– Está como imaginamos... Completamente bagunçado e empoeirado. – Erick resmungou depois de tossir. Olhei o amplo hall de entrada, tinha muitas coisas amontoadas. Computadores jogados em um canto, cadeiras, mesas e os objetos de decorações empilhados.

– O quê você esperava? Faz anos que isso está fechado! – Jasper falou colocando algumas bolsas no chão.

– Tenho alergia à poeira! – Erick se aproximou com o computador de pulso.

– Problema seu, sua ajuda será importante. – Olhei para o computador observando o mapa. – Os robôs ficam nos fundos, temos que olhar quantos tem. – Passei o computador para o meu pulso e segui as coordenadas do mapa.

– Não aguento mais ver tantas salas. – Rose reclamou suspirando.

– Estamos chegando... – Respondi olhando o caminho. – Chegamos! – Encarei a porta trancada. – Jessica, preciso de você para explodir a porta.

– Claro que precisa, ninguém vive sem mim. – Se aproximou colando os explosivos na porta. – Afastem-se crianças. – Nós afastamos e ela explodi-o. – Opa... Não tem nada aqui! – Ela falou olhando para dentro da sala.

– O QUÊ? – Gritei correndo desesperado. – Foi de extremo mau gosto, sua louca. – Esbravejei depois de ver os robôs na sala. Tinha quatro filas de robôs e elas eram grandes.

– Calma, foi uma brincadeira. – Falou depois de ver os olhares repreensivos de todos.

– Tem muitos robôs ainda. – Jasper apareceu ao meu lado.

– É, mas muitos não irão funcionar. – Falei caminhando entre os robôs. – Acho que tem cem robôs aqui.

– Tyler e eu faremos a contagem. Jessica e Rose ficam responsáveis pelo acampamento improvisado. Angela e Alice trocarão o curativo do Edward.

– Assim que o curativo for trocado iremos procurar peças uteis pela fabrica. – Agora foi minha vez de tomar a frente. – Tentaremos salvar o maior numero de robôs possíveis. – Todos assentiram e se afastaram de mim e de Jasper.

– Quanto tempo você acha que ficaremos aqui?

– Não sei, talvez três dias ou quatro. Temos que fazer o possível para isso ser rápido, teremos que ficar trabalhando dobrado aqui. – Falei ainda encarando os robôs. – Todos irão aprender um pouco para ir ajudando, está de acordo?

– Com certeza, acho uma ótima ideia. – Assenti indo onde algumas pessoas estavam.

– Iremos ficar aqui?

– Sim, acho melhor. Estamos longe o suficiente do hall para nos proteger e perto o suficiente dos robôs para protegê-los.

– Edward, já está tudo pronto. – Angela se aproximou colocando as luvas. – Alice, acho que não irei precisar de ajuda. – Dispensou Alice. Sentei na cadeira de frente para ela, ela pegou soro e gases.

– Irei tirar o curativo, não abra o olho. – Assenti enquanto ela tirava. – Consigo ver o corte... – Estanhei a animação em sua voz. – Acho que não afetou diretamente seu olho, sua visão deve estar intacta. – A encarei ansioso. – Mas calma, isso é o que eu acho. A ferida ainda está aberta, vai pegar ponto...

– Tudo bem, você pode fazer isso pela noite?

– Claro, irei só separar os materiais...

– Desculpem atrapalhar, vim trazer o presente do Edward. – Escutei a voz da Rose atrás de mim e Angela rir.

– Rose, não me faça falar onde você coloca esse tapa-olho...

– Vocês são muito bonitos juntos, ela parece ser uma irmã mais velha e implicante. – Angela falou com o tapa-olho na mão.

– Ela e Emmett me enlouquecem. – Resmunguei agarrando o tapa-olho e ela saiu de perto gargalhando alto.

– Não jogue fora, você pode usar quando a ferida estiver cicatrizando.

– Você está cogitando pedi para que eu use isso? – Encarei-a atônito.

– Na verdade não seria ruim, ele deixará o lugar mais aberto e sem falar que as gases estão acabando... Podemos usar outras coisas improvisadas, mas ele ajudará. – Suspirei derrotado.

– Droga, odeio vocês.

– Pronto, feito. – Assenti levantando e voltando para a sala dos robôs.

– Contamos... – Jasper se aproximou acompanhado de Tyler que olhava para todos os lugares menos para mim. – Tem cento e seis. Mas seis estão em estado deplorável, então fica apenas cem.

– Tudo bem, não é uma grande perda para quem ainda tem cem. Irei com Rose e Erick procurar por peças. – Me afastei e encontrei-os conversando.

– Hey, cadê o meu pirata?

– Até você Erick? – Reclamei incrédulo, ele deu de ombros rindo. – Odeio vocês.

– Vamos logo, marujos. – Rose engrossou a voz e saiu andando. Suspirei cansado de reclamar e a segui.

– As salas de montagem são as da direita e as de criação as da esquerda. – Erick falou já com o computador de pulso dele.

– Quero ver a sala de montagem. – De todas as salas ela era a que estava em uma situação melhor. – Ainda bem que ela não sofreu nem um dano. As maiorias das peças estão intactas.

– As salas de montagem são as da direita e as de criação as da esquerda. – Erick falou já com o computador de pulso dele.

– Quero ver a sala de montagem. – De todas as salas ela era a que estava em uma situação melhor. – Ainda bem que ela não sofreu nem um dano. As maiorias das peças estão intactas.

– Começaremos a levar o essencial para a sala dos robôs e o resto podemos pegar aqui depois. – Rose falou pegando o radio comunicador, mas o Erick bateu em sua mão derrubando o raio no chão.

– NÃO... – Ele rapidamente se recompôs. – Eles podem pegar o sinal e rastrear. Ou pior podem escutar a conversa, aí estamos perdidos.

– Tem razão... – Concordei.

– Desculpe, foi automático... – Erick falou sem graça.

– Tudo bem, relaxa. – Rose riu tranquila. – Mas da próxima vez arranco seu braço fora... – Falou e saiu calmamente. Olhei para o Erick prendendo o riso e ele me encarou assustado.

– Bom... – Comecei depois de respirar fundo. – Vamos levando algumas coisas. – Vasculhamos o lugar e achamos algumas caixas de baterias e ferramentas. Depois de um tempo Jasper, Tyler e Michael juntaram-se a nós. – Isso é suficiente por hora. – Sai a procura de Angela.

– Estava procurando você, está tudo pronto. Vamos? – Ela falou parando na minha frente.

– Claro, estava procurando por você também. – Seguimos para uma parte afastada onde Alice estava. Sentei na cadeira esperando elas começarem. Alice aproximou-se segurando uma bandeja com materiais.

– Nem vai doer, mas se doer você aguenta. – Encarei-a assustado. Ela limpou a ferida devagar e começou. – Não se preocupe, sou ótima em pontos. Eles irão ficar retinhos e bem fechados, mantendo as bordas da pele bem unidas.

Senti pequenas picadas, mas nada que me fizesse reclamar ou gemer. Depois de alguns minutos ela se afastou.

– Pronto, está feito. Não vejo nem um problema no seu olho, os cortes estão apenas ao redor. Então assim que cicatrizar faremos os testes. – Voltou para colocar o curativo. – Certo, agora é só manter as suturas limpas e secas, evitando molhá-las por pelo menos 48 horas.

– A cicatriz ficará muito grande? – Perguntei um pouco receoso.

– Não acho que ficarão muito grandes...

– Obrigado, agora irei cuidar dos meus afazeres. – Voltei para a sala onde ficavam os robôs.

– Dói muito? – Michael apontou para o meu olho com curativo.

– Nada insuportável!

– O quê? Toda dor por mínima que ela seja é insuportável! - Dei de ombros rindo.

– Se você diz, vamos começar logo com isso. Temos muita coisa para fazer. – Falei tomando uma posição perto dos robôs. – Prestem a tenção... Será um pouco complicado, mas nada tão difícil para ninguém aprender. – Me pronunciei tomando a atenção de todos para mim.