Capítulo 36. I don't want know what happend.

Holly, sentindo seu coração pulsar mais rápido que o normal, girou a chave e entrou dentro de casa, já esperando por uma briga com seus pais.

E foi exatamente isso que aconteceu.

Se passaram 10, 20, 30... 1 hora e meia e ainda estava levanto os porros por ter sumido em uma festa sem avisar nada. Eles obviamente sabiam da festa, mas não que ficaria uma noite fora sem atender seu celular e que não tinha deixado notícias com Zoe.

A única coisa que tinha salvado sua pele, de fato, fora as batidas na porta. Seus pais aparentemente ficaram com mais raiva com sua falação sendo interrompida, mas mesmo assim, a senhora Evans levantou e foi atender a porta.

—Ho- — a voz que Holly conhecia se fez presente, a fazendo virar a cabeça pra trás tão rápido que teve medo de deslocar seu pescoço —Bom dia senhora Evans.

—Bom dia, Ashton. — a mulher tentou parecer simpática, mas Ashton sabia que o clima não estava bom só de olhar pra dentro da casa e ver como o pai de Holly estava a encarando —Podemos ajudar?

—Será que eu posso falar com a Holly? — perguntou, nervoso.

—Oh Ashton, agora não dá. Holly está de castigo.

—Castigo? — Holly repetiu, incrédula.

—Castigo. — seu pai afirmou, a fazendo se volta pra ele novamente.

—Por favor senhora Evans, é só um minuto. — Ashton pediu, vendo Holly virar novamente sua cabeça.

Senhora Evans olhou pra trás e com um olhar rápido com o marido, concordou.

—Só um minutinho. — ela repetiu, deixando Ashton entrar.

E sem falar mais nada, os pais de Holly foram pra cozinha, ambos passando as mãos pelo cabelo, se recuperando da conversa longa.

—O que foi Ashton? — Holly suspirou, o vendo se sentar no outro sofá.

—Calum. Ele passou. — contou, abrindo um sorriso —Achei que você ia querer saber disso pra ver se matava ele ou não amanhã.

Holly assentiu.

—Você está bem? — Ashton perguntou, abaixando o tom de voz.

Holly negou com a cabeça, fazendo Ashton a encarar melhor.

—Meus pais nunca mais vão confiar em mim. — suspirou.

—O que? Eles falaram isso?

—Não, mas... Eu aproveitei muito da minha liberdade.

—Você foi pra uma festa com seus amigos, Holly. Não tem nada de errado nisso. — sorriu —Apenas explique a eles que estava muito tarde e você não queria dar mais trabalho pra Sienna e contrariar seus amigos bêbados por eles serem chatos.

Holly suspirou e deu um sorriso de canto.

—E quem é que aos 16 anos ainda fica de castigo? — Ashton rolou os olhos.

—Muita gente.

—Bom, eu não. Nem Michael. E ele faz muita merda.

—A existência dele já é um grande erro.

Ashton não pode evitar de dar uma risadinha. Aqueles dois ruivos não se aguentavam mesmo.

—Aliais, vocês já fizeram o trabalho?

—Ainda não. — Holly suspirou.

—Como não? Vocês não se odeiam? Por que não resolvem isso logo pra se largarem? — Ashton franziu as sobrancelhas.

—Eu também não sei. Mas agora, com o castigo, ele não vai poder vir aqui tão cedo fazer o trabalho e ele obviamente não vai fazer no colégio depois das aulas. — Holly disse, fazendo Ashton concordar —Mas Ash, você tem a minha palavra que vamos fazer esse trabalho, se não, eu não me chamo Holly.

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—Então ela já pode se chamar Molly, Rolly, os caralho, porque eu não to com o maior saco de fazer esse trabalho. — Michael disse, logo após virar uma latinha de refrigerante.

—Acho que seria interessante chamar ela de Bolly. — Luke pensou alto —Quer dizer, quem ia levar ela a sério?

Isabella revirou os olhos enquanto observava Luke encostando em Mariana, que o encarou.

—O que? — Luke perguntou, vendo o olhar da brasileira.

—Nada. — disse, ainda fazendo meia careta.

Isso era outro fator que fazia Isabella querer sair dali. Eles ainda não se sentiam confortáveis uns com os outros, então, nem sabia direito porque estavam ali junto com Arizona e Ashton, que até agora pareciam não lembrar da festa já que conversavam animadamente.

—Eu com certeza a levaria a sério com aquele olhar de fogo. — Ashton decidiu sair da sua pequena conversa com Arizona.

—Bolly. — Mariana repetiu, rindo sozinha.

—Viu? — Luke disse —Tipo, " Para de ser tão chata, Bolly! " Simplesmente não dá pra mim.

Arizona deu uma risada baixinha e balançou a cabeça.

—Eu vou indo pessoal. — Arizona anunciou —Estou morrendo de sono. — e levantou, sendo acompanhada por Ashton.

—Eu também vou indo, dessa vez pra minha casa. — Ash sorriu acenando.

Ele e Holly deram alguns passos antes do mais velho envolver a mais baixa — nem tando — em um abraço pelo pescoço.

—Cara, me digam que não sou só eu que acho que é estranho eles agirem assim depois daquela pegação toda. — Michael murmurou audível.

—Não mesmo. — Isabella concordou —Será que devemos contar?

—Eu tentei falar mas ela nem quis saber. — Mariana contou.

—Não tive chances de contar pro Ashton. — Luke contou também —Como acham que ele vai reagir?

—Se ele quiser saber. — Isabella acrescentou.

—E tem a opção de não ver a cara de espanto do Ashton? — Luke perguntou, incrédulo.

—Mas é claro. — Mariana concordou —Se Arizona não quer saber não vou ser eu que vou contar.

—Não vai ser você, relaxa. — Michael a tranquilizou.

—Exatamente.— sorriu —Vai ser a minha pessoa. — Luke disse, levantando —E vou aproveitar que eles estão juntos. Holly! Ash! — e saiu correndo.

—Luke! — Michael levantou junto com Mariana.

—Vocês acham que ele consegue atravessar a rua e alcançar eles sem ser atropelado? — Mariana perguntou.

—Espero que ele veja o ônibus vindo. — Isabella comentou.

Observaram atentamente o loiro. Michael chegou a dar mais uns passos pra frente. Mas felizmente o loiro parou na calçada e bateu o pé vendo o ônibus passar quase voado em frente ao colégio.

—Tarde demais, Ashton já deve ter virado a rua com a Arizona. — Michael concluiu —Luke, do jeito que é sedentário, não vai ir tão longe só pra ver a cara de espanto dos dois.

E de fato, Luke deu meia volta e voltou, emburrado, provocando risadas vindas de Mariana e Isabella.

—Calma meninas, eu ainda tenho muito tempo. — ele sorriu —O que quer dizer, que eu tenho bastante tempo pra pensar em como contar.

—Você não vai contar garoto, deixa isso pra lá. — Mariana suspirou, voltando a se sentar no banco.

—Isso é o que vamos ver. — sorriu.