I'll Always Come For You
Flores no vaso
Duas Ambulâncias tocavam as sirenes enquanto corriam pelas ruas de Miami.
– Andem logo ! Estamos perdendo tempo ! – Gritava Gabriel.
– O Transito, está muito intenso.
– Droga ! – ele desce da ambulância e pede passagem.
Os paramédicos faziam o que podiam para tentar estancar o sangue que não parava de jorrar. Mascaras de oxigênio, fios em toda parte, pessoas gritando dentro da ambulância.
– Me passa a tesoura ! – gritou Shay.
– Aqui – Downson entrega para a colega enquanto cuida de um dos feridos – – Quanto tempo mais ? – ela pergunta para o motorista.
– 5 minutos ! – respondeu Peter Mills.
– Vamos, Vamos ! – Gabriel voltou para ambulância e Peter acelerou – Como está ai atras ?
– Os dois vão precisar de cirurgia – Downson respondeu.
– Alguém ligue para as famílias – Shay mandou.
Gabriel precisou ligar para Eva, pois era a única que ele conhecia mais próxima de Ruby, a morena perdeu o chão, e ao contar para Cora viu sua mãe perder as forças e desmaiar. A ambulância chega no hospital mais próximo. Gabriel desceu do transporte. As duas macas estavam sendo arrastadas com toda velocidade para dentro do hospital.
– Nome ? – Perguntou Lexie.
– Ruby Lucas, Vinte e sete anos aproximadamente, vitima de balas.
Ruby foi a primeira a ir para a sala de cirurgia. Logo depois foi Kenan.
– Nome ? – Jackson entrega prancheta para uma enfermeira.
– Kenan Winter, Vinte e cinco anos, vitima de balas. – Gabriel responde.
– Você espera aqui – Jackson barrou Gabriel – não pode entrar – e ele leva Kenan para a cirurgia.
Ruby já estava desacordada, eles correram, a moça perdeu muito sangue, cortaram, a camiseta dela com a tesoura, tiraram a sua roupa, a esterilizaram, colocaram uma touca em sua cabeça, dois pedaços de fitas em seus olhos, e um tubo para respiração em sua boca. Fizeram o mesmo com Kenan. A família de Ruby chegou no hospital a moça ainda estava na operação, Kenan só tinha a sua avó, a senhora foi amparada por Gabriel. Dentro das salas estava muito movimentado, os médicos estavam fazendo o possível, cerca de quatro horas e meia depois os médicos não tinham boas noticias. Jackson e Lexie foram até a recepção onde os familiares estavam.
– Familiares das vitimas do tiroteio – disse Lexie.
Todos levantaram.
– Conseguimos retirar as balas... dos dois – disse Lexie.
– Mas... – Jackson odiou dar a má noticia – Uma das vitimas... não aguentou e chegou ao óbito.
Gabriel colocou a não no rosto, Cora começou a chorar, Henry precisou abraça-la muito forte, Eva enterrou a cabeça no peito de David. Belle não pode acreditar no que escutou. A avó de Kenan levou a mão ao peito.
– Quem... quem morreu – Graham precisou perguntar, Serena por ser baixa deu um grande apoio ao corpo do namorado.
– A vitima teve traumatismo craniano, devido a pancadas que levou a cabeça, o policial Kenan Winter... faleceu hoje as 16:25.
A avó de Kenan se desesperou, Gabriel tentou segura-la.
– Não, não, não o meu neto não ! Por favor deve ser um engano, o Kenan não por favor ! Gabriel faz alguma coisa, não pode ter sido o Kenan, Gabriel o meu menino não !!! – ela gritava e chorava ao mesmo tempo.
Jefferson ajudou Gabriel a colocar na cadeira, Cora ainda estava abalada, ela perguntou para Lexie como ela estava. A Dra. Respondeu que agora ela ficaria na observação, mas que a bala já foi retirada. Minutos depois, Sanchez chega no hospital.
– Vim o mais rápido que pude, Aron morreu, um amenos – ele não sabia da morte do colega de trabalho.
– Bom, porque o Kenan também ! – Gabriel saiu da recepção e foi para fora.
Sanchez tirou a touca que usava e se sentou no banco. Vaughn volta para o escritório, vai até a mesa do chefe.
– Gabriel, acabei de receber a noticia...
Gabriel não fala nada, apenas tira o colete aprova de balas e o distintivo de detetive, e coloca na mesa do chefe, juntamente com a arma.
– Eu me demito ! – ele dá as costas.
– Não pode fazer isso.
– O que não posso é continuar aqui, Você manda homens para as ruas para morrem enquanto fica aqui com a bunda na cadeira comendo essas porras de rosquinhas e dando ordens, um irmão meu morreu hoje, e uma moça de vinte e sete anos ficou gravemente ferida, eu não quero ver pessoas morrerem na minha frente, não mais – ele sai do escritório, vai até o vestiário, pega uma mala e vai embora do edifício.
Gabriel foi ao funeral do amigo, metade do batalhão foi, Kenan foi enterrado com o uniforme da policia, sobre o caixão a bandeira dos U.S.A, ele ajudou a carregar o caixão até o tumulo, ficou lá até a chuva começar a cair, depois de muitas horas ele foi embora.
Dois meses depois, ele já estava no hospital novamente, na verdade ele tem feito isso desde o enterro do amigo. Todos os dias leva flores para Ruby, mas sempre a pegava dormindo, ele não ficava lá por muito tempo, apenas trocava as flores do vaso, ficava uns dez minutos e ia embora, mas neste dia ele encontrou Eva. A morena estava sentada na poltrona lendo uma revista qualquer enquanto Ruby dormia, Gabriel foi abrindo a porta e indo diretamente no vaso sem perceber a presença de Eva.
– Olá – disse a morena.
– Oh, não sabia que tinha alguém aqui, me desculpe.
– Tudo bem, então é você que trás flores para ela todas as manhãs...
– Espero que não se importe.
– De forma alguma. Como está depois de... você sabe...
– Indo, não é fácil perder alguém da corporação.
– Ele era muito querido, não é mesmo ?
– Ele era quase um irmão, meu irmão negro.
– Meus sentimentos...
– Obrigado, mas como ela está ?
– Está melhorando. Olha eu preciso ir ao banheiro, tem como você ficar aqui, só por alguns minutos ? – Eva se levanta da poltrona.
– Claro – Gabriel deixa Eva sair do quarto para poder sentar na poltrona.
Ruby acaba acordando, ela vê Gabriel folhando a revista de Eva.
– Olha quem eu encontrei...
– Olha quem acordou.
– O que faz aqui detetive preguiça ?
– Me certificando de que você não vai se meter em outra encrenca missa patricinha – ele sorri – Como se sente ?
– Dolorida.
– Não seja dramática... o tiro foi de raspão – ele brinca
– Aguento mais do que você – Ruby se lembra da noticia de Kenan – Soube que o agente Kenan faleceu, meus pêsames.
Gabriel olhou para Ruby com os olhos cheios de lagrimas, colocou sua cabeça na maca e deixou algumas lagrimas caírem, ele havia chorado antes, mas todas as vezes que se lembrava do amigo ele chorava, Ruby então colocou a mão sobre a cabeça de Gabriel e afagou seus cabelos, por algum motive ver Gabriel chorar a deixou com mais dor que a ferida da bala. Eva que quase abriu a porta viu o momento e deu dois passos para trás, bem rápido.
– Momento intimo !
Depois de alguns minutos, Gabriel saiu do quarto, Eva já tinha entrado. E como era de lei atormentar a irmã, ela seguiu o protocolo.
– Acho que já tá melhor, né Ruby ?
– Por que fala isso ?
– Esses sorrisos todos ? Tá sendo melhor do que a anestesia, né ?
– Vai começar – disse Ruby.
– A qual é você tá caidinha por ele.
– Não estou nada. E pode parar com isso.
– Tá bom... você não está caidinha... você está um penhasco por ele.
– Pára, Eva !
– Para com o que ? – perguntou Belle ao chegar.
– Ruby tem um crush pelo detetive bonitão.
– Mentira ! – Belle abre a boca e levanta a sobrancelha direita.
– Não tenho nada. Pára, Regina !
– E é ele quem trás as flores para ela, Belle – disse Eva.
– Hum... mais um das forças armadas para a nossa família.
– Ai gente, pelo amor de Deus – Ruby revira os olhos.
– Já venho, preciso ir ao banheiro – disse Eva.
– De novo ?
– Agora deu pra vigiar meu sistema urinário, foi ?
– Você foi à 5 minutos atrás, Eva.
– Me deixa ô apaixonada – Regina cassoa da irmã.
Depois que Eva foi ao banheiro, Belle contou as novidades, mas não todas, Emma e Hook conseguiram que a policia pegassem Robert, estariam de volta a Miami, mas pediram segredo, queriam fazer uma surpresa para a jovem n hospital. E ela teve a tarefa de contar sobre a morte de Aron.
– Belle, eu queria perguntar uma coisa para você...
– Pergunte.
– Prometa que não vai fugir do assunto.
– Claro. O que é ?
– Como está o Aron ?
Belle não sabia como contar aquilo para ela, mesmo Ruby odiando o ex-namorado Belle achou que ela não iria receber a noticia de sua morte muito bem.
– Ruby... é – ela coça a testa.
– Pode me contar.
– O Aron, ele... bom houveram duas mortes naquele dia... uma do agente Kenan e outra do...
– Aron – Ruby completou.
– Isso. Eu sinto muito.
Ruby ficou em silêncio, Belle pegou em sua mão.
– Tudo bem se você chorar, mesmo ele sendo um canalha foi seu namorado.
– Não é que... ele devia ter morrido sozinho, o agente Kenan não tinha nada com isso tudo. Belle quando eu sair daqui eu quero visitar o tumulo do Kenan.
– bem, nós vamos. Eu levo você.
E as semanas de Ruby seguiram assim, Gabriel ia visita-la todas as manhãs, Eva também ia e tirava sarro da cara de Ruby, Emma e Hook fizeram a surpresa para a moça, e a vida parecia estar voltando ao normal, mas a família Zambrano sempre tirava essa impressão, sempre.
Fale com o autor