I'll Always Come For You
Henry, diretoria e palavrões
Não demorou muito para Henry sair da diretoria.
– Muito obrigado e desculpe isso não vai acontecer de novo, não é Graham ? – Henry olha para o menino com o olhar severo.
– Sim senhor – ele responde e abaixa a cabeça.
– Eu espero, é o primeiro dia dele e já acontece isso, não quero ter problemas no decorrer do ano – a diretora arruma os óculos.
– Eu vou conversar com ele, posso leva-lo embora ?
– Sim, mas as meninas vão ficar e ter o resto das aulas.
– Ah – elas desanimam.
– Por que o Graham pode ir pra casa e a gente tem que ficar aqui ? – Ruby questiona.
– É uma pena que você queria ir embora, a sua sala vai fazer uma peça e eu indiquei você ser a Chapeuzinho vermelho.
– Não eu não... o que ? – a menina fica interessada.
– Você tem um toque especial, achei que gostaria – a diretora passa a mão nos cabelos de Ruby.
– Pai posso ficar ? – a menina olha séria.
– Você querendo ficar na escola ? – ele ri – claro.
– Então vamos, vou levar vocês de volta pra escola – a diretora pega na mão de Eva e Ruby.
– Mas eu quero ir embora – Eva reclama.
– O professor de educação física pediu para eu apresentar você pra equipe de – Baseball da escola – a direto coloca a mão no ombro da menina.
– Por que ? – Eva questiona – eu não me escrevi.
– Ele disse que você tem muita força nas pernas e braços...
– Ok, então você vai ficar também ? – Henry pergunta.
– Sim – a menina responde.
– Tudo bem, vamos Graham temos que ter uma conversa séria, tchau meninas – o homem deixa a diretora leva-las. – Agora é só você e eu, vamos para o carro.
Dentro do carro Henry dirigi enquanto Graham fica o tempo todo de cabeça abaixa ou olhava para fora do carro. Henry parou em uma lanchonete.
– Vamos, estou com fome, e você provavelmente também – ele desce do carro, mas Graham continua – Graham... desça.
O menino desce e Henry procura uma mesa, ele faz o pedido e espera o filho se pronunciar sobre o ocorrido, mas o menino não disse uma palavra se quer. Então o homem teve que começar a conversa.
– Então você quer ter fama de violento hãn – ele morde o hamburgue.
– …. – Graham não fala nada.
– Responda a minha pergunta – Henry é calmo mas autoritário.
– Não – ele sussurra.
– O que ? Não ? Então por que você se atracou com aquele menino no meio do refeitório e no seu primeiro dia ? .
– …. – outra vez silêncio mas Graham já estava com os olhos marejados.
– Responda Graham ! Você não é desse jeito, o que foi que te deu ?
– Eu... desculpe.
– O que foi que aconteceu lá ? Por que você brigou ?
– Ele disse que vocês não são meus pais de verdade, e disse também que foi bem feito a minha mãe ter morrido – ele responde com a voz falhando.
– Então foi por isso – ele fica quieto por alguns segundos – bom ele é um Finocchio.
– É um o que ? – Graham faz cara de interrogação.
– Finocchio.
– E o que é isso ?
– Vem cá – ele puxa o sobrinho filho e fala no ouvido dele.
– Oh... – o menino ri.
– Não diga para sua tia que eu te ensinei isso. – o homem também ri.
– Mas é em que língua ?
– É italiano.
– Mas o senhor não é italiano.
– Mas a sua tia é, cala a boca menino, não diga nada.
– Tudo bem.
– Enquanto a isso o que ele disse para você, não ligue, você não é meu filho de verdade, mas é meu filho de coração. Eu fiquei muito feliz quando você nasceu, finalmente um menino na família, e mais ainda quando você e seu irmão foram morar comigo, não importa o que digam Graham eu te amo, posso não deixar transparecer isso mas é verdade, a certas coisas que eu não posso fazer com as meninas, mas com você eu posso, não se sinta mal, quando disserem que você não é meu filho, lembre-se eu não escolhi você, você me escolheu.
– Obrigado pai – foi a primeira vez que o menino o chamara daquele jeito.
– Tudo bem meu filho – ele o abraça – agora coma, nós temos que voltar para o quartel, deixei o Jeff dormindo junto com alguns soldados dá de ele querer mexer em uma daquelas armas ai já viu o estrago né.
O menino come com muito mais gosto agora, depois que terminaram voltaram para o quartel e de fato Jeff já tinha acordado, mas estava brincando com um dos soldados.
– Jeff ? – Henry olha para a cara do menino.
– Oi – ele sorri.
– Mas o que fizeram no seu rosto. – ele ri.
O menino estava com um tipi de mascara militar que fizeram usando tinta preta e verde. Usava um capacete de soldado da marinha.
– Olha eu ganhei uma medalha – ele a mostra com louvor.
– Que legal né, olha quem eu trouxe pra brincar com você – ele mostra o Graham – vão brincar, eu tenho algumas coisas para resolver, mas não saiam do pavilhão.
– Tá bom, vem Graham. – os meninos saem correndo.
Henry está tão concentrado nas atividades do trabalho que acaba esquecendo de um pequeno ser que nasceu à 3 meses. Ele só notou a falta da bebê quanto escutou o choro da pequena.
– Belle ! – ele se levanta rapidamente da cadeira e vai atrás da bebê – Belle. – ele a encontra nos braços de Madeleine – Mady obrigado por cuidar dela, eu me esqueci totalmente dela.
– Tudo bem, acho que ela está com fome – ela entrega a menina para o pai.
– O que que eu faço ?
– Já deu a mamadeira dela ?
– Já.
– Olhou a frauda ?
– Já, sequinha. – ele responde.
– De um banho nela.
– Ah então, eu não costumo fazer isso na maioria das vezes eu peço ajuda para Graham, sabe ele entra na bainheira de sunga e segura ela, enquanto eu a limpo – ele responde sem jeito – eu acho que ela está cansada.
– Deixe eu segura-la – Madeleine pega a menina de novo, ela caminha até a porta.
– A onde vai com ela ?
– Vou faze-la relaxar, fique tranquilo, volte a trabalhar.
– Tem certeza eu não quero incomodar.
– Tenho, vai logo Henry – ela responde.
Madeleine sai do quarto com Belle no colo, a menina estava muito agitada, chorava e nada do que Madeleine fizesse resolvia a situação.
– Vamos Belle, o que você tem ? Está com saudade da sua mãe é isso ? Não choro logo ela está em casa. – a moça a segura de modo que Belle coloca a cabeça no ombro dela. Madeleine canta uma canção de ninar.
“Lá vem o seu Mestre
Que faz o que diz
Depois vem o Dunga
Dizendo que faz
Ih! Lá vem o Zangado
Que mal humorado
E aquele é o Feliz
Faceiro e manhoso
Lá vem o Dengoso
E um resfriado
Vem vindo o Atchim
Cadê o Soneca
Só falta o Soneca
Em pirlimpimpim
Bamba bambalauê”
Belle caiu no sono rapidinho, Madeleine virou a menina para poder dormir direito, Bryan que estava passando escutou a moça cantando para a bebê, e ficou impressionado com o jeito dela cuidar da pequena.
– Caramba, até eu fiquei com sono – ele brinca.
– Bryan... está me espionando ? – ela sorri.
– Eu estava passando, ela dormiu mesmo, você leva jeito com crianças.
Você não faz ideia, agora deixa eu entrar está ventando e isso não faz bem pra ela.
Passadas mais algumas horas Henry foi buscar Ruby e Eva, ele as trouxe de volta para o batalhão, Madeleine estava ajudando Moel na cozinha, as crianças estavam com fome e Henry como sempre todo perdido.
– Papai quando vamos comer ? – Peguntou Ruby.
– Logo, acho que já está quase pronto.
– Tomara, a minha barriga está roncando – Eva fala sentada na cadeira.
– Henry ? Já está pronto – disse Madeleine entrando no escritório.
– Eu acho que você não lembra da minha pequena tropa, bom esses são os meninos, essa e a Ruby, e essa aqui é aquele bebê que você conheceu a algum tempo – ele apresenta Eva.
– Olá, prazer em revê-la – Eva é educada e segura na mão da mulher.
– Oi... nossa como você cresceu – Madeleine tenta esconder as emoções em ver Eva novamente.
– É – a menina sorri.
– Podemos comer ? – Jeff pergunta.
– Claro, vamos lá – disse Henry.
Ele levou a pequena galerinha para comer, enquanto Madeleine ficava com Belle no colo.
– Ela fica calma perto de você – Henry brinca.
– É acho que nos acertamos – a moça ri – a Eva cresceu bastante hein.
– É, se eu pisca novamente ela já vai estar casada.
– Não exagere quantos anos ela tem ? Dez ? Oito ?
– Nove – ele responde simples.
– Nova anos ? – ela fica séria.
– É ela é mais nova que o Graham um ano.
– Henry você pode pegar a Belle ? Eu lembrei que tenho que entregar alguns mapas amanhã e não achei eles até agora.
– Tudo bem – ele pega a filha no colo.
Madeleine vai para o quarto que ela divide mais duas mulheres e se tranca, estava sozinha, ela respira fundo.
– Não é ela ! Não é ela Madeleine ! A Eva não é sua filha – ela tenta.
Cinco anos depois...
– Vai Evy você consegue ! – Cora grita da arquibancada.
– Mãe acho que ela não está escutando – Ruby responde com uma revista.
– Estrelinha ! Vem aqui ! – o técnico chama Eva.
– Sim ?
– Essa é a nossa chance, você não pode perder – ele fala olhando nos olhos da menina.
– Eu sei disso, e espero não perder.
– Se ganhar, te libero das aulas de matemática por duas semanas – ele brinca.
– Tudo bem, vamos ganhar essa – ela segura o bastão.
– Vai lá... e feliz aniversario Eva !.
– Obrigada – ela sorri e corre para o campo.
Falta um ponto para a escola de Eva ganhar o campeonato de Baseball. Nesse momento era só a menina e a arremessadora. Eva firma o bastão e estreita os olhos, ela respira fundo, momento de tenção na arquibancada. A arremessadora ataca a bola, Eva gira e acerta. A menina fica estática e só escuta os gritos da arquibancada.
– Corre Eva corre ! – era a sua família.
– Regina !!! Corre !!! – o treinador também gritava.
A menina começa a correr.
– Não, não ! Pra esse lado não ! Para o outro – o técnico está em panico.
Eva corre, a defesa tenta correr atrás de Eva para elimina-la, a bola foi passando de base em base, e quando chega em Eva a menina se joga na ultima base, a poeira levantou, e por um dedo, na verdade o dedo indicador de Eva, a escola da menina levou a taça para casa. A arquibancada tremeu de tanta alegria, Cora era a mais empolgada.
– Aehh !!! a minha filha salvou o jogo ! – Henry gritava para a câmera.
Ali só foi festa, os professores a diretora e o técnico festejaram, Belle correu e desceu a arquibancada e correu para os braços da irmã, Eva se jogou no chão, a irmã casula pulou em cima da menina.
– Parabéns ! – a menininha fala.
– Obrigada Belle – Eva a abraça.
– Vamos, é seu aniversario ! – a pequena puxa a irmã.
Ao chegar em casa...
– Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida – a família canta para Eva enquanto Cora coloca o bolo sobre a mesa.
– Faça um pedido Eva querida – a mulher beija a bochecha da filha.
– Que esse ano eu encontre alguém especial – ela assopra a vela.
– Tipo um namorado Evy ? – Graham pergunta e Henry aponta a câmera com cara feia para o filho.
– Não... um amigo – ela responde.
– Viu ! Ela não pensa nessas coisas – Henry fala para Graham.
– Vamos comer ! – Belle mete as maozinhas no bolo.
– Belle ! – Ruby, Jeff e Graham reclamam.
– Hum tá gostoso ! – a menina fala com a boca cheia de creme.
– Tá gostoso Belle ? – Eva pergunta.
– Muito – ela responde – tó – a menina coloca um pouco na boca da irmã.
– Hum – Eva ri.
– Vamos comer o bolo quase destruído – disse Cora.
– Meu bebê está ficando mais velha – Henry fala.
– Pai são só 15 anos, nada mais do que isso.
– É eu sei, daqui a cinco anos é 20, e quando der por fé você já saiu de casa.
– Henry não enlouquece – Cora responde.
E naquela tarde, a família comeu o bolo, mais tarde Eva teve uma pequena discussão com os pais e saiu de casa, Cora ficou louca procurando a filha.
Fale com o autor