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The Hell - Part 2


— Precisamos sair daqui. – A voz de Luke flutuava na casa em chamas. – Penelope, precisamos sair daqui.

O olhar da mulher era de desespero por Kevin ainda estar apontando uma arma, mesmo com um braço sangrando.

— Vocês dois não vão a lugar nenhum. – Kevin tinha sangue, roupas rasgadas e algumas queimaduras. – Não se eu puder evitar.

— Chega Kevin. – Penelope se cansou de Kevin e de suas ordens. – Meu marido e eu vamos embora. Se você quer morrer queimado, fica à vontade.

Kevin deu um tiro que quase acertou Penelope. Ela teve o sangue frio de conseguir se afastar antes que ele pegasse.

— Você não vai a lugar nenhum. – Kevin tentou se aproximar dela, mas algo o prendeu no chão e a arma travou. – O que diabos está acontecendo aqui?

Luke puxou Penelope escada a baixo antes que Kevin conseguisse se mexer de novo. Ele não sabia o que estava acontecendo, mas era hora de correr.

Eles não conseguiram chegar as escadas antes que o chão desabasse sobre seus pés e eles caíram com tudo. Penelope só conseguia sentir que alguém a estava levantando e ela tinha medo por Luke.

— Por favor, fique parada. – A voz profunda de Steve se infiltrou nos ouvidos dela. – Alguém pegue uma maca.

— Luke? – Penelope estava com medo. – Onde ele está?

— Meu parceiro e o agente Gibbs estão pegando ele. – Steve a viu piscar lentamente. – Você precisa ficar acordada, senhorita.

— Estou cansada. – Penelope decidiu que era seguro fechar os olhos. – Proteja Luke.

Foi a última coisa que Pen disse antes de desmaiar. Steve a colocou na maca e percebeu que ela poderia ter uma concussão.

Luke foi colocado em uma outra maca com alguns cortes e queimaduras.

Kevin ainda estava preso no quarto em chamas. Ele viu os vultos se aproximando dele e sabia que era sua hora. As velas derretidas se acenderam e ele olhou para o espelho do quarto.

— Um dia, eu te prometi minha alma. – Ele se sentou na cadeira ainda intocada. – E você veio buscar. Mas você não vai me levar. – Ele pegou a foto de Penelope. – Eu vou ter ela ainda. Você não pode me obrigar a ir com você.

O vulto apenas se aproximou e agarrou Kevin com força, o arrastando para o espelho.

— Não! Não! – Kevin se debateu quando foi sugado para dentro. – NÃÃÃÃÃOOOO!

O vidro se partiu completamente e queimou em pedaços assim como a casa, que acabou desabando. Todos correram para long enquanto observavam os caminhões de bombeiros garantirem que nenhuma outra casa havia pegado fogo.

Abby estava nos braços de McGee e chorava por tudo o que estava acontecendo. Todos olharam para o que sobrou da casa e se perguntando se era possível que Kevin estivesse vivo.

— Eu acho que é impossível. – Hotch comentou. – Mesmo que ele tenha sobrevivido ao incêndio, ele nunca viveria depois de o imóvel desabar. Com certeza, acabou.

— O inferno pessoal de Penelope acabou. – Derek disse. – Vamos para o hospital.

Todos se reuniram em seus carros e foram em direção ao hospital onde Luke e Penelope estavam.

Savannah, a esposa de Derek aguardava tanto Pen quanto Luke. Os dois foram colocados na mesma sala.

Eles tinham concussões, queimaduras superficiais e Penelope havia quebrado o braço na queda, mas fora isso, os dois iriam ficar bem.

Abby também foi checada assim que chegou ao hospital e um curativo de neon foi colocado no único ferimento que ela tinha.

Derek resolveu ficar ao lado de Penelope. Mesmo que ela estivesse casada e com Luke ao lado dela, Pen sempre seria a Baby Girl dele. Ele tocou os cabelos dela e suspirou. Ele havia sido muito apaixonado por ela no passado, mas agora, ele era apenas o amigo que ela poderia sempre contar.

Ele olhou para JJ com Luke e se perguntou o porquê ele nunca ficou com ciúmes do homem. Ele sempre ficou com ciúmes dos outros relacionamentos dela e com Luke não.

— Luke? – A voz dolorida de Penelope fez Derek sair de seu estupor. – Luke!

— Ele está bem, Baby Girl. – Derek a viu olhar diretamente para ele e colocou os óculos dela. – Oi, querida.

— Derek? – Penelope sentiu uma dor horrível passar por seu braço. – O que está acontecendo?

— Você e Luke sofreram uma queda quando o chão da casa cedeu. – Derek a olhou. – Você tem algumas queimaduras, uma concussão e um braço quebrado.

— E Luke? – Pen viu JJ chegando ao lado dela. – Ele está bem?

— Sim, Pen. – JJ deu um beijo singelo na amiga. – Vocês dois vão ficar bem.

— Obrigado por virem por mim. – Penelope sentiu o sono a chamar.

— Durma um pouco mais, querida. – Derek beijou a testa dela. – Eu acho melhor o médico vir aqui.

— Penelope! – A voz agitada de Luke os fez perceber que o homem também havia acordado. – Pen!

— Acalme-se, Luke. – JJ apertou a campainha. – Vocês dois vão ficar bem.

Os dois se olharam, sabendo que a partir de agora, tudo iria ficar bem.

Jenny e Gibbs olhavam os destroços da casa em busca de qualquer sinal de Kevin. Eles encontraram a arma derretida, as roupas dele, mas nada de um corpo.

— Mesmo com aquela explosão, ainda teríamos um corpo. – Jenny falou. – E as roupas estão praticamente intocadas.

— Então achamos que ele morreu ou viveu? – Gibbs olhou para o que antes tinha um espelho. – O que aconteceu com o vidro?

— Queimou. – Jenny olhou para um pedaço que ainda estava queimando quase doze horas depois do incêndio ser apagado. – Você não acha que....

— Jen, as vezes as coisas não podem ser explicadas. – Gibbs abriu um buraco fundo e jogou o que conseguiu recolher de vidro. – Às vezes, as coisas são apenas mistérios.

Ele jogou terra e sal e deixou o lugar com Jenny.

Kevin estava olhando por todos os lados de sua prisão. O lugar cheirava a enxofre e era quente demais. Ele vestia trapos ao invés das belas roupas de marca.

— Você aqui? – Um homem com um buraco na testa apareceu. – O que você fez para estar aqui?

— Eu tentei matar minha ex. – Kevin se sentou, agora acostumado ao calor do banco. – E Você?

— Eu tentei matar uma federal. – Ele explicou. – Levei um tiro na agencia.

— Jason? – Kevin agora sabia quem era o homem.

— Kevin. – Battle apertou a mão do homem. – Então, você tentou matar Penelope também.

— E morri. – Ele disse. – O que é esse lugar mesmo?

— O inferno. – Battle se sentou mais longe dele. – Sessões de torturas e banhos de enxofre, mas a BAU, o NCIS e a Five 0 encheram esse lugar de assassinos mortos.

— E eles não vem aqui? – Kevin ainda tinha esperanças.

— Não, eles estão com lugares garantidos no céu. – Battle viu o demônio chegar perto. – Boa sorte.

Mais uma vez, Kevin foi levado pelo demônio para ser torturado. E só estava começando.