Hurricane

And the fault is of the blonde.


Pov. Ally

Avistei Austin vindo em minha direção, e sorri, simplesmente porque o ver, perfeitamente seguro de si, com os olhos sempre em mim, e o cabelo bagunçado caindo em seu rosto, me dava vontade de sorrir.

Ele não disse nada quando parou na minha frente, e acho que nenhum de nós precisava de palavras para se expressar; me beijou, despreocupado mas consciente de todas as pessoas ao nosso redor. Sinceramente, acho que ele gosta dessas demonstrações de afeto em público.

Quando abri os olhos, tudo o que consegui ver foi o seu sorriso. Agarrei seus cabelos e o beijei de novo. Havia algum tipo de magia nisso, pra mim. Só nos separamos quando ouvimos a voz de Trish:

– O casal mais meloso da escola - ela disse, sorrindo um pouco, mas ainda enojada - vocês não se cansam de toda essa agarração ?

– Na verdade, não. - Austin disse me puxando para mais perto dele pela cintura.

– Vocês são nojentos - ela disse.

Nós dois rimos.

Apoiei a cabeça no peito do loiro, que estava me abraçando de lado. Encostado no portão da escola, estava Nick, nos olhando. Não pude perceber se seu olhar estava curioso ou inexpressivo porque ele virou a cara rápido, quando percebeu que eu o olhava. Ele estava tão hostil comigo que nem parecia mais o garoto doce e gentil que conheci no segundo dia de aula.

Ignorei isso.

Mas ainda me lembrava de suas palavras ontem. Não era pra mim ter escutado, mas eu escutei. Não era pra mim saber, mas eu sei. E é claro que me sinto mal por isso. Mas ele me ignorou o dia todo, e eu estava tentando fazer o mesmo com suas palavras.

Olhei para Austin.

– Quer ir lá em casa ? - Perguntei. - Meus pais não estão.

Trish, que estava posicionada a nossa frente,riu.

– Que foi ? - Perguntei.

– Não quero imaginar o que vocês vão fazer sozinhos naquela casa. - Respondeu.

Senti meu rosto ficar vermelho.

– Ah, cala a boca. - Resmunguei. Austin riu. - Você vai ? - Perguntei a ele.

– Tenho que fazer um trabalho na casa do Dez, agora de tarde. - Fiz uma carinha triste. - Mas posso passar lá de noite.

– Claro. É que meus pais estão em um tipo de Viagem Romântica e só voltam amanhã. Não queria ficar sozinha. - Falei.

– Eu posso te fazer companhia. - Trish disse. - Estou sobrando aqui e só quero ajudar. Sei que não posso te deixar alegrinha como seu namorado faz - revirei os olhos - , mas eu sou legal, lembra ?

Ri de sua expressão.

– Acho que você está com ciúmes, Trish. - Austin disse, também rindo.

– Eu ? Ciúmes ? Só porque vocês não se desgrudam um segundo e eu nem vejo mais a Ally direito ? Imagina.

– Você está exagerando. - Falei, sem deixar de rir mais uma vez do seu jeito estressado. - Mas eu adoraria passar a tarde com você.

– E a noite comigo. - Austin falou, como se eu realmente fosse esquecer. - Quer que eu te deixe em casa antes de ir pro Dez ?

– Não precisa. Eu vou com a Trish.

– Então, até mais tarde. - Ele disse, e me deu um beijo rápido.

– Tchau. - Falei antes dele ir.

Fiquei o olhando até entrar em seu carro e dar a partida.

– Ah, o amor entre jovens. - Trish disse com a mão no peito e o olhar falsamente sonhador mirando o céu.

– Se você falar alguma coisa, eu juro que nunca mais te deixo entrar na minha casa.

– Isso seria impossível, porque eu sou adorável. Mas tá bom, eu fico quieta. Preparada para a nossa tarde ?

– É,eu estou. Vamos lá.

Fomos direto para a minha casa. Chegamos lá e Trish foi direto para a cozinha, a segui enquanto a mesma pegava bolos e outras guloseimas que minha mãe tinha preparado pra mim.

– Pra que tudo isso ? - Perguntei, arregalando meus olhos enquanto nos sentávamos no sofá. Trish agarrou o controle da televisão,como sempre faz quando está aqui. - The Vampire Diaries ? Sério ?

– Primeiro: O que seria de uma tarde de garotas sem coisas gostosas pra comer ? Segundo: E o que seria sem um programa cheio de vampiros gostosos ?

– E lobisomens. Talvez híbridos. - Completei, rindo enquanto me sentava ao seu lado no sofá.

Ela me passou um pote cheio de sorvete e fiquei pensando se não é esse o tipo de coisas que garotas comem quando estão vivendo uma desilusão amorosa. Pelo menos, é nos programas na televisão. Meio estúpido.

– Então - ela começou.

– E então ?

– Você e o Austin ... - Ela pausou a frase, me olhando como se esperasse que eu terminasse por ela. - Vocês ...

– O que tem a gente ?

– Você sabe o que eu quero dizer.

– Não, eu não sei. - Falei, porque era verdade.

– Eu ia perguntar sobre ... Intimidade.– Ela falou, baixo.

– Intimidade ? - Questionei.

– Você entendeu. - Trish disse enquanto comia mais um pouco de sorvete.

– Hã ... Não. - Falei, meio sem graça.

– Sério ? - Ela franziu o cenho. - Isso sim é estranho. - Fiz uma expressão confusa. - Quer dizer, vocês dois não se desgrudam mais um segundo. É meio estranho que ainda não tenha acontecido.

Franzi a testa. Nunca tinha pensado muito nisso, não desse jeito. Mas apenas ri e falei:

– Acontece, que somos pessoas de Deus.

– Rá rá, até parece.

Joguei uma almofada nela. Passamos o resto da tarde assim, brincando, rindo,conversando e é claro, assistindo The Vampire Diaries.

( ... )

Já tinha passado pouco mais de 20 minutos que Trish tinha ido embora, quando a campainha tocou. Dei um pulo do sofá, e passei automaticamente as mãos nos meus cabelos e na minha roupa, os ajeitando. Enquanto caminhava até a porta, percebi o quanto aquilo parecia idiota. Era o Austin.

o meu namorado.

– Oi. - Falei quando abri a porta e o encontrei lá.

– Minha garota. - Ele disse em forma de comprimento, logo antes de me dar um selinho e entrar na casa.

– Sua garota ? - Perguntei depois de fechar a porta.

– E de quem mais seria ?

Sorri enquanto o puxava pela mão até as escadas.

– Quer ver um filme ? - Perguntei.

Abri a porta do meu quarto e Austin se atirou na minha cama.

– Acho que tenho uma ideia melhor. - Ele disse, com um sorriso malicioso no rosto.

Austin me puxou para o seu colo e mais uma vez, as coisas que Trish me disse, ecoavam em minha cabeça. Como uma total inexperiente, não deixei de ficar nervosa com seu toque na minha pele. Isso já tinha acontecido antes, mas parecia diferente agora.

Por um momento, desejei que meus pais chegassem agora. Não porque eu não o queria, até porque isso não é verdade, mas porque eu sentia que qualquer coisinha que eu fizesse fosse errada.

Sim, eu sou uma completa idiota.

Mas não foi preciso muito para que eu esquecesse a minha cabeça e apenas me concentrasse no momento.

Sons que eu nunca imaginei que pudessem sair da minha boca, agora preenchiam o silêncio. Entrelacei minhas pernas em volta da sua cintura, agora, sem medo.

Seus dedos acariciavam minha pele nua por dentro da minha blusa. E bem, como falar isso ? Tinha alguma coisa errada no meio das minhas pernas.

Seus lábios quentes e macios deixavam um tipo de rastro imaginário do meu pescoço até a minha clavícula.

– A gente precisa parar. - Austin falou, com a voz abafada por estar com a boca no meu pescoço.

– Por que ? - Perguntei. Imaginei ele respondendo que é porque não me queria e fiquei com um pouco de receio quando ele abriu a boca pra falar.

– Porque eu não estou mais conseguindo me controlar. - Ele sussurrou no meu ouvido. Estremeci.

– Eu não quero que você se controle. - Falei.

Senti a cama debaixo das minhas costas. Agora eu estava deitada. E Austin estava em cima de mim.

Não dei chances pra que ele começasse a falar que deveríamos parar. Apenas o puxei pra mim e colei nossos lábios. Em um momento rápido, puxei sua camiseta para cima, e ele a tirou por completo. Passei as mãos no seu abdômen mordi os lábios.

O tecido fino da minha blusa foi subindo até a altura dos meus seios, e ele beijou minha barriga. Logo minha blusa tinha saído por completo. Seus lábios foram de encontro ao meu pescoço mais uma vez. Puxei seus cabelos.

Céus, como aquilo era bom !

Minha pele estava arrepiada e isso não mudou quando senti suas mãos nas minhas costas. Meu sutiã foi aberto e praticamente arrancado do meu corpo. Agora sim eu me sentia envergonhada.

Tipo: Eu nunca estive assim na minha vida. Digo, num momento desses que tudo parecia errado e certo ao mesmo tempo. E eu nunca gostei tanto de uma coisa quanto disso.

Austin me beijou de leve nos lábios e eu adorei a sensação da minha pele nua de encontro com a sua. Ele acariciou cada parte descoberta do meu corpo e ainda estava beijando meus seios quando ele disse,ofegante:

– Me diga pra parar.

– Eu não quero que você pare. - Eu disse,porque era verdade. Eu ainda estava tipo, envergonhada e sim, com medo, mas não queria que esse momento acabasse.

– Ally ... - Ele murmurou. Mordeu os lábios enquanto me olhava. - Eu sei que você é virgem, e eu não quero te machucar

– Você não vai.

Ele riu.

– Acredite: eu quero isso tanto quanto você.

Tudo bem, eu não pude deixar de sorrir nesse momento. E se eu for pensar do seu jeito, ele estava certo. Austin saiu de cima de mim e eu me cobri, com vergonha, enquanto procurava a droga da blusa. Ele me estendeu ela com um sorrisinho no rosto.

– Você vai dormir aqui ? - Perguntei. Meus pais só voltariam amanhã de manhã e é frustrante ficar sozinha nessa casa enorme.

– Se eu dormir aqui, sua virgindade não vai durar até amanhã.

– Idiota. - Resmunguei dando um tapa em seu ombro.

– Tá, eu fico. - Ele falou. Se levantou e fez menção de sair do quarto. - Só vou ... Ir no banheiro. - Ele piscou pra mim antes de se virar para a porta, e senti meu rosto corar.

Eu já estava completamente vestida agora, mas ainda me sentia envergonhada. Soltei um grito abafado pelo edredom da cama. Eu só podia estar ficando louca. E a culpa é do loiro.