Estava escuro, nada iluminava o local além da luz do luar. Ele estava na minha frente e as únicas palavras que saiam de minha boca eram implorando a ele, minha voz estava tão idiota... Tão desesperada.


– Me dê sua mão! - Gritei sentindo minha garganta arranhar, estavamos na cobertura de um prédio de praticamente vinte andares, eu sentia que nossa distância parecia como um precipício mesmo que estivessemos separados apenas por uma grade de proteção. Eu não conseguia me mover, apenas estacava a mão desesperadamente tentado agarra-lo de algum jeito para o deixar seguro. Ele não podia se jogar.


Não...


– Estou cansado. - Ele disse se virando de costas para mim, não ver sua face me deixava ainda mais angustiado, por mais que suas feições fossem tristes e melancólicas ainda me dava certo conforto, como se eu ainda tivesse chances de salva-lo.

–Descanse comigo! Descanse o quanto quiser, só me dê a sua mão... Porra... Vem... Não quero te perder, Satoru! - Quantas coisas idiotas eu podia falar nesse momento? Minha mente estava vazia, como tira-lo dali... Eu precisava saber. Queria poder pular aquela maldita grade e agarra-lo, mas eu tinha medo... Ele podia se jogar. Minhas lágrimas grossas e quentes marcavam minha pele invandindo meus olhos como uma cachoeira.


Minha visão que antes estava enbaçada se focou nele assim que ele se virou para mim, meu coração falhou com uma fagulha de esperança de que ele viesse a mim, seus lábios se retorceram em uma expressão estranha, estiquei mais minha mão quando ele levantou a dele, nossos dedos se roçavam, pude sentir o frio intenso da pele dele.


– Sayonara, aishita.... Taisetsu na hito... - Gackt cantarolou sua música, em tom baixo e rouco como se não tivesse falado a dias. Finalmente senti a textura macia e gélida de sua mão, mas era tarde de mais...


Ele se soltou de minha mão...


... Ele se jogou.


E estava sorrindo.


Meu mundo desabou, eu não conseguia respirar. Talvez eu não conseguisse ver nada ao meu redor devido as lágrimas que não paravam de cair, mas ainda assim não era como se eu precisave ver algo... Eu não sabia mais o que era viver.



Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.