Capítulo V - "A Receita da Poção"

Juvia, Elfman e Cana olhavam para Gray, que saía de uma loja de poções.

— Bom, praticamente... Nada de novo.

Eles bufaram.

— Mas agora eu tenho algo que talvez possa ajudar. Eu cosegui a...

Na biblioteca da FairyTail...

— A receita da Poção da Essência da Magia da Luz!— Disse Lucy a mesma coisa que Gray, porém em lugares diferentes. Ela na bilbioteca e Gray numa cidade qualquer.

— S-sério?!— Perguntaram as garotas se juntando a leitura do mesmo livro que Lucy.

— Sim! E aqui também fala aonde procurar os ingredientes— Disse indicando um parágrafo com o dedo.

— Que bom...! Agora podemos procurar por nós mesmas e prepará-la! Assim, enquanto Gray e os outros buscam por uma pronta, tentamos fazê-la!— Disse Levy.

— Sim, mas somente nós três procurando pelos ingredientes...— Retrucou Evergreeen pensativa.

— Não tem problema, podemos levar Happy e Charles conosco, já que eles voam! Eles serão muito úteis se tivermos que enfrentar lugares altos!

— Cláro, mas... Mesmo assim...— Ainda retucava Ever.

— Se bem que... Gray e os outros já devem ter percebido que a poção em si é muito escassa e que é mais fácil fabricá-la do que encontrá-la. Aliás, há uma boa possibilidade de que algum dono de loja de poções tenha dito isso a eles.

— Tem razão, Lucy. Devemos ir logo procurar pelos ingredientes!

— Espere aí! Mas a ideia foi min—Começou Levy.

— Pelo Natsu!— Lucy e Evergreen ergueram os braços.

Levy soltou um riso, “deixa pra lá...”.

— Pelo Natsu!— Disse também a baixinha.

Em uma montanha gelada de uma cidade não muito povoada...

— Jellal... Onde você está?— Falava Erza caminhando na neve, com um de seus braços na frente do rosto, se protegendo de vultos de flocos de neve e ar frio.

De repente uma pequena casa humilde é avistada. A ruiva bate na porta e um simpático homem a atende.

— Olá, boa tarde.

— Boa tarde.

— No que posso ajudá-la?— Disse ele sorrindo— Por acaso está com frio? Hoje a geada está mesmo muito forte, ainda mais aqui nesta montanha... Quer um chocolate quente, minha querida?

— Não, oh, Deus, não.— Respondeu ela sorrindo. — Não tenho tempo para isso. Vim aqui por um motivo.

— Ah, me desculpe. Pois não?

— Bom, eu estou procurando por este homem— Ela mostrou a foto— Pele clara, cabelos azulados, olhos castanhos...— Começou Scarlet.

O homem observa a foto e logo depois presta atenção no rosto da ruiva, ele quase dá um pulo de tão surpreso.

— Você é a garota que o Jellal-san sempre está olhando na foto!

Erza cora por um instante.

—Bom... Ora... Eu...— Falou ela desconsertada — Se o senhor puder me dizer onde ele está... É um assunto urgente, um amigo meu—

— Você por acaso sabe o quão feliz Jellal-san fica, pelo que eu observei durante cinco dias que ele esteve aqui na cidade até agora, quando ele olha todos os dias a sua foto? Muito! Muito feliz! Por uma simples foto!

A maga durona cora absurdamente.

— Bom... E-eu... AAh, é que.. O meu amigo...—Recomeçou ela.

O homem sorri.

—Fico feliz que a senhorita também guarde uma foto de Jellal-san, assim como ele faz contigo— O homem velho põe uma chave sob a mão de Scarlet na qual também segurava uma foto de Fernandez, e a fecha.

— Suba mais um pouco esta montanha. Você vai avistar um pequeno barraco. Simples, de madeira, porém resistente. Abra-o, encontre o seu amor novamente e depois trate do que tens de tratar.

Erza pegou a chave para si e assentiu sorrindo. Despediu-se do homem e seguiu seu caminho.

Jellal... Ela agora veria seu rosto novamente... “Mas isso n-não importa agora!”, pensou ela chacoalhando a cabeça. O Natsu... Ela devia focar-se no Natsu. Abriu a porta do barraco e deparou-se com aquelas mechas azuis novamente. No primeiro momento, ele ficou em guarda, até perceber que quem estava ali não era realmente um inimigo e sim...

— Erza...— Disse ele saindo da posição de guarda.

Ela sorri.

—Olá, Jellal.

Fernandez aproxima-se de Scarlet e os dois quase se beijam, porém a ruiva vira o rosto.

— Na verdade, não temos tempo para isso– Disse ela solenemente.

Jellal tira suas mãos do rosto de sua amada.

— Por quê? O que está acontecendo?

— É o Natsu, ele foi afetado por um tipo de feitiço e...— A ruiva explicou tudo para Jellal.

— Entendo. Eu até sei o que fazer para atrasar o efeito dessa esfera de energia dentro dele, mas de qualquer jeito... Precisaremos de uma pequena dose da poção para que aquilo seja expelido pelo próprio Natsu. Yami no Maggot, é como você disse. Um tipo de vida artificial, quase um verme. Algo que não sobrevive sem um hospedeiro.

— Mas preparar a poção... Você sabe que os ingrediente são um pouco raros, não é?— Perguntou ela.

— Sim, tenho ideia. Mas como eu manipulo esse tipo de magia, conheço os riscos de atingir um amigo. Por isso, tenho alguns ingredientes da poção comigo.

— Verdade?!

— Sim!— Ele sorriu e Erza o abraçou— Não perca a esperança, Erza. Com a minha ajuda e a de seus amigos, vamos salvar o Natsu— Completou ele abraçando a maga de volta.

Sob uma ilha flutuante, por cima de uma montanha, abaixo de outra montanha que ficava sob algumas colina que se localizavam na parte mais alta de uma cidade...

— Consegui!— Gritou Happy erguendo um galho de uma raiz celestial.

— Muito bom, Happy! Agora traga-o para mim e então passaremos para a Lucy!— Gritou Charles.

— Aye!— Disse o Exceed descendo da ilha flutuante até mais ou menos a metade da montanha — Com calma, com calma... Bata bem suas asas...— Murmurou ele para si mesmo e entregou a raiz.

— Muito bem, agora me dê a mão e vamos descer. Não podemos no separar.— Afirmou a gata.

— Aye...— Assentiu feliz por estar com sua amada de mãos dadas. — Estou no céu...— Ele olhava para Charles com ‘olhos de coração’ .

— Controle-se, gato. Temos um dever a fazer.— Falou ela de rosto virado.

Eles chegaram até Lucy.

— Ponham na minha bolsa.— Disse Lucy e os gatos o fizeram. — Vocês conseguem me carregar, certo? Estou cansada, já que subi metade da montanha carregando vocês— Uma gota se pôs na sua testa.

— Ok.— Respondeu Charles.

Cada um dos Exceed pegaram um braço de Lucy.

— Velocidade máxima?— Perguntou Happy sorrindo maldoso.

— Velocidade máxima.— Respondeu Charles sorrindo e os dois se jogaram para baixo, descendo a montanha o mais rápido o possível.

— AAAAh! Happy, Charles! Mais devagaaar!— Gritava Lucy apavorada.

Levy e Evergreen observava pontinhos azuis, brancos e loiros caindo do céu com uma de suas mãos cobrindo parte da luz do sol que vinha em seu rosto.

— Será que são eles? —Disse Ever.

— Devem ser...— Respondeu Levy.

Á quilômetros de profundidade abaixo do mar...

— Juvia conseguiiu...Blu, blu, blu...!— Disse a azulada feliz entre bolhas de ar debaixo d’água.

— O que ela disse? — Indagou Gray para Elfman.

— Não tenho a mínima ideia...— Respondeu o grandão.

A maga logo emergiu.

— Onde está?— Perguntou Cana á Maga da Água.

— Ah, aqui!— Falou Juvia tirando uma alga dourada do bolso e a entregando para Cana.

— Bom trabalho, Juvia!— Disse Gray sorrindo.

PONTO DE VISTA JUVIA LOXAR

Aaah! Ela estava tão feliz! Após descer metros e metros para debaixo do mar e ter se esforçado para conseguir achar uma Alga Dourada da Luz, Gray tivera dado um sinal de amor á ela! Aquele sorriso... Aquele sorriso...! Ela imaginava o que aquilo á levaria num certo dia...

“Num dia lindo na qual o Sol brilhava resplandecentemente e não havia chuva... Juvia sorria abraçada ao seu amor, Gray Fullbuster. Seus filhos corriam pelo parque felizes, cerca de quinze crianças, meninos e meninas.

A música “Walking On Sunshine” começara a tocar e os dois a dançarem. Gray sorria feito um príncipe e Juvia era feliz também.

As crianças começavam a dançar também. Um clipe musical se compunha. E a história da vida dos dois até esse ponto era mostrada desde o começo.

Gray batia na porta de Juvia, e ela atendia. Ele agarrou-a pela sua cintura em um movimento rápido, a inclinou feito alguém que dançava a valsa e seus lábios repentinamente se aproximaram dos dela até que... Flores de Sakura cobriram o ambiente e o clipe avançara para outra parte!

Agora os dois se casavam, e mais tarde... Mais tarde...! Entravam em sua casa própria! Ele olhou então para Juvia com ternura e diz á ela:

— Bom trabalho, Juvia!— A voz dele ecoava dizendo o nome dela ‘Juvia, Juvia, Juvia...’”

Depois disso tudo, toda esta “visão do futuro” passar em sua mente num segundo, ela quase virou água, porém Gray chamou sua atenção:

— Juvia, Juvia! Por favor, controle-se! Sei que é uma grande vitória, mas ainda faltam mais alguns ingredientes! Saia da água e vamos logo procurar o próximo ingrediente!

— S-sim!—Disse ela saindo da água com as mãos agarradas no seu vestido totalmente molhado e grudado ao seu corpo, o que Gray não pôde ignorar que era realmente sexy. Ele corou por um instante com a mão sob seu nariz, quase teve uma hemorragia nasal!

— Arrumaremos um vestido seco no caminho, ok?— Disse Cana á azulada, que assentiu e depois olhou para ‘Gray-sama’ rosada, que então devolveu o olhar do mesmo jeito.

— D-devemos ir...— Disse Gray quase não conseguindo conter sua hemorragia nasal. Nunca pensou que a doce azulada, Juvia, provocaria tal reação a ele, algo que nunca havia acontecido nenhuma outra vez com ele... E ainda mais apenas com um simples vestido molhado!

— Sim, homem!— Assentiu Elfman e eles continuaram a buscar os outros ingredientes.

— Chegamos, Levy!—Disse Gajeel com uma sacola com algo dentro e Jet e Droy atrás dele.

— Levyiee!— Disseram os dois como sempre, esperando que ela respondesse “olá, garotos”, mas isso não aconteceu.

Gajeel observou a guilda.

— Ei, onde está todo mundo e a Levy?— Perguntou o filho de Metallicana, até que deparou-se com Wendy com toalhas na testa, peitoral, pernas e até na barriga de Natsu.— O que aconteceu aqui, garotinha?

— Natsu adoeceu, alguém jogou um feitiço das trevas nele. Gray, Juvia, Cana, Elfman, Lucy, Levy, Evergreen, Happy, Charles e até mesmo a Erza está procurando por uma poção chamada “Essência da Magia da Luz”. A Erza disse que isso poderia curá-lo. O resto da guilda está em missões, pelo que eu soube.

— Natsu...— Disseram Jet e Droy pela primeira vez um nome que não fosse “Levy”, estavam olhando para Natsu, que no momento não dizia uma palavra, deitado sob um colchão improvisado, estava com suas bochechas vermelhas, febre e um enorme inchaço no estômago.

— Mas quem fez isso com ele?—Perguntou Gajeel.

— Não sabemos... Mas o Gray-san disse que é um inimigo.

— Inimigo...? Por quê alguém tramaria algo contra a Fairy Tail?

— Eu não sei... Mas o Natsu-san está desmaiado e com febre... Espero que o pessoal chegue logo com a poção.

Duas pessoas entram na guilda.

— Erza! E... Jellal?— Diz Wendy confusa.

— Jellal?— Repete Gajeel confuso.

— Eu posso diminuir a febre do Natsu.— O homem de mechas azuis sorri.

Wendy sorri.

— Aah.. Ainda bem! Natsu-san está muito mal... Se puder fazer algo, por favor...!— Diz a garotinha.

— Claro.— Respondeu Jellal se aproximando do Dragneel.

Voltando ao ‘Castelo das Trevas’...

—Akihiko... Atacar a Fairy Tail e toda a Fiore, roubar o poder dos meus filhos Dragonslayers... Não mudará seu passado e não a trará de volta.— Disse Makarov.

— Atacar a Fairy Tail e Fiore? Não, não é isso o que eu quero...—

— Mas é isso que os ‘membros da sua guilda’ fazem.

— Eu não quero atacar a Fairy Tail, eu quero tomar a Fairy Tail!