I Love You, Lucy (HIATUS)

Cap. XVII - "Ela Não Me Beija Porque Não Me Ama!"


PONTO DE VISTA GRAY FULLBUSTER

— G-gray-sama... A Juvia... Tem que falar com o Lyon! — Falou a Loxar parando a caminhada dos dois.

— C-comigo? — Perguntou Lyon com o rosto surpreso corado.

— S-sim! D-desculpe, Gray-sama! — Ela andou num passo quase rápido em direção a Lyon.

— “Desculpe”? — Sussurrou Gray incrédulo.

— Lyon-san... A J-juvia...

— Eu te amo, Juvia.

Juvia deu um mini-pulo nervosa e Gray apenas assistiu aquilo com várias doses de dor no único lugar que ele achava que em momento algum haveria aquele tipo de amor: seu coração. Por que batia tão rápido? Por que esse aperto? Seu rosto queimava, mas ele não estava febrio...

— A-a-a Juvia... Quer dizer...! E-eu...!

Não aguentou mais, simplesmente não podia só assistir aquela cena. Por que a Juvia gaguejava para o Lyon? Ela sempre gaguejara para ele! Gray surgiu atrás da azulada num momento rápido e pôs uma de suas mãos sob os lábios suaves e rosa da garota.

— Não fale o que você iria falar, Juvia. — Pediu ele no ouvido de Juvia, que ficou sem reação. — Só me responde uma coisa... — Ele corou com o rosto um pouco abaixado. — O que você pensaria de mim se eu dissesse que eu acho que...Que... E-eu t— O garoto começou a gaguejar e assim como Juvia, ele só conseguia corar.

— Travou, Gray? — Falou Lyon dando as costas para os dois.

— Fique quieto, Ly—

— EI, JUVIA! — Chamou o Mago da Lamia Scale e em seguida virou-se para os dois magos com um olhar cabisbaixo. — Eu já percebi o que você sente de verdade e... — Duas lágrimas de gelo caíram suavemente no chão. — N-não é por mim, né? — Ele ergueu a cabeça sorrindo para a azulada.

— A Juvia... — Ela abaixa a cabeça num ar um tanto triste, seus olhos começaram a lacrimejar. — A Juvia pede desculpas... A J-juvia... Nunca quis magoar ninguém e...!—

— Boa sorte. — Murmurou Lyon.

— Hã? — Disse ela erguendo novamente seu rosto, derrubando duas lágrimas no chão sem querer.

Gray apenas assistiu aquilo sem entender.

— Boa sorte. Com o seu futuro... Boa sorte. — Sorriu e então deu alguns passos para longe dali.

— Valeu, Lyon. — Murmurou Gray sorrindo.

Lyon ouviu seu colega de infância e ergueu a cabeça, mostrando um sorriso sincero para os dois.

— Não há de que. — Sussurou Lyon. Essa foi a última frase que disse antes de sumir da vista daqueles dois.

Gray virou Juvia de frente para si e sorriu vermelho olhando para o chão, Juvia fez o mesmo.

— E-ele é um cara legal... — Balbuciou o Fullbuster.

—S-sim... — Balbuciou Juvia.

Gray abraçou a azulada e depois colou sua testa a dela.

— O que você pensaria se eu dissesse que... Que eu descobri que te amo?

A Maga da Água tremeu.

— E-eu também te amo, G-gray-sama...

Ele soltou um risinho.

— Me chame de Gray. — Falou ele e deixou se levar pelo impulso, aproximou seus lábios de Juvia, que ardia em febre e então a beijou. Todas as emoções da maga vazaram, o coração de Gray acelerou ao máximo, o de Juvia também nem se comparava e pouco a pouco, enquanto o beijo durava, os corações dos dois magos se tranquilizavam. Gray então finalmente se afastou e com uma das mãos ainda na bochecha da Loxar, admirou seus lindos olhos tão azulados quanto à mesma.

— Gray-sa— Começou ela segurando a mão do Fullbuster ainda um pouco corada, o mago mandou um olhar repreensivo para a maga. — Digo... Somente... G-gray...

— Sim... Assim é melhor. — Comentou e sorriu.

Linda, realmente linda... Juvia estava linda com aquele rosto de pele clara e suave como seda que estava sob as mãos geladas do Fullbuster. Sem falar naquelas bochechas rosadas combinadas com aquele sorriso tão radiante... “Juvia, a bela Juvia...”, pensou suspirando. Como ele não tinha reparado nela antes? Não sabia, mas com certeza de agora em diante não deixaria um sequer detalhe daquela perfeição azul que estava na sua frente passar em branco. Ele agora percebera que a amava e era apenas nisso que pensava no momento.

Na Fairy Tail...

— Ei, Lucy! Lucy! Está dormindo? — Perguntou Mira para a loira que estava deitada no balcão daquele barzinho.

Lucy acordou e deu uma leve erguida na cabeça.

— Ah, me desculpe... Me bateu uma canseira daí eu dormi do nada e... O Natsu já chegou? — Disse ela se espreguiçando.

— Não... Eu já estou ficando preocupada...

— Acho que eu vou sair para procurá-lo e...

— Há-há! Olá pessoal! — Falou Jellal estranhamente animado entrando na guilda com algo atrás dele.

— Jellal?— Indagaram todos.

— Jellal, você não deveria estar... Quer dizer... O Conselho pode te pegar e... — Começou Erza.

— Eu vou ficar mais essa noite aqui, Erza. Posso? — Perguntou com um sorriso que a Scarlet não pôde negar.

— Não entendo o porquê disso, mas... Sim. — Falou ela sorrindo.

— Ei, Jellal. Você por acaso viu o— Começou Lucy.

— Natsu? — Perguntou o azulado.

— Sim, ele não aparece aqui na guilda desde ontem á noite e... —

— Aqui está. — Disse o das mechas azuis exibindo o Dragonslayer na frente de Lucy, puxado pelo colarinho da camisa do coitado.

— N-natsu?! — Murmurou a loira surpresa. — O que aconteceu, seu moleque?! Você não apareceu na guilda desde ontem! Sabe como me preocupou?! Qual é o seu problema?! Não fique tanto tempo fora da guilda sem avisar para onde vai! Baka, baka!— Falou a loira uma palavra atrás da outra, furiosa com o filho de Igneel.

— Oi. — Respondeu ele descaradamente, piscando os olhos como uma criança, como sempre.

— Você é o... — Cana soluçou de tão bêbada. — Akihiko, não é? — Perguntou ela para Lucy.

— Não... Eu sou a Lucy, lembra Cana? — Enfatizou a loira com uma aura de indignação sob sua cabeça.

— Ah, éé... Lhiuci, é você mesmooo...! Há, há... — Ela apontou o indicador para a Maga Celestial ainda rindo e então soluçou mais uma vez. — Bem que eu estava achando que o tal do Akihiko não tinha os cabelos de uma cor tão clara... — Ela soltou risos desconsertados. — Na verrrdade, acho que o cabelo dele é bem mais preeto... — As palavras saíam rolando da boca da garota.

“Meu Deus, acho que ela exagerou de novo na bebida...”, pensou Lucy indignada.

— É-é... É sim, Cana...! Você bebeu bastante hoje, não é? — Perguntou a Heartfilia.

— Há, há! Ééé... Mas me diga, Lucy... Onde está o Sa— Ela soluçou. — Onde está o “Sasato”?

— L-lá no fundo da guilda, e-eu acho... — Respondeu ela com uma gota sob sua cabeça.

— Huuuum... Então ele gosta de cantinhos escuros? — Brincou a ‘bebum’ com um sorriso perverso. — Acho que vou me dar bem com esse cara... O corpo dele não é de se jogar fora... — Falou a Alberona mostrando para Lucy um sorriso completamente malicioso e depois saiu dali cambaleando com o braço segurando as próprias costas.

— Minha nossa, Cana... Sua pervertida... — Lastimou a loira e subitamente virou-se para Natsu Dragneel com as mãos sobre a cintura. — Mas voltando...!

O Dragneel e a Heartfillia deram um pequeno suspiro para tentar controlar a pulsação de seus corações e também a respiração acelerada. De repente, eles exclamaram em uníssono:

— Eu tenho que falar uma coisa!

Natsu corou e depois Lucy.

— Eu quero falar primeiro. — Afirmaram no mesmo momento.

Os dois suspiraram.

— Ok, então fala você. — Disseram juntos.

Os dois se puseram em poses de indignação.

— Olha, se você não for falar, eu vou falar! —Impuseram os dois.

“Hã?”, pensaram.

— Tá, tá! Pode falar!

“Mais uma vez?!”, pensaram.

— Pare de me imitar!— Ainda continuavam em uníssono.

— Grr...! — Grunhiu Lucy.

— Grr... AAH! —Exaltou-se Natsu. — Pare, pare de brincar comigo!

— Eu não estou brincando com você! Eu estava tentando dizer algo importante, mas você veio me interrompendo!
— Não, não! Foi a ‘senhorita’ que me interrompeu! Eu! Eu que iria dizer algo importante!

— Não, isso seria eu!

— Mas é claro que não! O que eu iria dizer que é... É super-hiper-mais- importante!

— Não, é claro que era eu!

— Não era não!

— Era sim!

— Não era não!

— Era sim!

— Era não!

— Era sim!

— Já disse que não era!

— Já disse que era!

— Não era!

— Como tem certeza disso? Você nem sabe o que eu iria dizer! — Argumentou a loira.

— Ora...! Eu não preciso saber, já que eu iria falar algo de extremo valor! — Articulou ele com os braços cruzados.

— Mas como pode ter tanta certeza, Natsu?! Eu sei o que eu iria te dizer e é de extrema importância e—

— Oras! Parem com essa briga logo! — Exclamou Jellal empurrando Natsu para a garota, que o parou com suas mãos sob o peitoral quente do mago. Os dois coraram. — Tome uma atitude logo, Natsu!

O foguento ouviu as palavras do Fernandez e tentou se aproximar de Lucy para beijá-la, e ela percebendo isso, já começou a fechar os olhos, nervosa, como sempre fazia. Natsu achou que talvez já estivesse pronto para executar tal ação e então continuou aproximando-se, só que...

— Quão ruim será ter de ser tocada por alguém na qual nós não gostamos... —Comentou uma albina como se não quisesse nada, mas na verdade... Ela, Lisanna, queria o amor da sua vida de volta...

Natsu pausou. Pausou a cinco centímetros dos lábios de sua amada Lucy. “Então é isso? É esse o verdadeiro motivo dela sempre fechar os olhos trêmulos? É esse o motivo dela me fazer sentir que eu sou um ‘aproveitador’ quando eu tento beijá-la? É esse o motivo dela não me responder aquilo? ENTÃO É ISSO?!”, pensou.