – tudo bem ?
– Tudo e você ? – Eva passa a mão nos cabelos de Troy.
– Eu to bem.
– Hey Troy ? Quer brincar ? Vamos lá, vamos jogar bola.
– Vamos, você não vem ? – ele pergunta para Eva.
– Claro já estou indo, só me dê um minuto.
– Tudo bem – disse Troy indo em direção ao gramado com David.
Eva entrou na casa de adoção e entregou uma cesta que carregava para a cozinheira, ela pediu que desse um pouco para cada criança depois do almoço, ela volta para a área e vê David correndo atrás de Troy ambos tinham um sorriso perfeito, o menino parecia feliz com a visita dos dois, e David parecia ter se apegado ao garoto, ele o pegava no colo fazia cosquinhas. O menino ria sem parar, era como uma visão de um domingo de manhã, o tempo estava agradável, e por mais que Eva tentasse dizer que não estava apaixona e negasse que não queria algo a mais com David, era impossível de ver o sorriso que ela dava ao ver ele sorrir.
– Vem Eva, vem brincar com a gente – David a chama.
– É pra já ! – Eva vai até os dois e começa a brincar.
Marcela que cuidava de outras crianças não pode deixar de notar a interação de Eva e David com Troy. A mulher não diz nada, mas apenas faz umas anotações.
– Antes deles saírem eu vou fazer algumas peguntas.
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