Hogwarts Au

Espelho e Lembranças


P.O.V.- Soluço

Levei o Jackson para das duas, não queria os dois cabeças duraras acabassem destruindo alguma coisa ao nosso redor, ou sei lá, da última vez, eu levei um soco forte no braço, vindo da Merida.

Mas por que o Jack anda querendo um beijo dela? Isso não faz qualquer sentido, eles vivem em pé de guerra, será que ele fez alguma aposta com o Flynn? Hum... AH! Deixa para lá.

Após sairmos do salão, eu o perguntei o por que do lance do beijo, ele simplesmente ignorou a pergunta e mudou de assunto rapidamente, falando sobre um espelho mágico no 3º andar, capaz de mostrar a família inteira. A início não acreditei, mas quando se é parte bruxo e viking, bom... é melhor acreditar me 90% das coisas magicas que lhe contam.

Ele contou também que gostaria de ver toda a minha família, péssima ideia, não queria que o Jack visse o meu pai, não é que eu tenha vergonha dele... é que... é meio estranho falar sobre ele...

Subimos as escadas em quanto ele falava sobre a vampira que os atacou ontem, fiquei muito intrigado. Pela barba de Thor, o que uma vampira iria querer aqui?

De acordo com o nanico (sou DOIS centímetros maior que ele, há!), a aparência dela me lembrava uma menina da Soncerina, que havia entrado esse ano com a gente, ela não chama muita atenção, acho que o seu nome é Mavis.

Chegamos ao 3º andar, esse lugar é bem assustador, principalmente se estivesse anoitecendo, aqui tinha varias armaduras, até pareciam que estavam me olhando por trás daqueles elmos, o chão refletia a luz, o que tornava tudo um pouco mais macabro.

Ouvimos um barulho e nos escondemos, o Nick sem cabeça estava passando, ele parecia procurar alguma coisa ou alguém, ele se aproximou de uma das portas do corredor e olhou para os dois lados, parecia se certificar que ninguém o tinha seguido e atravessou a porta.

Me virei para o Jackson, que me olhou com aqueles olhos castanhos arregalados.

–O que foi? -Sussurei.

–O fantasma entrou na sala do urso de 3 cabeças. -Falou ele de um jeito assustador.

Senti o meu sangue gelar na hora, Ursos desse tipo costumam ser colocados para guardar algo muito importante, pois matam tudo que se meche.

–Como você sabe disso?

–Eu entrei lá por engano. -Responde ele passando a mão no cabelo. -Cara eu odeio ursos.

–Mas se tem um urso desses aqui... então deve haver algo muito importante ali dentro.

Ficamos em silêncio pensando no que poderia estar guardado ali, nada me veio a mente.

–A flor da Punzie! -Disse o Frost me dando um leve empurrão e quase gritando

.-Pode ser, afinal esse planta é única e Hogwarts é o lugar mais seguro para guarda-la. Dizem que ela é capaz de deixar alguém jovem por décadas e além de ter poder curativo.

–Tá nerd, mas para que a Punzie iria querer ficar jovem? Ela é JOVEM!

–E eu que sei?! –Digo levantando uma das sobrancelhas.

–Deveria, tu sabe de tudo.

–Eu só sei sobre a flor, não sobre as intenções da Rapunzel. Mas pelo que diz os livros que andamos lendo juntos...

–Hum...- Diz ele com uma certa maldade, sinto o meu rosto ficar quente, Jackson da uma risadinha.

–Continuando. Amélia Corona, há 12 anos atrás achou a flor e transformou em um liquido e guardou num vidro. Na época ela estava grávida e depois de fazer isso, ela adoeceu, nenhuma mágica ou medicina dos trouxas conseguia cura-la, foi então que ela pediu para o marido que a entregasse o liquido e o bebeu. Após o nascimento ela decidiu da-lo para a ministra da magia, Elinor Dunbroch para guarda-lo, Elinor por sua vez o escondeu.

–Perai Nerd, é muita informação, da um tempo. –Disse o Jack passando a mão pela testa com certa preocupação.

–O Jackson e se a Rapunzel for a filha de Amélia?

Ficamos calados encarando um a cara do outro, tínhamos acabado de fazer uma enorme descoberta! A Rapunzel podia de fato ser a filha desaparecida de Amélia.

Nós saímos do esconderijo e o Jackson me levou ao tal espelho. A sala a qual ele ficava tinha um monte de coisas cobertas por uns panos que um dia haviam sido brancos acho eu, mas que agora estavam amarelados e outros marrons.

Atravessamos a sala inteira e lá no final tinha um espelho comum.

–Está vendo? Meu pai está ali sorrindo. –Disse o Jackson apontando para o espelho enorme.

Me aproximei para ver o que ele via, mas não tinha nada, além de um Soluço pequeno, sarnento e magricela, nossa que animador.

–Hum...não, só vejo você e eu. –Respondi, mas então a imagem ficou destorcida e mudou, abri os olhos, na boa não acredito no que estou vendo. –Me vejo segurando a taça do campeonato de quadribol, olhe! Eu sou o capitão do time da Lufa-Lufa!

–Eu não entendo... –Disse ele desanimado e coçando a testa. –Por que o espelho está mostrando coisas diferentes?

–Talvez ele mostre o futuro.

–Como poderia? Meu pai morreu Soluço, entendeu? Ele ta mais morto que a noiva cadáver. –Ele serra os punhos e fica com o olhar fixo para o espelho.

–Não só o seu pai...

–O seu também morreu?

–Bem... Não ele, mas a minha mãe... –Olho meio melancólico para o objeto a nossa frente. Então a imagem muda novamente e vejo a minha mãe.

Uma mulher enorme, olhos verdes musgo muito vivos, longos cabelos castanhos transados em uma grossa trança de lado, ela sorria para mim , passava a mão no meu cabelo, como se me desse um cafuné.

Fiquei assustado e feliz com aquela visão, minha mãe tinha morrido a uns seis ou sete anos atrás, tinha sido morta por um dragão, ela era a pessoa mais sabia de Berk, sabia quase tudo sobre dragões, mas se soubessem, ela seria ridicularizada por toda a ilha, então só eu e o velho enrugado sabíamos do segredo da mamãe.

((Anos antes))

–Soluço, não deveria ficar brincando ai perto do pântano, é perigoso filho. –falou uma mulher gorda indo em direção a um menininho bem pequeno, que o olhava pela primeira vez com aquele elmo enorme na cabeça pensava que era uma criança de 3 anos, porém o pequeno tinha mais idade.

–Pela ai mama, tem um dlagão ali dormindo.

–Soluço, será que não da para parar de falar errado? Você não é mais nenhum bebê.

O garotinho sorriu para ela, mostrando as duas janelas que possuía no lugar onde deveriam estar os dentes.

–É que é muito compricado, falar sem dentes.

Ela pegou o menino no colo e sorriu, para o seu pequeno explorador e se afastaram um pouco do dragão.

–Ta vendo aquele ali? Tenho quase certeza que é um dragão comum, esse tipo não é muito agressivo e não possuem veneno algum. -Dizia ela enquanto colocava o menino novamente e pegava o seu usual caderno de anotações e desenhos. –Dizem que essa criatura se domada é ótima para pescar peixes para você, porém... A não esse não é um dragão comum! –Disse ela começando a ficar eufórica. –SOLUÇO, CORRA PARA LONGE! ANDA! AGORA! –Gritou a mulher tentando espantar o dragão sangue suga.

Ele porém, não se interessou-se em ser espantado por aquela mulher, ela se afastou um pouco, porem acabou tropeçando e feriu um pouco o braço, o animal porém foi atraído pelo aroma de seu sangue, ele aproximou-se vagarosamente da pobre mulher fingindo-se inocente. Ela não teve tempo para afastar-se da perigosa proximidade, quando ele já prendia em seu pescoço e drenava-lhe o sangue e as energias.

Soluço, chocado e paralisado com os gritos daquela que ele chamava de mãe, não conseguia se mover-se do lugar, apesar de mentalmente gritar-se para se mover e pedir ajuda, e assim apenas assistia o dragão, agora saciado, sair de cima da mulher e voltar ao lodoso pântano.

As forças só lhe voltaram ao perceber que a mãe jazia sobre o chão desacordada e não parecia respirar. Ele aproximou-se dela e chorou sobre o seu peito, ela ainda fraca, passou lhe a mão sobre os cabelos castanhos do filho miúdo, o garoto levantou a cabeça e olhou para mãe, ela deu sorriso fraco e falou algo incompreensível, Soluço notou antes dela fechar os olhos pela ultima vez, a marca escura e gélida sob o lóbulo da orelha.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.