“A estrela verde.”

A coruja desce trazendo um embrulho exageradamente pesado. Suspiro. Não posso mais aguentar cartas daquele... Cretino...

Mas vejo o remetente. É de Rowena, minha nova madrinha. Então abro. E leio a primeira frase. Não. É dele sim. Mas aquilo me chama certa atenção...

“Uma vez existiu uma lenda sobre a criação de uma poderosa escola de magia, criada por quatro dos maiores bruxos de sua época. A doce Helga Hufflepuff, que prezava o carinho e a sutileza. O corajoso e heroico Godric Gryffindor, que sempre punha os outros entes de si mesmo. A bela e inteligente Rowena Ravenclaw, mulher que valorizava a esperteza e bondade. E Salazar Slytherin, frio, orgulhoso, cruel. Tudo isso é mentira. Sei disso pois sou o próprio Salazar Slytherin. E estou aqui para contar a verdade.”

A última coisa que vejo são as letras verdes na contracapa.

“Minha querida Sophie,

Espero apenas que acredite em mim... Minha filha.

Estarei aqui com você sempre que precisar. Estaremos aqui. Todos nós. E toda noite, ates de dormir, vá até a varanda e observe. Seremos 6 estrelas. Esperamos ansiosamente por você, meu amor. Mas é hora de me dar ‘boa noite’.

Te amo muito.

Um beijo,

A estrela verde.”

Abro a janela. Lá ao longe as seis estrelas brilhavam mais do que as outras. Algumas menos brilhantes se agrupavam à sua volta. Formando um símbolo do infinito.

“A estrela verde.”