–Quem é Max Filger? - Martim pergunta.

–Um produtor, assim como o Borotti - explico. - Só que esse tem interesse em trabalhar com todos nós. E aí, vamos atrás dele ou não?

Depois de muito debater, decidimos que vamos vê-lo amanhã.

NO DIA SEGUINTE...

Mesmo sendo domingo, acho que Max irá nos atender. Levanto cedo, tomo um café simples e ligo para o escritório, ninguém atende. Okay, talvez ele não atenda aos domingos. Resolvo pesquisar na Intenet. Cheguei ao site de sua empresa, a Filger Stars, e clico na aba de contato, que diz: "Consultas todos os dias - telefone fora do ar aos domingos." Agora tudo faz mais sentido.

Vou até a loja do Klaus, e toco a campainha do galpão. Martim aparece e abre a porta. Quando entro, topo com o quadro mais engraçado de todos. Daniel persegue Félix pela sala, armado com um tênis e Félix tenta se defender dos golpes que lhe são desferidos. No exato momento em que Félix se esconde atrás de mim, Daniel joga o sapato na direção dele, só que eu sou atingida, e Daniel cora no mesmo segundo.

–Desculpa amor...

–Há! - Félix vibra. - Valeu Julie!

Martim não faz nada, apenas se contorce de rir em um canto. Depois de resolvida nossa confusão, partimos para o estúdo, onde damos de cara com uma recepção vazia, então subimos direto até o corredor e eu bato na porta que tem a placa: MAX FILGER. A porta se abre ruidosamente, revelando uma sala mal iluminada com uma mesa e duas cadeiras.

–Sentem-se - pede uma voz calma.

Eu e Daniel nos sentamos e seja lá quem for estala os dedos e a porta se tranca.

–Sejam bem vindos aos seus piores pesadelos!