I am incomplete

Capítulo 25 - Juntando os pedaços


—Primeiro você some e preocupa todo mundo, e agora me manda uma mensagem idiota pedindo para não dizer nada e te trazer essas... bugigangas idiotas! O que está acontecendo Tony? –Pepper pergunta ao se encontrar com ele, em um pequeno café na cidade perto do local onde Elise e Ultron se escondiam:

—Olha, não posso falar muito, só que confie em mim e que vai ficar tudo bem. –ele olha a caixa que ela trouxe, verificando os instrumentos:

—É sempre assim, você não fala nada e no final acontece uma merda colossal.

—Nem sempre. –ela estreita os olhos –Tá, mas dessa vez não vai acontecer isso.

—Tem certeza?

—Não. –isso arranca algumas risadas dela:

—Só me assegure que não vai pôr sua vida em risco, e quando fizer merda, vai tomar cuidado.

—Eu sempre tomo cuidado.

—E o que eu digo para os outros?

—Que... Tirei umas férias.

—Sério Tony? Férias?

—Muito sério. –ele se levanta –Quem não garante que na realidade estou dando uma desculpa porque quero ficar tomando sol no Havaí?

—Seu bobo! –ela ri, se levantando e o abraçando –Já sabe, seja o que for, conte comigo.

—Eu sei. –ele a abraça de volta.

—----

—Quando você vai me reconectar? –Ultron pergunta pela vigésima vez para Tony, que mexia em alguns aparatos:

—Quer parar de me perguntar isso? Já disse, o Visão fez um trabalho excelente te desconectando, pra eu desfazer vai levar um tempinho! –ele atira uma chave de fenda em direção a cabeça do robô, que desvia, fazendo-a bater na parede:

—Que demonstração linda de amor. –Elise entra, encarando os dois:

—Elise! Não deveria ficar descansando?

—Eu estava entediada, e também queria ver se não tinham se matado ainda. –ela pega um copo de água e se senta em um canto, os dois a encaram –Que foi? Podem continuar essa briga como se fossem casados.

—Até parece... –Tony retorna a mexer nos apetrechos:

—E aqueles dois? –Ultron pergunta:

—O Wade foi embora, falando algo sobre comprar chimichongas pra mim. O Snake Eyes está meditando lá na sala que usamos como depósito. –ela toma um gole da água:

—Pelo jeito ele não vai mais desgrudar. –o tom dele era descontente:

—Não reclame, eu amo ele. –essa afirmação faz Tony encará-la:

—Pera, tu falou isso para ele?

—Sim, um pouco antes de eu ressuscitar ele.

—E eu perdi isso? Droga. –isso arranca risadas dela:

—Foi melhor não ter visto, foi bem vergonhoso, além que eu chorava como uma cabra desmamada.

—Linda descrição. –ele ri, mexendo em seu tablet –Certo, tem algum cabo pra eu te conectar?

—Serve este? –Ultron puxa um cabo de trás de sua cabeça:

—Perfeito. –ele conecta no tablet, tocando de forma rápida na tela:

—E aí? –Elise levanta uma sobrancelha:

—Se o Ultron fazer o favor de baixar todas essas barreiras encriptadas, seria mais fácil. –ele encara furioso:

—Ora, e lhe dar a chance de roubar todos meus dados? Meus planos? Minhas fraquezas?

—Se continuar assim, não vai poder ser um modem de internet. –ela suspira –Facilita nossa vida, por favor.

Os três se encaram por um momento, como se estivessem em um debate sem palavras, até que Ultron suspira, derrotado:

—Seja rápido. –ele fala –E se você pegar meus dados, farei com que se arrependa.

—Tanto faz robô de lata. –Tony revira os olhos e começa a tocar na tela, até que um bipe soa –E pronto, tente agora.

Os olhos de Ultron brilham por um momento, e subitamente levanta, assustando todos:

—Estou dentro, eu consigo ver tudo! Finalmente estou completo! –ele ri estendendo os braços:

—Cuidado, está mostrando seu lado vilão. –Elise toma toda a água no copo e o coloca de lado, se levantando em seguida –Então, o que vai ser agora?

—Oh, algo bem simples. –Ultron a encara –Hora de consertá-la.

—----

—Ok, o que é essa coisa brilhante? –Elise encara o frasco que Tony segurava:

—A solução de seus problemas. Bem, não exatamente todos, mas este é um tapa buraco. –ele dá o frasco para ela:

—“Tapa buraco”?

—Infelizmente, com nossas condições precárias e os dados que coletei sobre a senhorita, conseguimos apenas criar essa mistura que retardará melhor sua iminente morte. –Ultron entra no quarto:

—Não precisava falar assim. –Tony o encara:

—É a verdade.

—Está dizendo então que estou na merda de qualquer maneira?

—A menos que entremos na Umbrella, eu acesse seus arquivos finais e usemos os aparatos lá.

—Você já não tinha arquivos meus?

—Claro, porém após descobrirem seu paradeiro, começaram a pesquisá-la, e devo dizer que estavam chegando perto em conseguir completá-la, porém eu fui desconectado e agora está difícil quebrar as criptografias deles, acho que arranjaram um Jarvis 2.0 pra me barrar.

—E por que me pesquisariam de novo?

—É bem óbvio. –ele ri –Para reproduzi-la e ter um exército de Elises completas.

—----

Hector adentra a sala de escritório à qual um homem de terno estava sentado atrás de uma mesa, mexendo em um laptop. Ao vê-lo entrar, levanta uma sobrancelha:

—O que o traz aqui Delta?

—Aquele idiota do Johnes me mandou avisar que os Tyrants estão quase prontos para testes. –Hector bufa, obviamente odiando ser o garoto dos recados:

—Vejo que ainda não aprendeu a ter modos. –o homem escreve algo no laptop –E as buscas pela Beta?

—Nenhum corpo encontrado, apenas aquele pinheiro quebrado. –ele cruza os braços –Isso é perda de tempo. Tem certeza que ela não some no ar quando morre que nem nosso sangue? –o homem lança um olhar que o faz arrepiar:

—Que tal te matarmos para comprovar sua teoria?

—N-não valeu, tô bem. –ele recua um passo:

—Foi o que pensei. –o homem fecha o laptop e se levanta –Enquanto não houver provas concretas que a Beta morreu, continuaremos as buscas, sem reclamações, entendeu?

—S-sim senhor.

—Agora suma daqui e diga ao Johnes que comece imediatamente os testes, quero tudo pronto o mais rápido possível.

Com isso, Hector rapidamente sai da sala. O homem ajeita alguns papéis em cima de sua mesa e sorri:

—Finalmente estamos perto de dominar tudo.