Pela segunda vez

Naquela noite pela segunda vez, Han Jung Woo, escolheu aquele estabelecimento para saciar sua sede, não pelo local em si, algo muito mais pessoal lhe fazia ir até ali.

Sentia que agora que estava de volta a Seul e seu último jogo havia acontecido no dia anterior, aquele bar estaria na sua lista diária de afazeres.

E tudo isso porque queria vê-la. Na primeira vez que esteve ali, teve a sensação do seu coração palpitar loucamente, pelo simples fato de estar no mesmo ambiente que ela, o embriagando totalmente. Jung Woo ainda não acreditava que tivera uma sorte tão grande. havia a reencontrado sem mesmo a procurar.

Logicamente que seu plano era revê-la quando já estivesse formado e sua vida de jogador estivesse num momento melhor, entretanto desde o dia que a descobriu que não conseguiu aguardar mais, necessitava da companhia dela.

Por isso estava ali.

O ambiente humorado e agitado lhe brindou ao entrar e se sentar numa mesa ao canto. Um casal numa mesa próxima lhe olhou atentamente, isso o preocupou momentaneamente; ele não gostava quando torcedor do time ou fá do beisebol lhe reconhecia, esses acontecimentos sempre vinha acompanhado de situações constrangedoras. Por sorte os dois não se demoraram nele, tinham coisas mais importantes para fazerem. Como beijar.

Aliviado Jung Woo iniciou sua procura e encontrou a sua razão de estar ali perto do balcão, certamente pegando o pedido de algum cliente. Eun Jo, na concepção de Jung Woo, estava linda com aquele coque frouxo e o uniforme sem encantados do estabelecimento.

Olhando-a nessa situação começou a pensar sobre questões que não pensara anteriormente. Como ela foi parar ali? Estaria vivendo ainda com sua mãe? Caso sim, essa ainda estaria em relacionamentos sem futuros? Caso não, estaria vivendo sozinha? Com alguma amiga? Ou... com algum... namorado?

Embora lhe doesse pensar nessa última questão, a negação para esta não vinha desse sentimento e sim da personalidade de Eun Jo. Lembrava vividamente que ela não suportava a ideia de relacionamentos (em todos os sentidos, até mesmo familiar), que somente tempos depois ele analisou a razão. Eun Jo não suportava a dor de ser traída, e esse era seu maior medo ao relacionasse com alguém.

Claro que ele nunca iria fazer algo assim a ela, entretanto ele precisaria demonstrar isso diversas vezes antes dela acreditar nele. E lógico que ele estava disposto a isso.

Analisava e se perdia nesses devaneios ao ponto dele não perceber que alguém se aproximou de sua mesa, somente o fez quando a pessoa curvou-se diante de si, de modo que o rosto dela ficasse frente ao seu. Por alguns segundos ele achou que estava tendo um de seus sonhos e dessa vez muito mais real.

–Senhor?

Jung Woo piscou algumas vezes, sua noona nunca antes em seus sonhos o chamara de senhor.

–Senhor? - a voz levemente irritada repetiu.

Só então ele acordou completamente e percebeu Eun Jo estava realmente ali e que nessa noite ela estaria lhe servindo.

–Er... - pronunciou ainda perdido com a visão, o que lhe forçou a se concentrar. - Sim?

Ela tentou lhe sorrir, mas saiu uma careta distorcida em vez disso, Jung Woo não pode deixar de rir, só parou ao vê-la de um olhar irritado.

'Ela continua a mesma'– pensou.

–Er... Gostaria de uma cerveja. - disse por fim.

Eun Jo rapidamente retirou-se , Jung Woo acompanhou-a pelo olhar. Era lhe reconfortante não ter sido reconhecido por ela, algo que era fato, já que mudara radicalmente nesses últimos 8 anos. O garotinho de formas arredondada, não deixou nenhum traço no homem de músculo definido e altura chamativa. Além da beleza que inúmeras vezes as mulheres diziam que ele possuía. E isso o orgulhava, poderia ser um ponto para conseguir o que tanto almejava.

Ter sua noona em seus braços.

Enquanto isso ainda não acontecia, o máximo que poderia ter, era a atenção dela como sendo cliente do local de seu trabalho, como agora, enquanto ela lhe servia da bebida que lhe pediu. Mas esse era um quadro que Jung Woo não podeira deixar sua duração longa demais, ele precisava mudar isso...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.