PDV Eloise

- Acho que exageramos demais. – Disse para Elena apontando para as mãos cheias de sacolas quando voltamos depois de um dia de compras.

- Talvez... Ah, mas quer saber, merecíamos mesmo uma folga.

Pois é. E que folga, o dia passou voando, e desta vez não teve pedras, nem ladeiras, nem socos, nem nada parecido.

=D

Passamos o dia fazendo compras!

Isaac e Luke até tentaram nos acompanhar, mas logo depois das primeiras duas horas desistiram e deram a desculpa de ter que assistir um jogo de futebol.

Fracos. Eu e Elena ficamos umas oito horas andando pra cima e pra baixo e eu nem estava cansada.

Com Alice as compras duravam muito mais tempo.

-É verdade, merecíamos mesmo.

- Elena.

Nos viramos em direção a voz.

- O que houve Alec?

- Aro quer falar com você.

Alec diferente da irmã até que era legalzinho, tipo, ele não me olhava como se quisesse me matar o que fazia com que subisse no meu conceito. Agora, não se pode falar o mesmo de Jane.

- Hmn... Tudo bem então. Eloise pode levar as sacolas pro meu quarto, por favor?

Ela jogou as sacolas na minha direção.

- Claro – Já que você já me deu as sacolas mesmo. Tive vontade de dizer, mas não seria muito educado.

- Obrigada.

Ela saiu andando e sumiu de vista em segundos.

Ótimo.

Onde fica o quarto de Elena mesmo?

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Depois de andar, e andar, e andar...

Eu não achei o quarto.

¬¬

Pelo menos havia perdido o medo de andar nos corredores, eles não eram tão assustadores assim, não quanto antes.

Ouvi alguém me seguindo, aposto que era a mesma pessoa daquela vez.

Sai correndo, e o desconhecido estava mesmo me seguindo.

Ò.ó

Então tive um plano infalível.

Virei na primeira esquina que vi, e ao em vez de continuar correndo, parei e lancei meu braço pra trás dando uma mega sacolada (lê-se de dez sacolas) no meu perseguidor.

- Aiii! – gritou

Haha, um plano que dá certo, já estava na hora.

>8)

Virei-me para encarar a criatura e...

- Jane?

Ela estava com a mão no nariz e me olhava com raiva.

- Sua maldita! Quase quebrou meu nariz!

Apontei o dedo para sua cara.

- É bom pensar duas vezes antes de me atacar com seu poder.

Disse quando ela ficou na posição de ataque.

Ao me ouvir, voltou a postura normal. Mas ainda me encarava como se quisesse me jogar numa fogueira.

- Juro que se não fosse esse seu poder...

Já estava cansada dessa poodle irritante. Era pior que Tanya!!!

- O que? Se o problema é esse a gente pode resolver as nossas diferenças no tapa. Acha que eu tenho medo de você? – Coloquei as sacolas no chão.

Ela sorriu de orelha a orelha.

- Bem que eu gostaria. Adoraria quebrar essa sua cara ao meio e fazer engolir suas palavras... – Seu olhar ficou serio. – Mas não posso mexer com você. Eu sigo ordens de Aro.

Uma raiva súbita me invadiu.

- Eu não preciso que me protejam de nada.

Ela riu da minha cara. Um riso cínico.

Ò.ó

- Garota. Você não tem noção de nada mesmo. Acredite, se não fosse por esse apresso que Aro tem pelo seu poder e se ele não te deixasse sob essa proteção constante, você já teria visto o verdadeiro poder dos Volturis. A começar por Isaac.

Meus olhos se arregalaram de surpresa.

- Do que está falando? – Sussurrei.

Sua risada feriu meus tímpanos.

- Ele é um dos mais poderosos da guarda e acabaria com você num piscar de olhos. Ué, você não acreditou mesmo que ele gostasse de você não é mesmo?. Se Isaac é tão gentil com você, acredite, Eloise, ele segue ordens.

As palavras me atingiram como um raio. Mas eu não ia acreditar nela. Eu podia.

- Isaac tem que fazer com que você se apaixone por ele, mas é apenas para que você não acabe fugindo. Afinal, como eu disse, seus poderes são importantes demais para Aro. – Continuou.

Fiquei encarando aqueles olhos vermelhos que agora estavam terrivelmente assustadores.

- E parece que está dando certo, não é? – E se desatou a rir.

Reuni todas as forças que tinha e peguei as sacolas do chão.

- Você está mentindo. – Soltei num som baixo e fraco.

Sai andando a passos largos e pesados pelo corredor.

- Não estou. Você logo irá perceber. – E a ultima coisa que ouvi foi sua gargalhada antes de ser invadida pelo silencio.