I'll Always Come For You

I'll Always come for you


Mais alguns dias depois, Eva e David saíram mais cedo de casa, deixaram Troy e Lilah na casa de Cora, e foram comprar mais algumas coisas para a viajem. Naquela manhã a morena se despediu de seus pais com um abraço mais apertado do que o comum. David havia ligado para Emma para dizer o quanto estava orgulhoso de sua irmã. David parou o carro no farol e logo um garoto aparece, joga água e sabão no para-brisa. Mesmo David gritando que não queria ele continua.

— David, pare de gritar, e dê algum trocado para o garoto – disse Eva procurando moedas na bolsa.

— Mas olha a meleca que ele fez, vai manchar tudo – David joga água mas não ajuda muito.

— Toma – Eva entrega as moedas para David – dê a ele.

Kip abaixa o vidro do carro e grito pelo menino, mas o garoto já havia ido embora.

— Ele foi, sem pegar as moedas – disse ele devolvendo-as para Eva.

— Também, você gritou tanto que espantou o garoto.

— Você tá brigando comigo por não querer um serviço ? – perguntou David.

— Não amor, estou brigando com você, porque você poderia ser mais delicado – ela beija David.

Enquanto isso Rivari recebia uma mensagem de número desconhecido.

Vida longa aos Falcões”

— O que... Ai droga ! – Rivari corre para o carro enquanto tenta ligar para David – Vamos atende !

As ligações caem na caixa postal, então Rivari liga para Eva. A morena deixou o celular em casa, quem atende é Ruby.

— Celular da Eva, Ruby falando.

— Ruby ? Onde está a Eva ?

— Quem é ?

— Agente Rivari, onde está a Eva e o David ?

— Saíram, por que, aconteceu alguma coisa ?

— Não, ainda não. Para onde eles foram ?

— Foram ao mercado.

— Qual ?

— O da avenida Andrews com a Bath.

— Obrigada.

— Rivari...Droga ! – Rivari desliga antes mesmo de Ruby completar a frase.

Rivari liga a sirene, e sai cortando pelos carros, alguns buzinam outros xingam, mas ela não dá ouvidos, acelera mais ainda.

— Todas as unidades, preciso de reforço na Andrews com Bath. Com urgência, aqui é Carrie Rivari – ela avisa pelo rádio transmissor.

Depois de correr muito Carrie consegue avistar o carro de David, ela vê os dois ainda dentro do carro, bem, vivos. Então estaciona o carro e dá um longo suspiro, ao sair do carro ela caminha calmamente, mas antes de conseguir passas do hidrante o carro faz um barulho.

— Que barulho foi esse ? – perguntou Eva segurando na mão de David.

— Não sei – outro barulho, ele já havia escutado aquele barulho antes, então olha para Eva e diz – Eu te amo, sempre estarei a sua espera, Sempre e Para sempre.

— Eu também te amo. – disse ela por final.

Carrie tenta correr mais um pouco mas a força do impacto da bomba explodindo a jogou longe. Eva e David morreram na hora. Logo depois as viaturas chegaram, afastaram todos do local, e um pouco mais tarde a reportagem chegou. E foi ela quem deu a noticia para a família de Eva. Ruby estava passando os canais quando viu Cassidy ao vivo no local.

— EVA !!! – a moça gritou e começou a chorar.

Cora que estava no escritório correu para ver o que tinha acontecido, quando chegou na sala Jefferson e Belle choravam enquanto Zelena ligava para o celular da prima, mas Eva nunca atendia, nunca iria atender. No hospital Emma chorava enquanto discava o numero de David, não. Aquilo não estava acontecendo. Jack correu para o local quando soube por Serena.

A moça tentou ultrapassar as fitas amarelas, mas foi impedida por um policial que a pegou no colo enquanto a moça se esperneava.

— Eu preciso ver se é ela mesmo, por favor, é a minha irmã, é a minha irmã, EVA ! EVA !.

Algumas horas depois veio a confirmação, David Kip Zambrano Nolan e Eva Regina Mills Zambrano Nolan morreram, vitimas de um atentado. Dois dias depois, Eva e David estavam sendo velados. Caixões lacrados, mas um do lado do outro. Cora já havia passado do estado de choque, mas não era a mesma. O olhar fundo e sem vida. Henry ainda não aceitava. Gritava que não era sua filha e genro ali naquele caixão. Emma permaneceu o tempo todo com a cabeça baixa sobre a tampa do caixão de David. Chorava de perder o folego. Gabriel segurava Lilah pois Ruby já não tinha mais forças para se manter em pé. Serena abraçava Graham como se quisesse levar o marido ao país de não dor. Graham soluçava tanto que era possível ver o corpo de Serena vibrar. Jeff foi o único que não chorou. Ficou com o sobrinho o tempo todo. Na hora em que os caixões foram levados para as sepulturas, a família encontrou mais pessoas, Jack já os esperava na cova de Eva. Quando a moça viu o caixão da amiga não se aguentou novamente, chorou muito, Madeleine precisou segurar Jack para não cair dentro da cova. Estavam todos lá. Chris, Tucker, Alex, Logan, até Jake estava. Mike, Alex, Paul, Bill. Mike ajudou a carregar o caixão de David, junto com Phillip, Hook e Gabriel. Graham, Jeff, Alex e Chris levaram o caixão de Eva. Ao ver os caixões descerem Belle agarrou a cintura de Ruby, escondeu o rosto em seu peito e chorou. Serena correu e agarrou Emma, a moça chorava de maneira descontrolada.

— Por favor, David, não vai. Preciso de você – dizia Emma.

Na tristeza toda, ninguém percebeu que Troy estava parado em frente aos caixões. O menino assistiu eles baixando lentamente. Algumas lagrimas caíram, mas o menininho se manteve firme. Depois de cobertos com a terra, ele foi até Madeleine que agora segurava Lilah, a mulher agachou para ficar na altura do menino.

— Não chora, Lilah, eu fiquei para cuidar de você – disse ele beijando a testa da irmãzinha.

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Dois meses depois, Rivari procurou Emma no hospital, a morena precisava se desculpar. Emma a assegurou de que nada daquilo era culpa de Rivari. Carrie também disse que conseguiram pegar o garoto que implantou a bomba no carro.

— E como eles estão ? – perguntou Rivari sobre a família.

— Estão levando – disse Emma tentando não chorar.

— E as crianças ?

— O tio deles, Graham, os levou para casa, ele e Serena estão cuidando de Troy e Lilah, Cora e Henry não estão em um bom momento. Os outros tios ainda os veem com frequência.

— Se você precisar de ajuda, para qualquer coisa é só me ligar.

— Ok.

— Bem eu preciso ir agora, mas eu volto a te procurar – disse Rivari.

— Tudo bem – Emma abraça a mulher.

— Outra vez, desculpe – ela sussurra.

— Não fui culpa sua.

Alguns dias depois, Belle recebe a ligação de Ruby, Jefferson havia desaparecido, as duas saem no meio da madrugada para procurarem o irmão. Jeff estava no cemitério. Sentado enfrente a cova de Eva.

— Jeff ? – Ruby o chamou enquanto se aproximava.

— O que faz ai ? – perguntou Belle.

Jefferson não respondeu nem se quer virou para encarar as irmãs, o rapaz chorava em silêncio. As moças sentaram-se ao seu lado. Deixaram que ele tomasse seu tempo para falar.

— Tá sendo horrível sem ela, gente – disse ele com a voz embargada – Eu realmente sinto falta da Regina.

— Nós também sentimos, Jeff – disse Belle passando a mão nos cabelos do irmão.

— Por que ela ? Tantas pessoas ruins no mundo, e tinha que ser justo ela – disse ele.

— Quando você está num jardim, e nele contem muitas flores, quais são as que você colhe ? – perguntou Ruby.

— Só as melhores – respondeu ele.

— Exatamente – disse Ruby – Deus só escolhe os melhores para estarem ao seu lado.

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Dois anos depois, Emma estava no mesmo lugar onde chorou por David. Desta vez com um envelope na mão.

— Queria que você estivesse aqui, só assim você poderia ver isso de perto – disse ela – Fomos ao médico hoje, é um menino, David, estou grávida de outro menino. – ela sorri – Anthony disse que o nome dele vai ser Kip.

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Anos depois …

— FELIZ NATAL !! – Charlie joga uma bola de neve em Troy.

— CHARLOTTE ! – o rapaz da um pula da cama.

A moça corre pela casa.

— Vovó ! Socorro ! – gritava a moça.

— Eu não tenho mais energias para isso – disse Cora se sentando na poltrona.

— É sempre assim, desde os meus nove anos – disse Elijah ajudando Serena com os enfeites de natal.

Troy corre e segura a prima pela cintura, e a leva para fora de casa, e se joga num monte de neve junto com a loira. Os dois gritam enquanto, Emma e Anthony passam pelo portão.

— Feliz natal – disse Hook.

— Oi tio, oi tia – disse Charlie.

— Olá Charlie – disse Emma – nós vamos entrar.

Enquanto Troy e Charlie se esfregavam na neve, Graham ajudava Ruby a descer as escadas, sua gestação estava acabando com seus pés.

— Vem cá, cadê o Gabriel ? – perguntou Graham

— Foi pegar a arvore de natal com o Jeff, ai minha barriga dói – reclamou Ruby.

— Diga oi para a pequena Joan.

Depois de algumas horas a família estava quase completa, Henry já havia chegado com Kip, Jack chegou duas horas atrasada, estava esperando sua mãe arrumar as coisas de Peter seu irmão casula. Belle chegou acompanhada de Phillip, Elsa e Zelena. Henry estava ocupado em seus pensamentos que nem viu quando a família estava toda a sua espera. Quase toda.

— Troy ! Vá buscar a sua irmã !

— Ah tia, ela sabe o caminho daqui – disse o rapaz para Serena.

— Menino... – disse Serena o repreendendo.

— Tá já estou indo – Troy revira os olhos.

O rapaz pega o carro e vai buscar Lilah, ele espera mas nada da moça aparecer, então resolve ir busca-la pela mão.

— Bom dia, a Dra. Zambrano... – disse ele para a recepcionista.

— Estou indo – disse a moça – caramba, precisava mesmo vir me pegar na porta do hospital ?

— Você com essa demora toda, precisava sim !

— Até mais Lilah – disse um rapaz de cabelos castanhos e olhos cor de avelã

— Quem é esse ? – pergunta o irmão protetor.

— Ninguém – responde ela.

— E ninguém usa um jaleco branco escrito Dr. Hood ?

— Ah tá ! Ele é o Roland... é só...

— Um peguete ? – ele brinca.

— Meu deus, Troy, você é insuportável – Lilah revira os olhos – podemos ir, agora ?

— Tá vamos !

— Podemos passar num lugar antes ?

— Claro... é lá ?

— Sim.

— Vamos.

Troy e Lilah seguiram caminho em silêncio, pararam em uma flor e cultura antes. Ela queria comprar algumas flores. E depois continuaram.

— É, aqui estamos nós. – disse Troy.

— É – Lilah toma uma longa respiração – Isso é ridículo, eu nem – ela tenta voltar para o carro mas ele impede.

— Vamos, você consegue.

— Mas eu nem me lembro do rosto da mamãe – disse ela com os olhos cheios de lagrimas – eu nem sei como ela era.

— Ela era exatamente igual a você – disse Troy.

— Não minta, todos dizem que eu me pareço com o papai.

— Não entre os espaços da sua sobrancelha. – ele a faz rir – e o som da sua risada, é igual ao ela.

— Então vamos tentar – disse Lilah – você começa.

— Oi mãe – disse Troy.

— Olá, papai – disse Lilah.

— Bom, estamos aqui para, contar as novidades. – disse Troy – Bom, eu entrei para a equipe do tio Mike, mas ele se aposentou há dois anos. Sua vez – ele olha para Lilah.

— Eu consegui uma promoção, vou ser pediatra, sei que não era exatamente o que a senhora fazia, mãe, mas... – ela para.

— Ela estaria orgulhosa de você, Lil – disse Troy passando a mão no pescoço da irmã.

— Tio Jeff conseguiu mais um papel no cinema, desta vez as gravações vão rolar entre o Canadá e Miami, então, mais tempo em casa, assim esperamos – ela sussurra a ultima parte.

E assim, pouco a pouco eles vão conversando com os pais, Troy e Lilah fazem isso desde que Troy aprendeu a pegar táxi com oito anos, ele levava Lilah para conversar com os pais todos os anos. E ao chegar ao fim da conversa, Lilah deixa as flores sobre os túmulos.

— E agora “Capitão” Nolan – perguntou Lilah sendo sarcástica.

— Vamos para casa passar mais um natal com a nossa família nada convencional. Dra. Zambrano – disse Troy a puxando.

Os anos sem David e Eva foram difíceis para Troy e Lilah, mas com o amor da família eles não sofreram muito. Mesmo Troy sendo pequeno quando seus pais se foram, eles deixaram uma mensagem para o pequeno.

Não importa como e quanto tempo vai levar, mas um sempre vai estar lá para o outro”

E ele esteve lá para Lilah quando a garota se formou na faculdade de medicina, e ela esteve lá quando Troy conseguiu a sua farda.

— Vem cá, tio Mike me deu uma coisa. Ele disse que um dos amigos de guerra do papai, achou enquanto estava em campo.

— O que é ?

— Olha – ele retira um colar – Era do papai, olhas as iniciais. “D.N”

Lilah pega o colar, e examina, passa o dedo indicador na gravura do nome e na frase, e só então lê.

Estarei aqui quando as luzes se apagarem, apenas continue sorrindo”

Ela sorri.

O amor de David e Eva poderá atravessar gerações ou vidas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.