I'll Always Come For You
Divórcio
E mais alguns dias se passaram, a carta de David chegou até Eva, a morena leu e ficou chateada com David.
– Quer dizer, além de nós dois estramos separados, ele me manda uma carta dessas com tamanha ignorância, eu exponho meus sentimentos para ele e é assim que ele me trata ! – ela dizia enquanto andava de um lado para o outro no meio da sala do apartamento.
– Evy, ele foi tão sincero quanto você – disse Jack, que estava sentada no sofá acompanhando a amiga com a cabeça.
– Está do lado dele ?
– Sim, Eva estou, porque você diz que está sofrendo e tudo, beleza eu entendo, mas e ele ? Já parou para pensar que ele deixou duas pessoas muito importantes ? Ele tá só exército, zona de guerra, Regina, a qualquer momento ele pode morrer, acha que ele quer estar ali ? Ele fez errado em t se inscrever no exército, mas você sabe por qual motivo ele fez aquilo, ele tentou não r, mas não teve escolha, você dorme e acorda segura, na sua cama no seu apartamento e longe de tiros ou bombas, ele dorme no meio de um caos, tiros, bombas, pessoas morrendo, ele dorme e acorda com barulho de alarmes de bombas, se é que ele consegue dormir, todo dia ele trava uma guerra pela sobrevivência, e a única coisa que ele quer de você é um pouco de amor e compreensão, ele sabe que você está viva e segura, sabe que não corre risco de morrer, e você ? Sabe se ele vai estar vivo no fim do dia ? – Jack defendeu David muito bem.
Eva não soube o que responder, as palavras de Jack não foram exatamente as que ela queria escutar, ela então pega o casaco e sai para caminhar na orla da praia, já era noite mas tinha bastante pessoas na praia, parecia que estava acontecendo um show beneficente na praia.
– Ninguém parece me entender, sei que é para o David é mil vezes pior do que para mim, mas tudo o que eu queria agora era alguém para poder abraçar e chorar – ela fala enquanto caminha de cabeça baixa.
– Você pode me usar para isso – disse Matthew que estava bem atrás de Eva.
– Matt... oi – disse ela sem jeito – o que faz aqui ? Achei que já tinha ido embora.
– Pois é, mas ouve mudanças nos meus planos, e aqui estou – ele solta o melhor sorriso – o que você tem, está triste.
– Estou bem.
– Hm, não foi bem essa frase que escutei a dois segundos atrás – disse Matthew – Achei que fossemos amigos.
– E somos, é que..
Eva precisava desabafar com alguém de fora, porque até mesmo Jack já estava por dentro de tudo, ela então contou a ele sobre a carta que enviou para David e a que recebeu.
– Uau – disse Matt – a situação é um pouco mais complicada.
– Eu sei, acha que estou errada também ? – perguntou Eva.
– De jeito nenhum, quer dizer, você sabe que ele está correndo perigo, mas tudo o que você quer é alguém que te entenda e esteja do seu lado.
– Exatamente, mas tudo o que eles pensam é que sou egoísta e só penso em mim mesma.
– Não é egoísmo, você só precisa de alguém para passar o tempo e tentar lembrar o quando a vida é boa.
– Isso – ela exclama usando o dedo indicador – caramba parece que você é o único que me entende.
Matthew dá de ombros e sorri.
– Vem, vamos comer alguma coisa – disse ele.
– Ah, não eu preciso voltar para casa.
– É sempre assim você sempre precisa voltar para casa, até parece que está fugindo de mim.
– Eu ? Magina é que...
– Então vem comigo – ele estende a mão.
– Ah por que não ? – Eva segura na mão de Matthew ele a leva até uma lanchonete que estava aberta por causa da festa.
Matthew com toda a certeza não iria perder a oportunidade de fazer a caveira de David e tenta ficar com Eva, mas ele só não contou com a presença da mãe de Jack. Os casal de amigos estavam comendo e batendo o maior papo, tudo parecia perfeito.
– Então ele disse é Troy Zambrano Nolan – disse Eva rindo.
– Caramba esse menino é muito esperto, eu diria que é você em vida se ele não fosse adotado – Matthew riu.
– Eu sei, quer dizer, ele é muito esperto, e briguento, ele vive brigando com a Jack pelo banheiro – ela dá um gole em sua água-de-coco, uma das mechas do cabelo de Eva se solta a orelha e acaba caindo em seu olho. Matthew a colocou para trás, Eva o olhou de forma pasma.
– O que ? Tenho agonia de ver cabelo nos olhos – ele disse rindo.
– Não é que, obrigada por ser um bom amigo e me aguentar esta noite, Matthew – ela abraça ele e quando se soltam os rostos ficam ligeiramente perto demais.
– Eva ? – chamou Madeleine.
– Mady ? Oi o que faz aqui ? – perguntou Eva quebrando o contato.
– O show, ele faz parte do marketing da boate, eu que promovi, cadê a Jack ? Ela está aqui ?
– Não, tá em casa, esperando você.
– É eu sei, só vim dar uma ultima olhada, vou para lá, antes que o Javier me encontre aqui. Jack me fez prometer ficar longe ele – ela faz careta.
– Ah... lembra do Matthew ? – ela aponta para o amigo.
– Lembro, como vai ? – Madeleine dá um aperto de mão.
– Vou bem, é você ?
– Bem melhor agora, bom, eu preciso ir, tchau Evy.
– Tchau, te vejo em casa.
Depois de Madeleine ter conseguido cortar o clima, Matthew então chamou Eva para uma caminhada na praia mas precisou mudar de planos quando o celular tocou, ele precisava voltar para o apartamento e enviar um e-mail importante para o cansas, Eva então voltou para casa, pegou uma muda de roupa.
– Onde vai ? – perguntou Jack parada na porta do quarto de Eva.
– Para a casa dos meus pais – ela coloca a roupa dentro da mochila.
– E vai me deixar aqui sozinha ?
– Você vai estar com a sua mãe, e depois precisam passar um tempo a sós.
Eva pegou o carro e foi para a casa dos pais, Troy estava passando um bom tempo lá, já que no apartamento de Jack ele não teria muito o que fazer, e a ultima coisa que Eva queria era ver seu filho depressivo por passar a maior parte do tempo sozinho. Ao chegar lá ela guarda o carro, vai até o quarto de Ruby e se deita na cama com a irmã.
– Está tudo bem ? – perguntou Ruby ao se arrumar na cama.
– Sim, só um pouco cansada. Apaga a luz.
Ruby dá de ombros então apaga a luz. No dia seguinte, a morena acordou com um certo bebezinho fazendo barulho no quarto de Ruby.
– Charlie ? – ela coça os olhos – como... – Eva olha para a porta e v~e que está escancarada e Ruby já não estava mais na cama – Ok... – ela se levanta, vai até o banheiro faz a higiene matinal, pega a menina e vai até a cozinha.
– Bom dia – disse Elsa.
– Olá – disse Eva com um sorriso.
– Bom dia – disse Zelena com aquele incrível e amável sotaque ao entrar na cozinha.
– Ui, invasão britânica ! Se salve Charlie ! – Eva brinca com a menina
– O que faz aqui, Evy ? – perguntou Elsa.
– Vim infernizar a vida da Zelena – ela olha para a prima e dá língua – não sério, vim ver a família, faz um tempo já que eu não durmo aqui.
– Bom dia – disse Jeff entrando sem camiseta e pegando uma tigela no armário – bom dia princesa – ele sorri.
– Ai, obrigada – disse Eva.
– To falando com a Charlie.
– Grosso – disse Eva.
Aos poucos a família foi se chegando e a cozinha ficando apertada demais para tantas pessoas, Cora então decidiu levar o café da manhã até a grande mesa onde comemoraram o natal.
– Então Graham, quando Serena ira aparecer aqui em casa ? – perguntou Cora.
– Ela vem amanhã, mãe, nós vamos comprar o berço amanhã – disse Graham tomando café.
– E a mãe da Charlotte, Jefferson, como está a sua situação ? – perguntou Henry.
– Eu não sei, ela ainda não me disse o que quer, estou com medo, e se ela quiser tirar a Charlie de mim ?
– Isso não vai acontecer, porque eu e sua mãe vamos colocar os melhores advogados para trabalhar neste caso – disse Henry.
– E eu estou estudando algumas propostas para fazer para ela, Jeff, não precisa ficar com medo não, ninguém vai levar a minha sobrinha – disse Graham passando a mão na cabeça de Jeff.
– E você Zel ? Já achou alguma faculdade por aqui ? – perguntou Cora.
– Sim, mas primeiro vou arrumar um emprego, quero pagar a faculdade, sem ofensas, mas vocês já fazem demais por mim.
– Meu deus, você é igual ao seu tio, cabeça dura – disse Cora – mas se você quer assim, tudo bem.
– Belle ? E você quando vai voltar para essa casa ? – perguntou Henry.
– Agora que estou provando a minha liberdade ? – provou a casula.
– Não gostei do que você disse, Belle – disse Henry.
– É brincadeira, papai. Me dê mais algum tempo – ela sorri.
– Ruby ? E você ? Vai ficar em casa ou fazer a faculdade na irlanda ? – perguntou Cora.
– Por enquanto estou trabalhando como estagiaria na rádio da Jack, mas pretendo fazer a faculdade sim, mamãe.
– Ok, você sabe da minha posição enquanto a isso. Evy ? Tem alguma coisa a dizer ?
– Não, to na mesma, recebo cartas do David, ele está bem, meu emprego é legal e quero matar o meu chefe, o de sempre – ela não contou da carta em especial.
– Vai querer levar o Troy ? Daqui ele não sai – disse Henry.
– Não ele gosta daqui, pelo menos tem a Charlie para brincar.
Depois de um tempo conversando na mesa, a família foi para a sala, onde fizeram uma aposta, quanto tempo Charlie levaria para chegar até a escada e voltar.
– Vamos lá, aposto 10 dólares em 5 minutos e com pequenas quedas de bumbum até lá – Graham joga o dinheiro na mesinha.
– To com o Graham – Ruby tira o dinheiro do bolso.
– Não, Charlie é esperta, ela vai é engatinhar até la – disse Cora.
– Também acho mamãe – Eva dá o dinheiro.
Todos apostaram.
– Preparados ? – perguntou Jeff segurando Charlie – então, é um, dois três e já – ele solta a filha.
– Vai Charlie – disse Graham – tio Graham apostou em você.
A distancia não era muito grande, mas a pequena Charlie ainda não sabia andar direito, o que ocasionou uma grande aflição em todos, Cora grudou no colarinho de Jefferson, Eva se ajoelhou, Belle estava com o cronometro na mão. Elsa fez a aposta também, estava em pânico, Zelena estava com medo da pequena cair, só faltou pegar a menina pela mão e a levar até a escada salva.
– Três minutos – disse Belle.
– Ela vai estourar o tempo, eu disse, ganhei – Henry cantou vitoria.
– Ô, ô, ô – Graham aponta para Charlie que quase perdeu o equilíbrio – ela vai cair, ela vai cair, ela tem que cair !.
– Ai cuidado amor – disse Zelena para Charlie.
A menina começa a voltar para os braços do pai, mas parou no meio do caminho.
– Charlie... anda – disse Jeff.
A menina encarou todos que estavam perto de seu pai, ela começa a rir.
– O que ela tem ? – perguntou Elsa.
– Quatro minutos ! – anunciou Belle.
– Charlotte comece a andar, agora ! – disse Cora.
– Fica parada, amor – disse Henry.
– O tempo vai acabar ! – Belle grita – E... ACABOU ! Papai ganhou a aposta !.
– Isso !
– Ah, Charlie ! – disse Evy.
A campainha toca, não era a melhor visita que os Zambranos esperavam. Cora abriu a porta com um grande sorriso mas quando viu quem era o sorriso sumiu.
– Oi, Jordan, entre – ela dá espaço.
– Estou com os papeis – disse o homem ao entrar.
– Claro, vamos até o sofá. – Cora leva o homem até o sofá.
Enquanto ele retira os papeis, os filhos de Cora olham com a cara de que querem perguntar ou respostas.
– Meninos esse é o Jordan, o advogado de divorcio – disse Henry.
– Então vai mesmo rolar ? – perguntou Graham. Cora assente.
– Será que vocês poderiam, nos dar licença ? – perguntou Cora.
– Queremos ficar, se vai acontecer, tem que ser na nossa frente, mãe – disse Eva.
– Tudo bem – Cora se senta perto de Jordan. Henry também se sentou.
Belle que estava do lado de Graham começou a chorar em silencio, ele então a puxou para um abraço. Jefferson segurou na cintura de Eva, a morena a abraçou, Ruby sentiu a mão de Elsa em seu ombro, logo depois Zelena chegou e abraçou as outras duas.
– Eu preciso que assine, aqui – Jordan entrega caneta para Cora.
Cora pega a caneta e assina, era a vez de Henry.
– Assine aqui, por favor – indicou Jordan.
Henry assinou os papéis. Agora ele e Cora estavam divorciados.
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