PDV Luna

Eu estava deitada na minha cama, com os olhos fechados e com os braços um pouco assim da cabeça. É... Eu me cortei não tem nem cinco minutos. O porquê eu fiz isso? Eu não sei dizer, eu apenas precisava fazer isso, é como uma droga e eu estou tão viciada que não se consigo parar.

Já passava da meia noite, eu não conseguia dormir, até que um pensamento intrigante me veio na cabeça: Por que Ryan me chamou para a festa que vai ter amanha? Ta que agente se conhece desde o 5 ano mais desde o 7 ano ele não fala mais comigo. Quando ele foi chamado para o time de futebol e começou a andar com os populares parou de falar comigo. Ele era um dos únicos garotos que não me zuava, sinto falta da amizade dele. Fiquei pensando nisso até dormir.

Acordei no dia seguinte com a droga do despertador no meu ouvido. Levantei-me e fui tomar um banho quente, enquanto penteava meu cabelo um dos meus cortes de ontem abriu:

-Mas que droga. –eu disse colocando soltando o pente e colocando o pulso embaixo da torneira. Quando não saia mais sangue eu fiz um pequeno curativo que fez um circulo vermelho no meio. Que ótimo. Depois desse ‘pequeno acontecimento’ peguei meu short e uma blusa de manga comprida para esconder, coloquei meu all star e desci.

A casa parecia vazia sem meus pais de manha. Acho que sentia falta da correria deles, peguei uma maça e dei tchau para Dora enquanto ia para a garagem e depois para a casa da Ali.

Assim que chegamos à escola Gabriel foi correndo para seu grupinho eu e Ali fomos para as escadas até que o grupinho de Ryan chegou e ficaram alguns centímetros longe da gente. Ryan aquele filho da mãe não parava de me encarar, que droga.

-Hm... Por que o Ry não para de ti encarar? –Ali perguntou toda maliciosa para mim.

-Não sei, talvez seja por que ele é um idiota.

-Sei. O biel me contou que vocês vão fazer um trabalho juntos. –respondeu Alice, ela tava com aquele sorriso.

-Que droga Alice! –gritei para ela, que levantou as mãos e deu um sorriso de desculpas.

-Toma cuidado com ele ta!? –ela disse colocando a Mao em meu ombro.

-Ele me chamou para uma festa na casa do Tyler hoje. –disse em disparada sem fazer nenhuma pausa. Alice me olhava com os olhos arregalados como se não acreditasse no que eu acabara de contar a ela.

-Eu. Não. Acredito. –ela disse pausadamente, depois deu um sorriso e continuou. -Você vai né?

-Tenho outra saída? –disse com desanimo, Ali apenas sorriu e me abraçou.

-Que fofo. Mas toma cuidado com ele ok.

-Nossa você pede para eu ter cuidado com ele e ao mesmo tempo me incentiva a sair com ele? Legal Ali. –eu disse sorrindo fraco.

-Ai Lu, vai que ele é sua ‘cura’! –ela tinha mania de falar que o que eu tinha era uma doença e que eu precisava de alguém para me ‘curar’.

-Alice de novo esse negocio de ‘cura’?

-Lu eu sei que da ultima vez não deu muito certo...

-“Não deu muito certo”? –repete o que ela disse- Você sabe muito bem o que aconteceu da ultima vez, acho que ninguém quer que aconteça de novo né.

-Não só por que aconteceu uma vez que vai acontecer de novo né. Dessa vez pode dar certo.

-Ali deixa como ta. To bem assim.

-Não você não esta bem. Eu sei o que você fez ontem. –ela disse olhando para minha mão esquerda que tava em cima do meu pulso. Alice tinha o dom de saber quando eu fazia isso, era impressionante, eu não contava nada quando isso acontecia e mesmo assim ela descobria. O sino tocou e fomos para nossas salas. Assim que me sentei vii alguém se sentando ao meu lado, então olhei para ver quem é e adivinhem:

-O que você quer? –perguntei para Ryan.

-Conversar com você. –ele disse abrindo a meu caderno que tava em cima da mesa, puxei o mesmo de sua mão e olhei para ele.

-Mas eu não quero conversar, então... Tchauzinho.

-Por que você é defensiva? –abaixei meu olhar e me sentei direito na cadeira.

-É uma forma de proteção. Se eu não for assim vocês vão abusar mais de mim. –respondi.

-Hm, entendi... Vai à festa?

-Vou sim.

-Otimo, eu ti pego às 20h. –ele disse se levantado, eu fiquei meio sem entender, como assim?

-Ei. Como assim ti pego às 20h? –perguntei, ele se virou e sorriu. Que droga por que os idiotas têm um sorriso bonito?

-Bem... Eu vou à sua ti buscar para gente ir até a casa do Tyler. –ele respondeu pausadamente como se eu fosse criança.

-Ai não acredito. Nossa eu sou tão idiota que não entendi. –disse ironicamente me virei para frente e bufei.

-Nossa calma. –ele disse, se sentando na minha frente agora:

-Você sabe onde eu moro? –perguntei.

-Não mais eu descubro.

-Hm... Boa sorte então. –eu disse dando risada dele.

-Você devia sorrir mais. –ele disse bem próximo do meu rosto, podia sentir sua respiração perto da minha boca.

-Preciso de motivos para isso. –sussurrei para ele quase sem ar. Nesse momento o segundo sino tocou e a professora de inglês entrou, Ryan sorriu para mim e foi para seu lugar.

As aulas seguiram normalmente. Quando acabou, levei Alice e Gabriel para a casa deles, a Ali disse que iria à festa para me fazer companhia caso precisa-se, mas se eu começa-se a achar chato viria embora simples assim.

Assim que cheguei a casa fui tomar um banho, me troquei e fui almoçar com Dora, depois do almoço conversei um pouco com ela, que me deu uma simples dica de com que roupa eu devo vestir, até que Dora tem um ótimo senso de moda. Ainda era 14h até à hora da festa eu tinha um tempo para descansar, me deitei e fiquei trocando sms com Ali um bom tempo, então comecei a pensar se Ryan encontraria mesmo minha casa, quero só ver como ele vai conseguir.