Human
Capítulo 18 - Happy Graduation, Cupcake.
(Nós somos os campeões
Não há tempo para perdedores
Porque nós somos os campeões do mundo)
[We Are The Champions - Glee Cover]
POV. Nath
– Nath... – escuto uma voz me chamar e logo em seguida batem várias vezes na porta do quarto. – Nath... Acorda! – exclama e continua batendo na porta. Resmungo e me agarro mais a James e ele ri.
– Eu não sou um ursinho de pelúcia... – ele cantarola em meu ouvido.
– Nem começa, James Barnes. – rosno abrindo os olhos.
– Por que tanto mau humor? – ele pergunta e me dá um beijo no pescoço.
– Odeio acordar cedo. – grunho ignorando os carinhos e me levantando. As batidas continuam insistentes. – Já acordei! – resmungo para Pepper assim que abro a porta.
– Você está atrasada.
– Não estou não. – retruco.
– Seu voo é 7hrs30min. E já é 6hrs55min.
– O que? – exclama desacreditada e entro no quarto, sendo acompanhada por Pepper.
– Bom dia Bucky. – cumprimenta Pepper amigavelmente.
– Olá Pepper. Bom dia. – devolve o cumprimento e levanta na cama, passando a mão pelos cabelos desarrumados os deixando mais desleixados que antes.
Ignoro ambos e corro para o banheiro e fecho a porta tirando o pijama rapidamente e ligando o chuveiro entrando na água gelada logo em seguida. Tomo um banho rápido.
– Nath? – chama James e abre uma pequena fresta da porta.
– Oi?
– Sua toalha. – e entra no banheiro, me entregando. Seus olhos passam por meu corpo e eu coro de vergonha.
– Obrigada. – murmuro me cobrindo com a toalha.
– Você estava melhor sem ela. – sorri malicioso e eu lhe dou um tapinha no ombro.
– James! – repreendo.
– Eu só disse a verdade. - dá de ombros.
Hoje é sábado e é o dia da formatura (que havia ser as 18hrs00min). Vamos eu, o Tony, a Pepper e o James; e é claro que eu queria que todos fossem, mas New York não pode ficar sem heróis.
James vai para seu quarto tomar banho e eu me arrumo enquanto isso. Quando termino, vou até a cozinha e pego uma maçã, caminhando até o quarto de James.
– Jaaaaaaaaaaaaames. – chamo assim que entro no quarto.
– Já terminei. – ele diz e sai do banheiro já arrumado.
Pego meu celular e vejo que já são 7hrs15min.
– Ai meu Deus! – grito e agarro a mão de James que ri. – Não ria, James! – resmungo nervosa.
– Desculpe. – ele pende e prende o riso.
–
Assim que descemos (eu e James) do carro que Happy dirige, corremos para dentro do aeroporto com nossas malas (uma minha e uma dela) e vamos direto para o portão de embarque. E surpresa! O avião já foi!
– DROGA! – grito chateada.
– Hã, moça, não tem um voo daqui a pouco? – pergunta James educadamente.
– Na verdade, eu iria sugerir ele agora. Mas a passagem vai custar mais caro, pois é de última hora...
– Bitch please, i’m Natália Stark. – digo e jogo o cabelo pro lado.
– Ignore-a. – pede James revirando os olhos. – Nós vamos querer as passagens.
– O avião embarca as 8hrs30min.
– Obrigado. – fala James com um pequeno sorriso educado e me arrasta para esperar.
–
Assim que coloquei os pés em terra firme após oito horas de voo, sorri e acenei para algumas crianças que passavam por perto.
– Uau! – James exclama encantado, olhando tudo ao nosso redor.
– Incrível né? – sorrio para ele e entrelaço nossos dedos. – Táxi! – chamo calmamente.
Enquanto percorremos as ruas de Londres, posso ver James olhar tudo com admiração.
– Eu sempre quis vir para essa cidade. – pronuncio distraída, chamando sua atenção.
– Mas você não morava aqui? – ele pergunta confuso, me encarando.
– Quando eu era pequena e assistia Harry Potter, sempre sonhei que viria para Londres para ir para Hogwarts. E depois que minha professora de inglês veio pra cá e me contou como era aqui, eu soube que não descansaria até vir. – prossegui sorrindo.
– Você ama aqui, não é?
– Demais. O charme britânico, a comida, a beleza, a educação... – suspiro – Demorei um pouco para me acostumar, mas depois não queria ir embora.
– Então por que voltou? – James pergunta subitamente tristonho.
– Tony é uma cabeça-de-vento. Sempre vai precisar de mim. E eu sempre vou precisar dele.
– E de mim, você precisa?
– Mais do que tudo. – sorrio. – Eu te amo. – solto e pago o taxista, descendo na porta do hotel onde ficaremos deixando um James exuberante para trás.
– Obrigado. – ouço-o agradecer ao taxista e quando olho para o lado, o vejo e ele abraça minha cintura desajeitadamente. – Você disse que me ama?
– Disse. – respondo dando de ombros. – Sabia que não é só você que pode falar essas coisas bonitas, né?
– Sério? Então me faça uma declaração.
– Eu consigo fazer isso. – faço cara de esnobe e fico pensativa.
– E então? – pergunta assim que entramos no elevador e apertamos para um dos andares mais altos.
– Ok, eu não sou boa com isso. – resmungo e o elevador se abre. – Deixo a tarefa de fazer declarações bonitas para você, Sr. Romântico. – digo suavemente arrogante e o puxo pela mão até a suíte onde ficaremos.
– Cumprirei essa tarefa com muito prazer. – ele devolve rindo.
– Pai? – pergunto confusa assim que abro a porta da suíte.
– Oi Nath... Bucky. – ele faz uma suave careta ao dizer o último nome.
– O que você tá fazendo no meu quarto?
– Eu vim me desculpar por minha reação exagerada. – Tony diz parecendo contrariado. – E dizer que aceito o namoro de vocês. – resmunga com uma careta.
– Sério? – retruco sorrindo. – Obrigada!
– Só isso? Eu me desculpo e aceito a minha garotinha namorando com um marmanjo e não ganho nenhum abraço? – meu pai reclama e eu reviro os olhos e o abraço rapidamente. Volto para o lado de James e sorrio para ele. – Só não se agarrem na minha frente. – pede Tony.
– Ok, obrigado Anth... – interrompo James o beijando.
– É a mesma coisa que falar com as paredes. – resmunga Tony e fecha a cara, deixando o quarto logo em seguida.
– Será que ainda temos algum tempinho para aproveitar? – pergunta James malicioso enquanto segura minha cintura firmemente contra seu corpo.
– Minha formatura é as 18hrs. Já são 16hrs50min.
– E...?
– E que eu tenho que me arrumar! – grito e começo a procurar meu vestido dentro da mala.
– Mas... – protesta James.
– Nem mais nem menos.
– Droga.
–
Um simples, porém verdadeiro fato sobre mim: Eu sou linda. E disso todo mundo sabe, dã. Mas hoje consegui me sobressair. Sorrio para meu reflexo no espelho do banheiro do colégio e ajeito meu vestido e a beca vermelhos. Dou-me uma última olhada e saio do banheiro, dando de cara com as várias becas azuis escuras de meus colegas.
Quando me disseram que eu iria ser a oradora da minha turma, eu simplesmente liguei para a diretora e pedi para que minha pessoa pudesse usar uma cor diferente de beca, afinal eu deveria ser a central dessa droga toda. É claro que ela relutou, mas acabou cedendo.
– Você está linda... – James sussurra em meu ouvido, me assustando levemente.
– Donde você surgiu, criatura divina? – retruco com a mão no coração.
– Está na hora da entrega dos diplomas. Vai lá com seus colegas. – Tony manda e vejo Pepper com um vestido azul escuro ao seu lado.
– Ok.
E caminho até as cadeiras próximas ao auditório me sentando do lado de uma colega.
– Parabéns a todos os formandos do ano de 2014! – a diretora sorri. – Se dirijam ao palco quando seu nome for chamado. – informa. – Amber Ponoly... Ariane Kario...
E me distraio momentaneamente. Começo a pensar em como seria o romance entre o Loki e a Crissie (sim, a Crissie não admitiu ainda, mas ela gosta dele!)...
– Natália Stark! – a diretora chama e eu levanto, caminhando calmamente até o palco. – Parabéns. – ela sorri forçada e me entrega o diploma.
– Valeu.
O restante dos nomes passa como um borrão e quando vejo já é a minha hora.
– E com vocês, a oradora da turma do 3° Ano: Natália Stark! – a diretora exclama e bate palmas, sendo acompanhada pelos outros que estão no imenso salão.
Respiro fundo e caminho o mais normalmente que consigo, com medo de tropeçar em meus próprios pés, simplesmente odeio esse tipo de público, o que espera que você erre e que esse erro seja comentado pelo resto da vida. Subo no palanque e ajeito o microfone.
– Primeiramente, é Natália de Andrade Stark, Sra. Watsh – corrijo-a e vejo Tony segurar o riso – Ok, vamos ao que interessa. – sorrio forçadamente. – Quando ligaram em minha casa e avisaram que eu seria a oradora da minha turma, eu quis matar todos os meus colegas. Mas depois pensei bem, raciocinei que eu seria presa se fizesse isso e vocês não merecessem tudo isso. – digo como se não fosse nada e todos estão segurando o riso agora. –Sim, eu preparei um discurso e o decorei e não quero ninguém conversando no meio dele, combinado? – pergunto e todos assentem desconfiados. – É tipo uma autoajuda, então não ousem me zoar se não sofreram as consequências! – ameaço prendendo o riso. – Vamos ao que interessa! – sorrio e começo. - Quando tínhamos seis anos nos questionaram o que gostaríamos de ser quando ficássemos maiores, nossas respostas foram variadas e loucas, do tipo: astronauta, princesa, o presidente e no meu caso dona do mundo. Com onze nos perguntaram de novo, respondemos: dançarina, cowboy, veterinária e eu queria ser filha do Tony Stark. Com quatorze a mesma pergunta chata e as respostas mudaram um pouco: médico, advogada, fisioterapeuta, desenhista e eu já era filha do Tony Stark, mesmo sem saber e ainda queria ser agente do FBI. – vejo algumas pessoas rindo e outras sorrindo. – Mas agora que crescemos e estamos nos formando, eles querem uma resposta definitiva. Que tal essa: Quem diabos sabe? Essa não é a hora de tomar decisões importantes e difíceis, é o momento de errar. Dormir no trem ou no ônibus e passar de sua parada. Namorar... Muito. Fazer faculdade de filosofia, porque não há como sobreviver apenas filosofando. Mude suas ideias, adapte seus sonhos e corra atrás, de novo e de novo, porque nada é permanente agora. Você pode cometer vários erros agora, então erre antes de não poder mais! Desse jeito, quando nos perguntarem o que somos, não vamos mais chutar, já seremos. Nós somos os campeões, meus amigos! – finalizo sorrindo e todos se levantam e aplaudem principalmente Tony que está com um sorriso imenso e assovia. Meu pai não é normal, mas quem disse que eu ligo? Eu também não sou! Meus olhos procuram James e quando o encontro, ele sorri pra mim e eu pisco pra ele discretamente.
Desço do palco e quando começo a correr até James, Henry aparece na minha frente e logo em seguida vários outros colegas também, todos me parabenizando pelo discurso e falando para quais faculdades vão.
– E pra qual faculdade você vai, Natália? – pergunta Peter, um dos meus colegas.
– Hã... Elas já mandarão a resposta? – pergunto meio indiferente.
– Já. Pelo menos a maioria. – responde Henry, parecendo incrédulo com a minha falta de interesse.
– Ah... Eu... – começo chateada, afinal não recebi nenhum e-mail ou carta.
– Nath! – a voz de James me interrompe e o sinto me abraçar por trás e me dar um beijo no pescoço. – Você estava incrível. – sussurra em meu ouvido.
– Obrigada. – sussurro de volta e ele se move para ficar na minha frente e enlaça minha cintura, selando nossos lábios.
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