Quando pensamos que não tem como piorar........

Anna On

Eu não sabia o que fazer.Eu continuava ali,naquele chão,de joelhos e chorando como nunca havia chorado na vida.Até que olho com mais atenção,em volta,e percebo que estou...na sala de espera do hospital?E do mesmo jeito que eu estava:Abraçada ao Phillip,sentada ao lado dele,com a cabeça escorada em seu ombro.Será que tudo não passou de um pesadelo?Ou será que eu imaginei tudo?Bom,o fato é que o meu coração continuava acelerado.Passo a mão no rosto e percebo que estou suando.Sinto alguém me cutucando.

-Hey,linda,estou falando com você. – diz Phillip,me cutucando,do mesmo jeito que ele fez,no pesadelo.

Então,eu me sinto como se estivesse num tipo de déjavu,ou em algum tipo de premonição.

-Ah,oi,o que foi? – pergunto,meio desorientada.

-Quer que eu pegue um copo d’água pra você?Você não parece bem. – diz ele,com a mesma cara de preocupado do pesadelo.

-Pode ser. – respondo,sem pensar direito.

Então,ele se levanta e vai buscar o copo d’água pra mim.Logo depois,o mesmo médico que aparece no pesadelo,acaba de entrar na sala de espera.Então,eu começo à tremer.

-Olá,eu sou o doutor... – o interrompo.

-Eduardo.É,eu sei.Como ela está?

Todos na sala me olham como se eu fosse louca.

-Você é a irmã da paciente Josyane Silva?

-Sim.Como ela está? – pergunto,perdendo a paciência.

-Bom,gostaria de adiantar que o nosso esforço foi máximo.Bom,fizemos a cirurgia para tentar... – o interrompo mais uma vez.

-Conter as hemorragias internas que a paciente Josyane Silva sofreu,aí,você vai dizer que conseguiram conter as hemorragias,mas que ela teve algumas complicações durante a cirurgia,como insuficiência respiratória,taquicardia...Aí você vai dizer que fizeram tudo o que podiam,mas que infelizmente,ela não resistiu! – termino,aos prantos.

Todos me olham assustados,inclusive o doutor.

-Vamos!Diga pra mim que eu estou errada...que não é isso! – digo,chorando e socando o peito do doutor.

Então,eu sinto alguém me afastando do doutor.Olho pra trás e vejo que é o David.

-Se acalme,senhorita Silva. – diz o doutor.

Mas eu continuo agitada.

-Hey,o que houve?Por que você está dizendo essas coisas? – pergunta Demi.

-Eu vi,Dems!Tudo o que aconteceu aqui,eu vi antes! – digo.

-Como assim,Anna?Isso não faz sentido. – diz Demi.

Respiro fundo,pois sei que ela não vai acreditar em mim mesmo.Tento me acalmar e deixo o doutor terminar de falar,na esperança de que o final seja diferente.

-Bom,como eu ia dizendo,fizemos a cirurgia para tentar conter as hemorragias que a paciente Josyane Silva sofreu.Conseguimos conter as hemorragias. – diz o doutor.

Todos me olham como se perguntassem “Como você sabia?”.

-A paciente teve algumas complicações durante a cirurgia... – não o deixo terminar.

-Cala a boca!Eu não quero ouvir mais nada! – grito,me afastando.

-Anna,calma,deixa o doutor terminar de falar. – diz Phillip,calmo,se aproximando de mim.

Eu não digo nada,apenas me afasto dele e vou na direção dos corredores do hospital e começo à correr e chorar...até que percebo que estou diante da porta da sala em que a Branca está...isso só pode ser alguma brincadeira do destino comigo.Fico na dúvida entre entrar ou ir embora dali.Escolho a primeira opção.E então,a visão que eu tenho é a mesma:O corpo enfaixado sobre a cama,o bip contínuo...tudo.Então,eu vou até o corpo dela e faço a mesma coisa.

-Por favor,de novo não! – grito,chorando descontroladamente.

De repente,sinto alguém me puxando...olho e vejo que são os enfermeiros,tentando me tirar da sala.Percebo que o pessoal vem logo atrás.

-Senhorita,você não pode ficar aqui. – diz,a enfermeira.

-Hey,soltem ela! – diz Phillip.

-Por favor,gente,vocês tem que sair daqui. – diz o outro enfermeiro.

Eles continuavam me puxando,mas eu lutava contra eles,para permanecer na sala.Consigo me soltar deles,então,vou até o corpo da Branca e digo:

-Best,se você voltar à vida,eu prometo que eu nunca mais vou duvidar da sua palavra,e além disso,nem que seja a última coisa que eu faça na vida,mas eu vou fazer a pessoa que fez isso com você,pagar por tudo!Eu prometo isso também à você,mas por favor,volta! – termino,com a voz bastante embargada,pelo choro.

Assim que acabo de falar,os seguranças me puxam pra fora da sala,mas eu continuava lutando contra eles.David me ajudava,enquanto os outros resolviam a situação.Quando eu estava prestes à sair à força da sala,ouvimos um bip...depois outro bip,e então vários bips seguidos.Então,eu sorrio,o maior sorriso possível e abraço o David,que me abraça de volta com os olhos cheios d’água.A minha Best está viva.

-Não é possível. – diz o doutor Eduardo,de boca aberta.

-Obrigada,meu Deus! – digo,ajoelhada.

Então,todos vem me abraçar:Demi,Ster,Phillip,Sel e Tay.

-Isso é impossível! – exclama,o doutor Eduardo,ainda sem acreditar.

-Você se esqueceu que para Deus,NADA é impossível! – diz Ster.

E eu continuava ali,no chão,chorando...mas dessa vez,de alegria.A minha emoção era tanta,que eu não conseguia me levantar do chão,mas com a ajuda dos meus amigos,eu consegui.Quando fui na direção da Branca,para vê-la melhor,alguém me impediu.

-Não,por favor,senhorita Silva,você e seus amigos vão ter que sair. – diz o Dr. Edu.

-Mas eu preciso vê-la! – digo,com os olhos suplicando.

-Senhorita Silva,nós estamos na UTI ainda,ou seja,vocês não vão poder vê-la agora. – diz o Dr.

-Então,quando poderemos vê-la? – pergunta David.

-Bom,teremos que refazer todos os exames,depois,dependendo dos resultados,levamos ela para um quarto,aí sim,ela poderá receber visitas. – explica o Dr. Edu.

-E em quanto tempo,esses exames estarão prontos? – pergunta Demi.

-Bom,como eu não quero que se repita o que aconteceu aqui,quase agora,eu vou refazer os exames duas vezes,e se os resultados forem iguais,imagino eu,que pela manhã,ou à tarde,eles estarão prontos. – explica o Dr.

Olho o relógio:Ainda eram 00:10 hrs.

-Bem,agora,se me dão licença,eu preciso refazer alguns exames,e vocês não vão poder ficar aqui. – diz ele.

-Tudo bem...vamos gente. – digo.

E então,voltamos para a sala de espera.Eu,extasiada pelo o que eu vivi momentos atrás:Primeiro,o pesadelo/premonição que tive,que por um momento,pensei ser real.Depois,os déjavus,que confesso,me assustaram.Em seguida,depois de todos pensarem que a Branca estava morta – e ela realmente estava – ela volta à vida,surpreendendo à todos,menos à mim,porque eu tinha fé e esperança que ela iria voltar.E ela voltou.O cansaço começou à me atingir...já começava à bocejar sem parar,afinal,saímos do colégio, e viemos direto para cá,praticamente.

-Nossa,eu não to acreditando ainda...é bom demais para ser verdade! – diz o Ster.

-É mesmo...isso parece um sonho. – diz David.

-Mas graças à Deus,não é um sonho,e sim,realidade. – diz Sel.

Todos estavam muito felizes e eu também,mas um coisa que não saía da minha cabeça,era a segunda promessa que eu fiz à minha Best,antes de ela voltar à vida:”Nem que seja a última coisa que eu faça na vida,mas eu vou fazer a pessoa que fez isso com você,pagar por tudo!Eu prometo isso também à você,mas por favor,volta!”.E como se ela tivesse ouvido o que eu prometi,ela voltou.E a única coisa que eu sei,é que eu vou cumprir essa promessa,nem que seja a última coisa que faça na vida!

Anna Off

Demi On

Eu estava bastante feliz,mas também estava exausta!O dia foi bastante agitado hoje,além do mas,já está tarde e amanhã/hoje tem aula.Mas apesar de tudo,eu não queria ir embora.

-Acho que alguém está precisando de um descanso,você não acha? – pergunta Ster,depois de me ver bocejar.

Eu apenas sorrio.

-Não quero ir...quero ficar até pelo menos sair o resultado dos exames e ela poder receber visitas. – digo.

-É,mas amanhã...quero dizer,hoje tem aula,além do mas,tenho certeza que a Anna vai ficar aí,e qualquer coisa,ela nos avisa. – diz Ster,calmamente.

Olhei para a Anna:Ela estava conversando com os outros,feliz da vida.É,com certeza ela não vai embora.Até que um descanso cairia bem...

-De qualquer jeito,acho que não vou conseguir dormir. – digo.

-Ué,por que? –pergunta ele.

-Por causa da ansiedade de ver a Branca. – respondo.

-Atá...eu também não queria dormir,mas,fazer o que?Eu tenho que ir...mais tarde tem aula. – diz Ster. – Tem certeza que não quer ir?

Pensei um pouco...

-Calma aí,Ster...espera um pouco. – já indo em direção à Anna.

Toco o ombro dela,pra que ela olhe pra mim.

-Ah,oi Dems,fala. – diz ela,se virando pra mim.

-Érr...Anninha,você vai ficar chateada se eu for embora agora?É que daqui à algumas horas tem aula...fora que eu estou exausta! – digo.

-Claro que não,Dems.Pode ir...é bom,que eu pego a matéria com você depois.

-Tá bom,então... – digo e dou um beijo no rosto dela – vou indo com o Ster...tchau,fica com Deus.

-Tchau,Dems...vão com Deus! – diz Anna.

Fui até o Ster.

-Vamos? – pergunto.

-Dems,espera um minutinho aqui,vou ver se mais alguém vai querer ir. – diz Ster.

-Tá bom.

Um minuto depois,ele volta.

-Bom,apenas Selena e Taylor vão voltar com a gente,ou seja,meu irmão,o David e a Anna vão ficar. – diz ele.

-Então,tá...espera:Mas a Tay não veio com o carro dela? – pergunto,confusa.

-Aé...ela disse que o carro dela está no limite de combustível e que não dá nem pra chegar no posto mais próximo. – responde Ster.

-Atá...então tá certo.

Selena e Tay se despedem dos outros e eu e o Ster também.

-Bom,vamos,gente?To exausta! – digo.

-Vamos. – respondem Sel,Ster e Tay.

Dentro do carro...

Resolvo perguntar:

-Meninas,vocês querem dormir lá em casa?

-Não,Dems,obrigada,não precisa. – responde Sel,calma.

-Tem certeza? – pergunto.

-Tenho sim.

-E você,Ster,quer dormir lá em casa? – percebo o olhar das meninas,então,explico o porque – Quero dizer,para irmos juntos ao colégio amanhã,além do mas,a sua casa fica um pouco longe.

-Bom,se não for incômodo... – diz ele.

Sorrio.

-Incômodo nenhum,Ster. – digo.

-Tá bom,então...eu aceito.

Então,deixei as meninas na casa da Sel e 10 minutos depois,eu já estava em casa.

-Enfim,em casa! – digo,abrindo a porta e dando espaço para o Ster entrar...mas ele não entrou... – Entra,Ster.

-Acho melhor eu ir embora. – diz ele.

-Ué,por que? – pergunto,confusa.

-Eu não quero estragar tudo. – responde tudo.

-“Tudo” o que? – pergunto,mais confusa ainda.

Ster começa à esfregar uma mão na outra,nervoso.Então,ele vem até mim,coloca a mão na minha nuca e me beija...um beijo suave,que eu logo correspondo,aprofundando o beijo.O beijo estava esquentando cada vez mais,então,o Ster vai em empurrando pra dentro de casa,fecha a porta com os pés,mas quando ele me deitou no sofá,eu despertei e quebrei o beijo.

-Ster,é melhor a gente parar. – digo,ofegante.

-Oh,Dems,me desculpe,e-eu...eu não devia ter feito isso...me perdoa. – diz ele,sem-graça.

-Não,tá tudo bem...é que...ainda tá muito recente a minha separação e tal...

-Eu sei,eu fui um idiota!Eu sabia que eu ia estragar tudo! – diz ele.

-Como assim,estragou tudo?Você não estragou nada. – digo,me sentando e ele faz o mesmo.

-Estraguei sim...eu não devia ter feito isso. – diz ele,com a cabeça baixa.

-Hey – levanto o queixo dele – Eu correspondi ao beijo,lembra?Então,não há culpados aqui. – digo,sorrindo.

Ele sorri também.

-Bom,vamos subir,que eu vou te mostrar o quarto em que você vai ficar. – digo,me levantando do sofá,mas Ster nem se move. – Hey,tá esperando o que?

-Acho melhor eu ir embora. – diz ele,triste.

-Não.Por que?Por causa de um beijo?

-Olha,Demi,pra você,pode não ter significado nada,mas pra mim,significou muito...Você significa muito. – diz ele,olhando nos meus olhos.

Fiquei sem-graça,desviei o olhar.

-Bom,vou indo. – diz ele,se levantando,e indo até a porta.

Mas eu sou mais rápida (Demi?Rápida?Tá estranho,né?rs) que ele,e fico na frente da porta,o impedindo de sair.

-Não,Ster,não vai embora.Olha,vamos esquecer esse beijo,tá?

-Não,Demi...eu não vou conseguir esquecer...e nem quero. – diz ele.

De repente,eu comecei à ficar zonza...acho que é o sono...ou será que é porque estamos próximos demais?

-Então,não esquece... – digo,chegando mais perto.

-Dems,é melhor você parar onde tá,senão eu não respondo por mim. – diz ele,de olhos fechados.

Eu achei a visão fofa.Resolvi provocá-lo.

-Não se aproximar,como?Assim? – digo,dando mais um passo na direção dele.

Ele então,me puxou pela cintura,com firmeza,fazendo os nossos corpos colidirem.Ficamos nos olhando,pelo que pareceu uma eternidade...conseguia sentir a sua respiração no meu rosto,e com certeza,ele conseguia sentir a minha também.Senti que iria enlouquecer,até que não espero nem mais um segundo,puxo ele pela nuca,e o beijo,um beijo intenso,voraz,com sentimento,que ele correspondeu na mesma intensidade.A culpa disso dessa vez,foi minha...brinquei com fogo,e acabei me queimando...mas quem disse que eu não queria me queimar?Nos separamos,em busca de ar.

-Fica. – peço,de olhos fechados,segurando nos ombros dele.

-Agora,não posso mais.

-Por que?

-Porque eu sei que se eu dormir aqui,não vamos ficar só nos beijos...e eu nem sei o que nós temos...mas eu sei de uma coisa:Você é como o presente que a gente espera a nossa vida toda,pra ganhar,ou seja,é preciso esperar,porque de um jeito ou de outro,esse presente vai chegar e a gente sabe que tudo vai acontecer no tempo certo.

Tenho certeza que estou com os olhos cheios d’água bem agora.Que coisa mais linda que ele me disse!

-Nossa,obrigada,Ster...eu não sei nem o que dizer.

-Não precisa dizer nada...é como eu disse:Tudo acontece no tempo certo.Bom,eu vou indo...mais tarde eu passo aqui,pra te buscar,pra gente ir pro colégio,tá?

Eu sorri.Decidi não insistir,afinal,tudo vai acontecer no tempo certo.

-Tá ótimo. – digo.

-Então tá...tenha uma ótima noite e durma bem. – diz ele,e depois me dá um beijo no rosto.

-Você também. –digo,sorrindo.

O acompanho até a porta,espero ele pegar um táxi,e só depois,eu entro.Olho o relógio:01:00 hrs.É...vou tentar dormir.Mas vai ser difícil,se eu não consigo pensar em outra coisa além do beijo e no Ster.

Demi Off

Anna On

Acordo com uma dor no corpo todo,afinal,eu dormi escorada no Phillip,que estava sentado...David também dormiu sentado.Me espreguiço e ouço meus ossos estalarem,por causa da posição em que dormi.Olhei o relógio e me assustei:11:00 hrs.Assim que acordo,Phillip também acorda.

-Hey,bom dia. – diz ele,com a cara inchada...chegava à ser cômico.

-Bom dia. – digo,ainda meio sonolenta.

-Vamos na lanchonete,tomar alguma coisa? – pergunta ele.

-Ah,deixa pra depois,Phill...to sem fome. – digo.

-Como assim “sem fome”?Anna,você não comeu nada ontem o dia todo! – diz ele.

-É,mas to sem fome.

-Nada disso!A senhorita vai comigo à lanchonete,se alimentar,pra daqui à pouco,quando ver a sua amiga,ela não ficar brava com você,porque a senhorita não quis comer nada. – diz Phillip,me fazendo rir.

-Tá bom,seu chato...eu vou,mas antes,vamos avisar ao David que nós vamos lanchar e qualquer coisa,é pra ele nos ligar. – digo.

Fiquei com pena de acordar ele,mas tive que acordar.Avisamos à ele,fomos ao banheiro,fazer uma higiene matinal rápida,depois,descemos,para comermos alguma coisa.

Na lanchonete...

Pedimos nossos lanches e esperamos.

-Dormiu bem? – pergunta Phill.

-Dormi bem...mal. – respondo e ele ri – Na verdade,eu dormi pouco...a ansiedade era maior que o sono.

-Imagino...eu também não dormi quase nada. – diz ele.

Nossos lanches chegam.Agradecemos e começamos à comer.

-Mal vejo a hora de ver ela,falar com ela e acima de tudo,pedir desculpas,por não ter acreditado nela. – digo.

-Eu também acho que essa história está mal contada,até porque,quem conhece a Branca,sabe que ela não seria capaz de fazer uma coisa dessas com você...aliás,até quem não conhece,sabe,porque basta olhar pra vocês juntas,pra saber que é uma amizade verdadeira e leal,como é raro de se ver hoje em dia. – diz Phill.

Eu sorri.É exatamente assim que eu penso,mas por um instante eu me esqueci disso,e deu no que deu...

-Eu sei,por isso eu quero descobrir quem está por trás disso e quando eu descobrir,eu não vou ter dó nem piedade...eu vou acabar com a raça da pessoa. – digo,já sentindo o sangue ferver.

-Hey,vai com calma aí...a sua situação lá no colégio não está nada boa. – lembra Phillip.

-Eu sei,mas se essa pessoa pensou que iria mexer comigo e com a minha Best e não iria acontecer nada,rá,essa pessoa está totalmente enganada. – digo.

Ele apenas olha pra mim e ri.Meu celular toca.É o David,então,atendo.

-Fala David...agora?...to indo! – desligo,já me levantando.

-Hey,você nem comeu direito. – diz Phill.

-A minha amiga é mais importante que isso.Agora,vamos! – digo,já saindo e sendo acompanhada por ele.

Na sala de espera...

Vejo David conversando com o doutor Eduardo,então,corro até eles.

-Eaí,doutor,posso vê-la? – pergunto.

-Bom,antes,você não quer saber o resultado dos exames? – pergunta o Dr. Edu.

-Não. – respondo,sem pensar duas vezes.

-Senhorita,eu perguntei por educação.Você vai ter que ouvir o diagnóstico.

Então,eu reviro os olhos,entediada.

-Affs...tá legal,diz aí,qual foi o resultado? – pergunto.

-Bom,fizemos os exames e na maioria deles,o resultado foi normal.

Enquanto o Dr. Eduardo falava,eu dei uma espiadinha na prancheta que ele estava segurando e consegui ver o número do quarto em que a Branca está,então,saio de fininho,sem que o doutor perceba,já que ele estava tão focado no que dizia.Assim que chego no quarto,percebo que ela ainda está dormindo,então,só me sento ao lado da cama dela e fico esperando ela acordar,até que eu mesma,caio no sono.Um tempo depois,sou acordada por um som,parecido com gemidos.Quando olho pro lado,percebo que é ela que acabou de acordar.

-Best! – digo emocionada,a abraçando.

Ela geme de dor,então,eu me afasto um pouco.

-Desculpa,Best...por tudo!Principalmente por não ter acreditado em você. – começo,me sentindo mal,por tudo isso.

Olho pra ela,esperando uma resposta,até que olho pra ela e percebo que ela me olha com uma cara estranha.Então,ela diz:

-Mas,quem é você?

Continua.............................................................................................................................