Hogwarts Au

Enganação, vampiro, urso e espelho


P.O.V. –Jack Frost

-Hã... Soluço, meu amigo. Ouviu isso?- Perguntei.

-Quem?- Respondeu ele. Na boa, o moleque está esquisito hoje.- Ah! Eu não, mas esse silêncio todo está começando a me assustar.

-Não cara, relaxa, eu estou aqui, só espero que o frangote do Melequento apareça logo...

Ficamos parados durante uns 10 minutos esperando o covarde aparecer, só ai me dei conta que o filho de uma lesma havia passado a perna na gente! E para piorar a situação, toda hora eu sentia algo passar por perto de mim e sussurrar o meu nome e rir. Aos poucos o medo ia tomando conta de mim, mas como não sou tão froxo assim, eu fiquei.

-Olha cara, acho que ele não vem. Ele só quer ver a gente sendo pego pelo Lith. –Disse começando a andar para sair daquele lugar.

-Jackson Overland Frost...- Ouvi uma voz feminina falar de novo.

-Jack, agora eu ouvi. –Disse o Soluço se escondendo atrás de mim.- Acho melhor irmos embora...

-Apareça! Seja lá que coisa for você!- Falei.

-R-A-P-U-N-Z-E-L!

Rapunzel? Como assim? Ela nem está aqui mano. Será que aquela onda da carta e da velha?

Mas antes de eu poder responder qualquer umas dessas minhas perguntas, ouvi um grito! Me virei e vi uma garota de olhos vermelhos, cabelos curtos, abrir a boca, pronta para morder o pescoço do Soluço.

Sem nem pensar duas vezes, puxei o garoto e começamos a correr feito doidos e a vampira vinha atrás de nós, voando, entramos em uma das salas que havia no corredor.

Fechamos a porta.

-Vampiros não podem atravessar portas não é? –Perguntei ainda segurando a porta e com um pouco de medo da resposta.

-Não, mas não é só isso que deveríamos nos preocupar agora. Mas sim com aquilo.- Falou ele com a voz meio estranha, estava começando a ficar fina.

Me virei e notei que os cabelos do Soluço haviam crescido e quando ele virou para me encarar, ele estava se transformando na Rapunzel. Acho que nunca mais vou dormir bem.

-Rapunzel? Mas que .

-Shhh! Não grite, ou vai acordar a besta.- Disse ela apontando para um urso marrom com três cabeças.- Depois eu te explico o motivo, de eu ter sido o So.

-Mas o que isso está fazendo aqui?- Disse baixinho.

-Parece que ele está guardando algo. –Ela apontou para uma porta que tinha abaixo da pata do urso. –Mas e ai como saímos daqui?

-Não sei... Qual você prefere, ficar aqui até amanhecer e ser devorado pelo urso ou sair correndo feito doidos e ser mordido por uma vampira sanguinária?

-Segunda opção, olha a torre da Grifinoria não fica muito longe daqui, dávamos para ir...

-Enlouqueceu? Se me pegarem lá, vão me matar. Soncerina e Grifinoria não se dão bem, lembra?-Respondo, mesmo querendo muito ir lá e zuar um pouquinho.

-Ta, então vamos fazer assim. Você por ser mais veloz distraí a vampira e eu conjuro um feitiço nela, daí corremos e vamos felizes para a nossa torre.

Abri a porta lentamente e olhei para ver se a vampira ainda estava lá e para o nosso azar lá estava ela. Saímos na ponta dos pés, mas não adiantou nada, ela veio para cima da gente tão rápido, que nem deu tempo de eu distrai-la, ela me empurrou contra a parede, senti uma dor horrível, pulou sobre a Rapunzel, fazendo-a cair no chão e bater a cabeça.

Me levantei com estrema dificuldade, peguei uma espada que havia na mão de uma das armaduras que tinha ao meu lado e fui em direção a sanguinária, ela estava quase mordendo o pescoço da outra, que lutava, eu cravei a espada nas suas costas, a vampira gritou e com uma das mão arranhou o meu peito e jogou novamente contra a parede.

Mas uma vez eu fui para cima dela, e lhe aceitei outro golpe, que não surtiu efeito algum, merda! Bem que podia haver uma luz do sol agora, pensei. A vampira me empurrou novamente.

Acabei batendo a cabeça, me senti zonzo, foi ai que me lembrei do dia que havíamos ficado presos na caverna.

-Punzie...Cante!- Falei meio embolado e tentando levantar.

-Brilha linda flor, teu...poder...venceu, trás de...volta já... o que...uma vez...foi meu!- Cantou ela tentando tirar o monstro de cima dela.

A mecha da Rapunzel brilhou e a vampira se afastou, pois a luz à havia a queimado, mas aos poucos a luz foi aumentando um pouco mais, e isso fez com o que a sanguinária virasse pó.

Punzie se levantou e ainda cantando veio até mim e repousou sua cabeça no meu peito, segundos depois eu já me sentia melhor.

Ela se levantou e falou que nós tínhamos que voltar para as torres, antes que outra coisa acontecesse, andamos um pouco em silêncio, não queria comentar sobre o que havia acabado de acontecer.

Não andamos muito até ouvirmos passos e a voz Lith falando com aquela gata do capeta.

-Punzie, a torre da Corvinal não fica longe daqui, da para você ir.

-Mas e você? –Perguntou ela.

-Eu vou distrair ele. Agora vá! –Disse empurrando ela.

Por mais incrível que possa parecer, eu ainda carregava a espada na minha mão, a Rapunzel me olhou com uma cara de pena e depois saiu correndo,

-Quem está ai? –Falou o Lith indo na mesma direção dela.

Peguei a espada e joguei com força contra uma das janelas que havia no corredor, o vidro se quebrou, fazendo um barulho muito alto. Depois sai correndo e entrei em outra sala.

Nela havia alguns moveis cobertos com um pano branco pra lá de sujo, no fim da sala tinha um enorme espelho e me parecia que refletia a imagem do meu pai.

Andei devagar até ele.

E lá estava eu e o meu pai. Ele tinha grandes olhos castanhos, iguais aos meus, um cabelo curto também castanho, era alto, minha mãe as vezes me falava que um dia eu seria a replica exata do meu pai e lá estava ele e eu no espelho.

Ele sorria para mim e tinha a mão pousada no meu ombro, me virei para trás para vê-lo melhor, mas ele não estava lá, olhei novamente para espelho e lá estava ele, ainda sorrindo.

-Pai... -Lagrimas desceram do meu rosto. –Me desculpe, pai...