Auch, minha cabeça está rodando. Que diabo aconteceu? Levantei-me e fui para o banheiro. Nem tive o trabalho de me despira, já estava pelava. Hm, que estranho.

Liguei o chuveiro e senti a água descer pelas minhas costas, era relaxante.

-Caralho – resmunguei, quando a água caiu na região da minha virilha.

A dor era incômoda, diferente. Mas o que diabos é isso? Tinha sangue seco na entrada da minha vagina. NÃO, NÃO, NÃO, EU NÃO PERDI A VIRGINDADE ONTEM.

Eu não lembrava, eram apenas flashes de música alta, bebidas com cheiros atraentes e Jéssica sorrindo maliciosamente para mim.

Sai logo depois do banheiro e me enrolei em uma toalha. Saí do banheiro e me arrependi de ter feito. Tinha um cara na minha cama, com um ar sonolento. Suas costas eram largas e ele era bem alto, com músculos aparentes. O cabelo era preto, bem preto. Ótimo, ele confirma a minha suspeita de ter perdido a virgindade pra um estranho.

-Quem é você? – falei pausadamente, eu estava em completo pânico.

-Onde eu estou? – ele respondeu com outra pergunta, com um tom de voz firme.

Suspirei e fui até a cama, me sentando na beirada.

-Está no meu quarto, acho que nos encontramos no bar ontem. – fechei os olhos com raiva. – Não acredito que transamos.

-Eu...nós... – ele abriu um sorriso idiota. – Eu sou Jack.

-FODA-SE. Se eu passasse em Yale, não faria sexo até me formar. O que ainda está fazendo aqui? – revirei os olhos.

-Sem sexo até a faculdade? Depois eu que sou o louco. – ele se levantou e eu virei o rosto.

Ele estava pelado. E..Wow.

-Se veste e caia fora, eu tenho que trabalhar. – peguei a calça dele e fiz uma careta. – Porque um de nós não tem a sorte de ter uma conta na Suíça.

Ele riu já vestido e se aproximou de mim. Ele colocou os dedos em meus cabelos e encostou os lábios nos meus. Fiquei paralisada, enquanto ele passava sua língua pelos meus lábios. Sem pensar, abri a boca e enlacei seu pescoço com os braços. O seu gosto era perfeito, mesmo sem ambos terem escovados os dentes. Nossas línguas se encontravam com sincronia e luxúria.

De repente, ele soltou meus cabelos e se afastou, enquanto eu arfava. Ele saiu do quarto, batendo a porta. Sentei-me na cama e passei os dedos pela boca. Depois de alguns minutos, eu suspirei e me levantei. Saí do quarto e soquei a porta do quarto da frente.

-Sua vadia lésbica de quinta categoria! Abre essa porta, AGORA!

-Quem morreu? – Jess abriu a porta, resmungando.

-Minha virgindade, caralho! – alguém se esqueceu de lavar minha boca com sabão.

-Ah, como foi? – ela perguntou, com uma cara de pau incrível.

-Como foi?!Jéssica, você me deu pra qualquer um, como uma vadia!

-Senta aqui, mulher.

-SENTA AQUI O CARALHO! Não sou como você! Não fico dando pra todo mundo, querida. Eu nem o conheço! Você sabe o que podia ter acontecido? Ainda bem que usamos camisinha!

Bufei, depois de desabafar. Saí do quarto e entrei no meu, mal percebi que ainda estava de toalha. Peguei uma roupa no guarda roupa, um vestido preto e um short de malha fina, já que a dor era tanta que a calcinha incomodava. Calcei um par qualquer de meias. É, meu quarto está uma bagunça.

Comecei a recolher as roupas, algumas minhas e um casaco extremamente caro do tal Jack. E umas 5 ou 6 camisinhas espalhadas, todas usadas...Que porra é essa? Eu nem acredito que fiz tanta coisa e mal consigo lembrar-se de nada. Joguei os preservativos no lixo e peguei uma garrafa de água. Apanhei um comprimido para dor de cabeça. Minha cabeça ainda doía e eu precisava descansar.

Tomei o remédio e pulei na cama.

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Acordei às 8 da noite e peguei um vestido branco; parece que vou ter que usá-los por enquanto que essa dor insiste. Coloquei um all star vermelho e prendi o cabelo em um rabo de cavalo mal feito. Tentei disfarçar alguns roxos em meu pescoço, mas foi sem sucesso. Passei um gloss clarinho e desci as escadas.

Cheguei ao bar e fui para o lado de Jessica, que vestia uma roupa comportada, o que era um milagre. Peguei um dos aventais e me sentei em um banquinho.

-Olha, ele está ali. – ela se aproximou de mim e sorriu.

-Ele quem? – dei uma risada nervosa, totalmente falsa.

-O que você ficou ontem à noite.

Bufei e me levantei de pulo, indo para o banheiro feminino. Encostei-me a pia e deixei a água da torneira cair. Fiz uma concha com as mãos e joguei a água no meu rosto e pescoço. Suspirei o olhei para a maior marca, uma enorme marca arroxeada em cima dos meus seios.

-Essa foi meio fundo, não acha?

Quase tive um treco de susto. Virei-me para Jackson e arregalei os olhos. Andei até ele e crispei os lábios.

-Isso não é nada. – apontei para a marca. – Se você visse os outros, aí sim sentiria pena.

-Pena? Porque acha que estou com...pena? E do que está falando? – ele arqueou uma sobrancelha e eu me segurei para não suspirar.

-De... só saia da frente, por favor.

Tentei abrir a porta, mas ele a barrava com o braço. Empurrei o braço dele e ele me prensou contra a parede, tão próximo que eu podia sentir seu hálito de cerveja e cigarros; podia perceber que os seus olhos verdes penetrantes estava sorrindo, um sorriso sincero, nada parecido com o sorriso malicioso que os seus lábios convidativos mostravam.

-Não. Então, qual o seu nome?

Mordi o lábio inferior e fechei os olhos. Da minha boca, ele não saberia de NADA!

- É Kim! Kimberly! – Jess gritou. É, dela eu só esperaria isso.

-Cala a boca! – berrei, abrindo os olhos.

-Agora é tarde. – ele riu e olhou para Jess.

Minha vez de escapar. Joguei os braços dele para longe de mim e sai do banheiro, voltando para meu posto. Hoje estava razoavelmente cheio e tinham algumas bandas se apresentando. Vi uns caras subirem no palco, parecia que o vocal estava atrasado.

-Jack, seu safado, vem logo tocar. - um cara alto e loiro resmungou. – Desculpem o atraso do nosso vocal, pessoal. Com vocês, Jack Daniels!

Senti um frio me percorrer e eu revirei os olhos. Eles cantaram umas músicas de composição própria e Dani Califórnia, que modestamente, Jack arrasou no solo da guitarra.

Todos eles agradeceram e vieram para o bar.

- E aí, o que achou? – Jack veio para o meu lado, sorrindo.

- O que vai querer para beber? – perguntei indiferente.

- Uma cerveja. Mas o que achou das músicas?

Virei-me para pegar a cerveja no freezer e entreguei a ele, marcando no cartão de consumo.

-Eu estava trabalhando, não pude prestar atenção.

- Você prestou atenção sim, vi sua cara de longe. Porque fica me ignorando? Quer saber? Foda-se.

Ele levantou com raiva e engoli em seco. Acho que fiz merda.

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Depois de algum tempo, Jerad, o tal cara loiro, veio tomar um drink.

-Oi, sou Jerad. – ele se apresentou, sorrindo.

-Conheço você, toca na banda do Jackson. Sou Kimberly. – sorri de leve, sendo simpática.

-Prazer. Ah... Falando nele, você o viu?

-Não.

-Poderia procura-lo para mim?

-OK.

Tirei o avental e o joguei embaixo do balcão, enquanto Jerad tinha um sorriso bobo no rosto.

Ok, eu posso pedir desculpas para Jack, é uma boa oportunidade.

Passei pelas várias pessoas se agarrando e fui até um dos quartos que eram usados como camarim. Tinha escrito 100 Monkeys (N/A: Juro que não resisti *-*).

Porque Jerad não foi chamá-lo ele próprio? Escutei gemidos baixos vindo do quarto, então bati na porta.

Nada de resposta.

Abri a porta de uma vez.

Minha boca se escancarou. Uma garota qualquer estava de joelhos, seminua, e lambia o pênis dele. Ele estava de olhos fechados, empurrando a cabeça da garota para que ela o engolisse inteiro.

Senti nojo de mim mesma. Eu iria pedir desculpas para alguém que se importava com fodas imbecis, não com o sentimento dos outros.

Continuei estática, com as lágrimas rolando pelo rosto, até Jack abrir os olhos. Ele arregalou os olhos e empurrou a garota, que caiu no chão. Ele pegou a calça e eu dei as costas, correndo para fora do quarto, e soluçando alto.

Esbarrei em algo sólido, e pude perceber que Jerad tinha um rosto tenso, enquanto me fitava. Ele me abraçou e acariciou meu cabelo, tentando me acalmar.

-Calma, o que houve? – ele murmurou confuso.

-Kim, eu... – Jack apareceu, arfando.

- Você não precisa explicar nada. – me soltei dos braços de Jerad e corri para a escada.

O corredor estava vazio, eu tinha sorte. Mordi o lábio inferior e praguejei baixo, abrindo a porta do quarto. Desabei na parede, chorando, soluçando, tremendo.

Ele não devia... Não, eu que me esperancei! IDIOTA!

Levantei-me e fui ao banheiro. Lavei o rosto, sem ao mesmo me ver no espelho. Arrastei-me até a cama e cobri o rosto com o lençol. Fechei os olhos com força e tentei conter as lágrimas.

Eu poderia fingir que nada disso acontecera?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.