Capítulo I - "Momento Inopino"

Período da tarde, Fairy Tail... Boa parte dos membros da guilda hoje não estava ali, inclusive Jet, Droy e Gajeel, que pareciam ter saído numa missão atrás de um tipo de diamante sem motivo ou razão aparente — apesar de que Levy tinha os dito que havia gostado tanto daquela pedra brilhante no papel que se casaria com o homem que a trouxesse a ela... — mas fora isso, tudo estava em seu lugar de sempre. Cana bebia seu vinho, Elfman falava sobre ‘coisas de homem’, Juvia procurava por Gray... Tudo estava normal, até que...

— Lucy, Lucy! – Gritou Natsu escancarando as portas da guilda ao entrar feito um louco — Luceee! — Gritou novamente, balançando as mãos como uma criança na frente da loira.

— Mas o que foi Natsu?!

— Lucy, eu... Eu te amo! – Gritou o Dragonslayer com as bochechas infladas e rosadas, numa expressão um tanto infantil para a Maga Celestial.

Os olhares de toda a guilda se viraram para os dois. “Hã?! Natsu se declarando para a... Lucy?!”.

“Isso definitivamente é... Homem!”, pensou e disse Elfman e Evergreen soltou um riso. Wendy, surpresa, cobriu a boca com as mãos e Romeo corou com a expressão delicada da mesma. Levy sorriu com as mãos fechadas e cotovelos dobrados, “Finalmente!”. “Também te amo, sua linda”, disse Cana à bebida em sua mão e Juvia suspirou tristemente: “Se Gray-sama estivesse aqui...”.

Os dois magos estavam de rostos praticamente colados e Natsu não mudava daquela expressão infantil.

As portas se escancararam novamente.

— Oe, oe...! Alguém sabe onde está o Na— Começou e instantaneamente parou Gray, ao dar de cara com Natsu encarando Lucy num clima um tanto “quente”, os dois completamente rosados.

— G-gray-sama! – Gritou Juvia, abraçando o mago.

— M-mas... Mas o que está fazendo, N-natsu?! Já falei que esse tipo de brincadeira não tem graça... — Disse a loira empurrando de leve o foguento com suas mãos.

— Você nunca falou isso e... I-isso... Não é uma brincadeira — Falou o de cabelos róseos com o rosto virado.

— J-juvia... — Disse Gray rosado e a azulada o soltou, envergonhada, dando um passinho para o lado.

— J-já disse para parar de brincar, N-natsu!— Enfatizou a Heartfillia, virando o rosto também.

—Não estou brincando!— Gritou alto de olhos fechados.

— Está sim!— Gritou fechando os olhos por um instante também.

— Não estou!

— Está sim!

— Já disse que não estou!

— Está sim!

— Não estou!

— Já disse que está sim!

— Eu n-não...— Engoliu ar, estava completamente rosado e colocou sua mão no queixo de Lucy, os dois fecharam os olhos tremendo, totalmente nervosos, chegaram mais perto e...

— Grr...! Impossível, impossível! Definitivamente impossível! — Saiu cambaleando pela guilda, puxando seus próprios cabelos.

— AAh... S-só pode ser uma brincadeira... Uma brincadeira... De mau gosto. — Disse Lucy rosada, com uma mão cobrindo seus lábios quase tocados.

Gray olhou para Juvia, surpreso. Evergreen segurou a mão de Elfman, Romeo a de Wendy, Cana abraçou seu barril de vinho e Levy juntou suas mãos.

Alguns minutos a frente, no jardim da guilda...

— Aye... — Disse Happy nervoso, esfregando as mãos escondidas de baixo da mesinha que de um momento para o outro se fecharam em sinal de persistência. — Charles... Eu tenho uma coisa para te confessar!

— O que é Happy?— Perguntou Charles parando de comer seu peixe, que estava em cima de um prato sobre a mini mesa na qual eles estavam sentados.

— Eu... Sempre, do fundo do meu coração, desde a primeira vez que te vi... — As bochechas do gatinho coravam mais e mais. — Charles eu te...

— Happy, Happyee! Eu finalmente te achei!— Natsu observou o cenário. — Ué, Charles... Mesa... Mesa... Peixe... — Falou analisando o ambiente sem entender.

— Aah... Eu...— Começou Happy nervoso.

— H-happy... Não me diga que... — Começou o Dragneel.

— Charles! — Ele se virou em direção a gata.— Eu...— Ele suspirou. — Eu te amo!

A gata rosou. Natsu rosou. Happy se tornou um gatinho rosa. “Eles se gosssstam!”.

— Happy, eu... Eu também te... — A gata começou.

O gato não aguentou, saiu “voando torto”.

— Impossível! Impossível! Definitivamente... Impossssssível! — Murmurou o pequeno gato falante.

—Happy...! — Murmurou Charles.

— Happyee! Espera a—

Natsu caiu no chão, havia um poste no meio do jardim.

— H-ha...pyee...

Tamanha foi a pancada, Natsu desmaiou.