I Need You

No escurinho


PDV Luna

Depois que Ryan foi embora tentei convencer Alice de fazer o mesmo, mas ela é muito teimosa e quis ficar para ter certeza de que eu não tentaria nada de novo. Ela passou o resto do dia me atormentando, querendo saber o porquê dessa vez, mas eu não contei que o motivo dessa vez e de todas as outras era Trevor, sempre vai ser ele.

Quando ela se cansou de tentar saber, decidimos assistir um filme qualquer, quando o filme acabou já era 22h então fomos dormir, afinal amanha teríamos aula.

~”~

Acordei com o barulho do despertador no meu ouvido como sempre. Olhei ao redor do quarto e não achei Alice, ela provavelmente já desceu e deve estar conversando com meus pais. Respirei fundo e reuni forças para me levantar da cama. Meus pulsos ainda doíam e eu estava com um pouco de frio. Fui tomar um banho quente e me arrumar (notas finais). Quando terminei desci para tomar café e encontrar Alice. Assim que chego na cozinha vejo uma cena meio inacreditável: Meus pais sentados na mesa conversando animadamente com Alice, eles estavam rindo. Fiquei parada na entrada da cozinha observando a cena até que Alice sorriu e olhou para mim:

–Luu... Pensei que você não ia descer nunca. –Alice disse toda animada para mim, meus se viraram e sorriram. Ok o que colocaram no café deles?

–Ah... Bom Dia!? –perguntei estranhando a reação deles.

–Bom dia Filha. –meus pais disseram depois se levantaram e se despediram de Alice e foram para a garagem. Fiquei olhando Alice a espera de uma resposta, mas ela não falou nada, ficou mexendo no celular. Como não estava com fome peguei as chaves do carro:

–Vamos? –perguntei para Ali.

–Não vai tomar café?

–Não to com fome. Vamos logo. –eu disse já ficando irritada. Ela se levantou e foi indo para a garagem.

–Ok, ok estressadinha. –ela disse rindo. Ai eu mereço.

–Eu vou querer minha roupa de volta ta bom!? -disse fechando a porta da garagem e indo para o carro.

–Hum, ok. –ela riu. (roupa da Alice)

Fomos para a casa dela para ela pegar seu material e Gabriel. Ele entrou no carro serio e foi o caminho inteiro serio, na verdade nenhum de nos ali falou uma palavra o caminho inteiro, o clima tava tenso entre nos, e a culpa é minha.

Assim que chegamos, Gabriel saltou do carro e foi para seu grupinho, eu e Alice fomos para nosso lugar de sempre: A escada. Ficamos jogando conversa fora até o sinal tocar. Alice foi para sala dela, quando tava chegando à porta da minha vejo Ryan encostado na parede com a Julia só faltando comer ele ali no corredor mesmo. Suspirei, revirei os olhos e segui meu caminho normalmente. Assim que passei pela porta Ryan segurou meu braço:

–Que é? –perguntei sem encarar ele.

–Você ta bem? –ele sussurrou bem perto do meu ouvido, parecia preocupado.

–Desde de quando você se preocupa com a estranha Ry? –perguntou Julia com aquela voz toda melosa e enjoativa dela. Ah. Vi de canto que ele ia falar alguma coisa mais fui, mas rápida.

–Verdade. Desde de quando Ryan? –eu disse arqueando uma de minhas sobrancelhas, ele respirou fundo, fechou os olhos e soltou meu braço, dei um sorriso fraco para ele e entrei na sala, logo depois Julia entrou com as mãos no rosto e se sentou junto com as vadias. Logo depois Ryan e a professora de filosofia entraram. Ah que a tortura comesse.

~”~

Assim que as três primeiras aulas acabaram fui para o intervalo. Quando estava passando pelo vestiário me puxaram para um lugar que estava com pouca iluminação. A pessoa que me puxou colocou a mão na minha boca e fez ‘shh’. Fiquei super assustada mais eu não tinha pra onde fugir. Ouvi vozes, e elas estavam bem perto de onde eu estava meu ‘seqüestrador misterioso’. Assim que as vozes sumiram meu ‘seqüestrador’ suspirou, eu acho que já posso imaginar quem é...

–Qual é Ryan. Quer me matar é!? –eu disse empurrando ele para a parte mais iluminada do nosso pequeno esconderijo.

–Desculpa, mas foi o único jeito que encontrei para falar com você. –ele disse levantando as sobrancelhas e levantando as mãos ao alto da cabeça.

–O que você quer? Por que não vai lá se agarrar com a Julia - eu disse fazendo uma cara de nojo ao falar o nome daquela vadia, cruzei meus braços e me encostei-me à porta. Ryan veio até caminhou até mim e ficou parado, deixando apenas uma leve camada de ar separar nossos corpos. Nossos corpos pareciam imas. Sempre que Ryan esta perto de mim sinto um frio na barriga e uma vontade enorme de ficar abraçada com ele.

–Ta com ciúmes Lu? –ta essa foi engraçada. Soltei uma risada e o encarei:

–Ciúmes? De você? Por favor, né Ryan. –eu disse ainda rindo. Quando ia sair dali ele me prensou contra a porta. Perdi todo o ar, seus olhos cinzentos me encaravam com muito desejo.

–Ryan...

–Shh Lu... –ele disse aproximando cada vez mais seu rosto do meu. Que droga o que esse garoto ta fazendo comigo? Eu podia sentir sua respiração abafada contra meu rosto, eu também estava respirando com dificuldade. Ryan prensou seu corpo contra o meu ainda mais forte, mordi o lábio e fechei os olhos.

–Adora me provocar né... –eu disse ofegante, mas que droga.

–Adoro - ele falou bem perto do meu ouvido, me deixando toda arrepiada, e para piorar e ele começou a beijar meu pescoço e a dar leves mordias.

–Ry... Para. –eu disse numa leve tentativa de tirar ele de cima de mim, ele deu um sorriso e desceu suas mãos até minhas pernas devagarzinho ele as levantou, eu as passei por sua cintura e o apertei mais contra meu corpo. Sua boca encostou de leve na minha, depois começamos um beijo calmo e delicado. Assim que nos separamos pela falta de ar, eu o encarei:

–Eu ti odeio Starks. –eu disse colando nossos lábios novamente. Ouvimos o sino tocar, nos olhamos e sorrimos, então voltamos ao nosso beijos pouco nos importando com as aulas, a única coisa que importa é que quando estou com Ryan me sinto completa, como se todos os meus problemas sumissem.