P.O.V Da Sam

— Já está ficando tarde, vou colocá-lo na cama. - As horas passaram tão rápido.

Alex brincou tanto com o Freddie que acabou cansando e caindo no sono, já se passava das 20h.

— Deixa comigo, levo ele para o quarto. - Se prontificou.

E com cuidado ele pegou o nosso filho no colo, sabia o caminho do quarto do Alex, o pequeno mostrou cada canto da nossa casa para o Benson. O segui em silêncio, chegamos no quarto de nosso filho e Freddie o deitou na cama.

— Tadinho, ele devia estar exausto. - Ele passou a mão na cabeça do filho.

— Não é todo dia que ele brinca até não aguentar mais. Vocês se deram tão bem. - Comentei.

— Claro, nós somos parecidos. - Sorriu orgulhoso.

— Agora vai ficar se achando, bobão. Ei, é melhor você ir para a sua casa. - Ele até jantou com a gente, a visita havia prolongado demais. - Sua esposa deve estar preocupada com a sua demora. - Avisei.

— Ela sabe onde estou, mandei mensagem para ela antes do jantar. Não estou perdido, Carly sabe muito bem que estou aqui na sua casa. - Saímos do quarto após eu embrulhar o Alex.

Deixei a porta apenas encostada e o abajur ligado, meu pequeno tinha medo de ficar na escuridão.

— Ok, mas sua visita já acabou. O Alex está dormindo agora, eu vou tomar banho, colocar meu pijama e vou pra cama daqui à pouco. - Deixei bem claro.

Ele não tinha mais nada para fazer ali.

— Está mesmo me expulsando? - Me encarou incrédulo.

— Não estou te expulsando, Benson, acontece que...

— Você tem medo de ficar sozinha comigo, é isso? - Se aproximou e eu acabei recuando.

Paramos no meio do corredor.

— Não tenho medo, idiota. É que sua visita prolongou até demais, o combinado era você almoçar com a gente, passar um tempinho com o Alex e ir embora antes de anoitecer. - O lembrei.

— Não lembro de termos combinado nada disso. - Retrucou.

— Vai embora, Benson, tô pedindo numa boa. - O encarei com firmeza.

— Mas eu não quero ir, ainda nem são 20h:30min, são 20h:25min. - Checou as horas.

— Não vou discuti com você, foda-se, fica aí sozinho no corredor. - Lhe dei as costas.

Antes que eu pudesse me afastar, Freddie me deteve, puxando-me pelo braço.

— O que pensa que está fazendo? - Puxei meu braço com força.

— Nada que você não queira. - Me abraçou.

— Só esse abraço e você vai embora. Está na sorte de...

— Sente falta dos meus beijos? É que estou louco para te beijar, sabia? - Deslizou as mãos por minhas costas e as pousou em minha cintura.

— Ficou louco? - Espalmei as mãos pelo seu peito, mantendo uma certa distância.

— Sim, estou louco para matar a saudade de...

— Para com isso, é sério, chega de gracinhas! - O empurrei.

Ele riu e voltou a me puxar, agarrando-me pela cintura de novo.

— Freddie você é casado, olha a porra da sua aliança! No passado eu pisei na bola, e agora não vou cometer o mesmo erro. Por mais que a Carly seja uma vaca, ela não merece ser traída novamente! - Bati no seu peito e o afastei.

— Que se dane essa aliança, que se dane a Carly, eu não tô nem aí para ela! Meu casamento é uma merda, e eu...

— Eu não quero saber disso, porra! Se não tá feliz com a Carly, é problema seu. Depois ela vai sair espalhando que sou uma destruídora de lares, vai dizer que eu arruinei o casamento de vocês e...

— Cala a boca, você fala demais, Puckett! - O cretino me beijou.

Travei os lábios e suas mãos percorreram as laterais do meu corpo.

Senti sua língua deslizar, tentando invadir minha boca.

Lhe dei mais um empurrão.

— Chega! Isso é errado, não vou ceder! - Avisei.

— Então, olhe bem nos meus olhos e diga que não sente mais nada por mim. - Já estava apelando.

— Vai à merda, Benson! - Minhas mãos tremiam e meu coração batia disparado.

O moreno sorriu e suas mãos agarraram meus quadris.

Nossos corpos grudaram de novo.

— Por quê está fazendo isso comigo? - O encarei.

— Ainda pergunta, loira? - Beijou meu pescoço, roçando os lábios por minha pele arrepiada.

Apertei seus ombros.

— Não faz isso comigo... - Arfei já sentindo meu corpo amolecer.

Minhas pernas ficaram bambas.

Suas mãos não paravam de acariciar minha cintura.

— Também sente saudades? - Avançou para o outro lado do meu pescoço.

Sua língua deslizou lentamente por minha pele sensível.

— Não vou pra cama com você... - Apertei ainda mais seus ombros, tombando a cabeça.

— Hoje não, baby... Só vamos matar um pouco dessa vontade... - Sua boca alcançou meu queixo.

— Não posso te beijar, melhor pararmos por aqui. - Ele desceu a boca encaixando ela no meu pequeno decote, beijando-me ali.

Freddie puxou minha blusa para baixo, expondo meu sutiã preto e depositou um beijo entre meus seios.

— Meu Deus, Freddie! - Agarrei sua nuca.

Meu corpo todo tremia. Formigava.

Depois que tive o Alex, meus seios dobraram de tamanho, ainda continuavam bem fartos.

Ele me segurou com firmeza, beijou a parte de cima de ambos, lambendo minha pele exposta.

— Sem sexo. Você é casado, não é justo com ela. - Fiz esforço e o afastei.

Ajeitei minha blusa, meus seios formigavam, os mamilos estavam duros.

— Vou pedir o divórcio. - Parecia decidido.

— Assim do nada? Vai chegar nela e pedir? - Fiquei incrédula.

— Amo minha filha mais que tudo, mas não suporto mais continuar casado com a mãe dela... As coisas esfriaram entre nós depois que a Belinda nasceu. E nem tô falando do sexo, até porque a gente transa de vez em quando...

— Poupe-me da vida sexual de vocês. Tenta uma terapia de casal, se ainda rola sexo dá pra salvar o casamento de vocês, mas...

— Dá pra parar de me interromper? Porra, Sam! Antes de você chegar eu já estava pensando no divórcio. Meu casamento já deu o que tinha que dar. Não sou feliz ao lado da Carly. Foi um erro eu ter casado com ela, e não quero mais continuar fingindo que tá tudo bem. - Desabafou.

— Mesmo que se separe dela, não significa que vamos ficar juntos. - Eu disse séria.

— Sério que não quer ficar comigo? Ainda podemos tentar. - Estava esperançoso.

Era complicado.

— Só porque vou deixar você entrar na vida do meu filho, não quer dizer que também vou deixar você entrar na minha vida e bagunçar tudo. - Eu estava tranquila.

Vida estabilizada. Eu era uma mulher de negócios.

— Você voltou para Seattle, achei que...

— Parte de mim voltou por você. Talvez eu tenha mesmo voltado por você, mas tô vendo agora que as coisas não são como imaginamos ou planejamos, eu não quero que deixe sua família por minha causa. - Fui sincera.

— Por mais que eu te ame e queira viver minha vida ao seu lado e ao lado do meu filho, não é por sua casa que vou pedir divórcio... Vou pedir por mim. Ninguém merece viver infeliz no casamento. - Vi dor em seu olhar.

Ele estava mesmo sofrendo.

— Sério mesmo que me ama, Freddie? - Era difícil acreditar.

— Nunca deixei de te amar, Sam. Tô indo, você tem razão, já está tarde. - Me deu as costas.

— Obrigada por ter vindo, fez a alegria do meu filho. E isso significa muito para mim. - Fui atrás dele, eu o levei até a porta.

— Também significou muito para mim, esse dia foi muito especial. - Ambos ficaram felizes por se conhecerem.

Nos despedimos com um simples "Tchau".

"Nunca deixei de te amar, Sam."

Fui dormi com suas palavras ainda rondando em minha mente.