Hogwarts Au

Uma carta e uma saída da torre.


Como todos os dias eu acordei as 6:30 da manhã e como sempre a minha já tinha saído para fazer as compras matinais e nunca me deixava ir junto. Poxa! Ela dizia que era muito perigoso e que as pessoas iriam fazer coisas más comigo, eu não tenho mais 6 anos, tenho 11 anos agora!
Eu queria ir a escola como todas as outras crianças da minha idade e aprender magia, mas não tenho que ficar aqui nessa torre, lendo livros, arrumando a casa e pintando. Sei que ela me ensina, mas eu quero ver a coisa acontecer de verdade, não ler e estudar nos livros, mas isso um dia vai mudar!
Por enquanto acho melhor arrumar a casa mesmo, vou varrendo e chão e cantando, até que vejo uma coruja um pouco amarelada na janela, carregando uma carta no bico, vou até ela e pego a carta.
Para a senhorita Rapunzel Solaris
Uma carta! Pra mim! Com carimbo e tudo!
Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Oh meu santo solzinho! Eu fui chamada para a melhor escola de magia e bruxaria do mundo! Acho que vou morrer do coração, o problema é se a minha mãe vai deixar, ela nunca deixa se for uma coisa que me tire da torre...
-Você viu isso Pascal! Eu vou para Hogwarts! É o dia mais feliz da minha vida!
Dei um beijo na coruja e no cameleão e comecei a cantar e dançar feito uma louca!
-Rapunzel querida. Jogue a corda!
-Já estou indo mamãe.
Digo guardando a carta no bolso do meu vestido roxo, corro para pegar a corda e jogo pra ela, que escala a alta torre.
-Oi querida! Como vai? Vejo que está bem alegre hoje.- Diz ela colocando a cesta de compras na mesa e depois se olhando no espelho.
-Mãe eu tenho uma surpresa para a senhora.
-O que é?
-Fui chamada para estudar em Hogwarts! Ta-da!
-Você foi o que?! Não é possível!- Diz ela me olhando com uma espécie de raiva.
-Pois é.- Digo com um certo receio, eu sei o que vai acontecer agora, ela vai surta de ódio.
-Me desculpe, mas a senhorita não vai.
-Mas mãe...
-Você não vai Rapunzel!- Ela grita.- Não quero que vá porque sei que irá se machucar, e o mundo lá fora é cruel e você ainda é muito jovem.
-Mãe eu sei... Mas a senhora disse que eu era boa em magia e que um dia eu poderia ir a uma escola.
-Eu sei, mas...
-Por favor. Não vou me meter em encrenca lá, vou me comportar.
-Está bem. Mas antes eu tenho que lhe comprar algumas coisas e não quero a senhorita falando com estranhos entendeu? Muito menos com garotos!
-Sim! A senhora é a melhor mãe que eu poderia ter!- Digo a abraçando.
Vou até o meu quarto e pego um livro de magia na estante e abro no capitulo de plantas, adoro ler esse capitulo, principalmente por que tem uma flor que trás a juventude a pessoa que canta para ela e se você fizer a poção encantriz poderá ser jovem para sempre! Mas para mim essa poção parece mais uma receita para chá.
Lembro da minha falando que queria muito essa poção, mas por ter perdido a magia, não poderia realizar o feitiço, então eu vou fazer isso para ela.
Dias se passaram deste que rebi a carta, já tinha todo o material necessário para começar só faltava a minha varinha, e agora pela primeira vez eu iria sair de casa! Mas é claro que a Gothel me deu um monte regras que devo cumprir quando estiver fora.
Saí da torre logo atrás da minha mãe, que segurava o meu punho, tudo ao meu redor era incrível! O céu azul com algumas nuvens, pessoas na rua andando rapidamente, tudo parecia mágico, e passava muito rápido, mal conseguia ver as lojas e coisas que tinham na vitrine, até que entrei numa delas.
Não era um lugar grande, era mal iluminado, tinha varias estantes com um monte de caixas bagunçadas.
-Vou falar com o vendedor e você se sente naquela cadeira ali no canto, não mexa em nada e não fale com ninguém.
Então fui, fiquei olhando o vendedor gordo e super branco remexer algumas das caixas, até uma mulher de cabelos castanho longos e com uma mecha branca com um ar de sabia, entrar no recinto acompanhada de uma menina de cabelos ruivos, embaraçados e encaracolados, parecia que a cabeça dela estava me chamas, ela vestia uma blusa de manga verde, um short e uma bota marrom, ela se sentou ao meu lado e ficou me olhando.
-Oi. Sou Merida Dunbroch! Qual é o seu nome?- Disse ela sorrindo e depois soprando uma mecha do seu cabelo que havia no seu olho, percebi que debaixo desse olho havia um curativo e não era só aquele, tinha outros, nas suas mãos e pernas. Afinal ela foi atropelada por um trem?
-Sou a Rapunzel.- Disse timidamente.
-Rapunzel. Nome legal. E você deve estar se perguntando como arranjei esses machucados todo né?! Costumo sempre andar correndo, daí vivo caindo. Ah! Esse aqui foi porque eu atirei uma flecha num livro de um amigo meu, ele ficou com raiva e brigamos feio.- Dizia ela apontando para o joelho.
-Hum... Coitada de você.
-Rapunzel, venha escolher a sua varinha anda.- Disse a minha mãe me puxando.- Não quero você falando com estranhos, não já falei isso?! Muito menos com uma Dunbroch.- Dizia ela sussurrando.
-Mas por que?
-Porque a mãe dela, Elinor Dunbroch, faz parte do conselho da magia e se você arranjar encrenca com a filha dela, você perde a magia e vira uma trouxa igual a mim. É isso que você quer?
-Não.
Escolhi uma varinha que me lembrava um pincel, pra falar a verdade foi ela quem me escolheu. Então fomos para uma estação de trem, onde a Gothel atravessou uma parede, não entendi muito bem, como uma pessoa pode atravessar uma parede? Então atravessei também com os olhos fechados.
-Abra os olhos. Já passou, venha você tem que correr, está atrasada, o trem já vai partir.
Disse a minha mãe me empurrando, na estação havia varias crianças e adolescentes se despedindo da família e entrando naquele Maria fumaça vermelho.
-Rapunzel...
-Sim.
-Tome esse é o seu bilhete, nele tem o número da cabine que você vai ficar. Eu te amo.
-Eu te amo mais.
-Eu te amo muito mais, não se esqueça e obedeça as minhas ordens.
Dei um forte abraço nela, ela beijou a minha testa e me deu uma carta, entrei no trem sem olhar para trás. Demorei um bom tempo procurando a cabine 197, acho que atravessei todos os vagões, mas não a encontrei. Nossa como sou azarada, daí resolvi me sentar no chão mesmo e me encostar numa porta de uma cabine, aproveitei e tirei aquelas sapatilhas roxas.
Então alguém abriu a porta e bati as costas no chão.
-Rapunzel?!
-Merida?
-O que faz aqui na frente da cabine?- Disse ela me ajudando a levantar.
-Não achei a minha.
-Qual o número?
- Hum... 197.
-Que coisa engraçada. Estamos na mesma cabine!
Olhei para cima e vi o número no topo da porta, ela me puxou para dentro. Junto com nós haviam dois garotos, ambos de cabelos castanhos, um lia um livro sobre dragões e o outro ficava olhando para a janela, com uma cara de quem está com um tédio mortal.